Walace Ferreira e Stella de Sousa Martins


OS DESAFIOS EDUCACIONAIS NA ERA DIGITAL, O PAPEL DA ESCOLA E AS CONTRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DE HISTÓRIA




O nascimento da internet
Em 1969, no contexto da Guerra Fria, os Estados Unidos criam a internet para interligar laboratórios de pesquisas do país. Em 1987, após 18 anos, a internet é liberada para uso comercial em solo norte-americano. No Brasil, por sua vez, a internet passa a ser comercializada apenas em 1995.

Após 51 anos da revolucionária criação da Internet, em 2020, estamos imersos em uma nova era: a Era Digital. Trata-se de um termo que se refere aos avanços tecnológicos resultados da Terceira Revolução Industrial e que constituem um ciberespaço, um meio de comunicação instrumentalizado pela informática e pela internet. A Terceira Revolução Industrial é responsável por intensa renovação de ideias, ações e pensamentos, de modo que a tecnologia, mas principalmente a internet, é a mola propulsora. Nas palavras de Felix [2016], a nova Era Digital está diretamente relacionada com a internet das coisas (em inglês, internet of things, IoT), onde cada vez mais internet e tecnologia comandam a vida cotidiana das pessoas.

Segundo Mangrani [2018], a internet das coisas consiste num “ambiente de objetos físicos interconectados com a internet por meio de sensores pequenos e embutidos, criando um ecossistema de computação onipresente (ubíqua), voltado para a facilitação do cotidiano das pessoas, introduzindo soluções funcionais nos processos do dia a dia. O que todas as definições de IoT têm em comum é que elas se concentram em como computadores, sensores e objetos interagem uns com os outros e processam informações/dados em um contexto de hiperconectividade [Mangrani, 2018, p.20].

As mudanças culturais que marcam a contemporaneidade
São inegáveis as facilidades que a Era Digital trouxe para o cotidiano, principalmente no que tange a difusão e ao acesso à informação. No entanto, esse fácil acesso trouxe consigo o desafio e a abrangência sociológica das Fake News.

A propagação de fake news ocorre por meio dos chamados algoritmos, que correspondem a uma sequência de instruções que orientam passo a passo a realização de uma tarefa ou a solução de um problema. Em informática, os algoritmos são definidos “como qualquer procedimento computacional bem definido que toma algum valor ou conjunto de valores como entrada e produz algum valor ou conjunto de valores como saída” [Cormen; Rivest; Leiserson; Stein, 2002, p. 3]. Na internet, eles são responsáveis por filtrar as informações que chegam a cada usuário, o que ocorre de forma matematicamente estruturada. Como explicado por Marques [2019]: “os algoritmos primeiramente buscam entender as pessoas e do que elas poderiam gostar baseando-se nos rastros que elas deixam na internet, como curtir ou não certas postagens, ou clicar ou não em determinados links. Desse modo, eles criam bancos de dados sobre as preferências de cada pessoa, oferecendo a partir disso conteúdo personalizado. E ajustes são realizados a partir das interações que o usuário tem com aquilo que vai sendo proposto” [Marques, 2019, p.3].

A filtragem e o direcionamento do conteúdo que agrada a um determinado internauta são responsáveis pelo desenvolvimento de bolhas de informação, as quais estão presentes, principalmente, nas redes sociais. O problema a partir desses filtros é que temos acesso apenas ao conteúdo do nosso interesse, nos isolando do que divergimos. A influência dos algoritmos e das bolhas de informação favorece a disseminação das notícias falsas. Devido à ausência de autenticidade das notícias veiculadas em redes sociais esse tipo de ação acaba sendo muito frequente.

Mathew D’Ancona [2018], jornalista britânico, define o tempo das fake news como a “era da pós-verdade”. Pós-verdade, no entanto, não necessariamente é a mesma coisa que mentira. As pessoas são massacradas por informações inverossímeis e contraditórias, levando-as, muitas vezes, a desistir de tentar discernir a verdade da mentira e passando a aceitar, ainda que sem consciência plena, que tudo o que resta é escolher, entre as versões e narrativas, aquela que lhe traz segurança emocional. O drama dessa situação é que a verdade perde a primazia epistemológica nas discussões públicas e passa a ser apenas um valor entre outros, relativo e negociável, ao passo que as emoções assumem, estas sim, grande importância.

O tempo da cultura dos selfies tem resgatado questões que pareciam superadas na civilização ocidental. São nas redes que o obscurantismo e o negacionismo encontram espaço, inclusive se valendo de movimentos que politizam essas visões. Como sublinhado pelo cientista político italiano Giuliano Da Empoli [2019]: “É no terreno virtual que a adesão aos movimentos nacional-populistas encontra sua realização mais completa. Lá, os algoritmos desenvolvidos e instaurados pelos engenheiros do caos dão a cada indivíduo a impressão de estar no coração de um levante histórico, e de, enfim, ser ator de uma história que ele achava que estaria condenado a suportar passivamente como figurante” [Da Empoli, 2019, p. 169].

Por “engenheiros do caos”, Da Empoli está se referindo a ideólogos e, ao mesmo tempo, cientistas especializados em Big Data, ou seja, uma área do conhecimento que tem sido usada para potencializar e monetizar dados de usuários de redes sociais. Esses especialistas são responsáveis diretamente pela manipulação de dados responsável pela ascensão ao poder de lideranças populistas de direita bem como da alimentação de suas polêmicas. Como dito pelo autor: “No mundo de Donald Trump, de Boris Johnson e de Jair Bolsonaro, cada dia nasce com uma gafe, uma polêmica, a eclosão de um escândalo. Diante desse espetáculo, é grande a tentação, para muitos observadores, de levar as mãos aos céus e dar razão ao bardo: “O tempo está fora do eixo”. No entanto, por trás das aparências extremadas esconde-se o trabalho feroz de dezenas de spin doctors” [Da Empoli, 2019, p. 18].         

O que estamos presenciando, com isso, é uma negação aos valores iluministas e uma inversão na ordem democrática civilizada. Usa-se o direito de opinião para desacreditar a notícia e o conhecimento consagrado pela ciência. Como ressaltado por D’ancona [2018]: “Os sites conspirativos e a mídia social tratam com desdém os jornais impressos ou a grande mídia, considerando-os a voz desacreditada de uma ordem “globalista”. Os “especialistas” são difamados como um cartel mal-intencionado, em vez de uma fonte de informações verificáveis. “Ouse saber” foi o tema proposto por Immanuel Kant para o Iluminismo. O congênere de hoje é: “Ouse não saber”” [D’ancona, 2018, p. 20].

Devemos salientar, todavia, que há forte razão econômica para que essas falsas notícias se espalhem com tanta rapidez. É assim que plataformas como o Facebook e o Twitter ganham dinheiro. Quem teceu excelente explicação sobre esse mecanismo foi o pesquisador bielorrusso Evgeny Morozov [2019]: “Uma notícia compartilhada só por algumas pessoas pode até custar dinheiro para ao Facebook. Elas somente são lucrativas para a empresa se forem amplamente compartilhadas. Daí a maneira preferencial de lidarmos com as notícias falsas: reforçar mais efetivamente a nossa confiança nos gigantes da tecnologia e dar-lhes ainda mais poder para identificar e distinguir o que é falso e o que é genuíno e verdadeiro” [Mozorov, 2019, p. 169].

Falamos de um período de crescente insegurança a respeito da identidade que é típica da sociedade pós-moderna, segundo palavras de Zygmunt Bauman [2013]. A sociedade baseada na obediência e na disciplina aos poucos tem sido substituída por uma preocupante sociedade que valoriza e promove a crença de que tudo é possível.

Byung-Chul Han [2019] destaca, nessa onda de transformações que marcam a cultura ocidental, um enxame digital marcado por uma individualização crescente. Na vida pós-moderna os sujeitos digitais se formam ocasionalmente em aglomerados muito efêmeros e instáveis, reflexo de uma desintegração dos aspectos comunitários. Como dito pelo autor sul-coreano: “O sujeito econômico neoliberal não forma nenhum “Nós” capaz de um agir conjunto. A egotização crescente e a atomização da sociedade leva a que os espaços para o agir conjunto encolham radicalmente e impede, assim, a formação de um contrapoder que pudesse efetivamente colocar em questão a ordem capitalista. Os sócios [social] dá lugar ao solus [sozinho]. Não a multidão, mas sim a solidão caracteriza a constituição social atual” [Han, 2018, p. 33].

A ascensão das chamadas “Big Tech”, grandes empresas de tecnologia associadas a plataformas de uso intensivo de dados, encontram-se quase todas situadas na América do Norte e, cada vez mais, na China. Segundo apontado por Morozov [2019], o que pouco se percebe é que a rápida predominância dessas empresas, ocupando os principais lugares por capitalização de mercado do mundo, sobrepôs-se ao início da recuperação da crise financeira global de 2008. Ou seja, a ascensão da Big Tech se deu, em parte, graças ao fato de muitas dessas plataformas terem ajudado aqueles que lutavam contra a crise, bem como ao fato de a expansão delas ter sido facilitada pelas crescentes aspirações das elites globais de o setor de tecnologia não só ter tirado a economia mundial da crise, como também ter garantido a transição suave para um modelo econômico desprovido das atuais características rentistas da economia mundial. Aos poucos verifica-se um imenso crescimento do setor tecnológico nas bolsas de valores, reforçando a tese de que cada vez mais a internet está ligada a reconfiguração do capitalismo.

As gerações recentes e a relação com a tecnologia
Em meio à fusão entre tecnologia e internet na vida cotidiana encontra-se a sociedade, mais precisamente as novas gerações que nasceram já com a internet em nosso meio. Essas gerações são chamadas de Y e Z. A Y é a geração do milênio, com indivíduos nascidos entre 1980 e 1995, marcada pela ascensão do computador, da internet e outras tecnologias digitais [Tapscott, 2010]. Já a Z envolve os nascidos após 1996, geração formada num contexto de consolidação da democracia brasileira, e que vivenciou desde cedo a rápida disseminação da internet como um dos principais meios de comunicação e interatividade social [Scharf; Rosa; Oliveira, 2012].

Mas há um aspecto importante que marca a geração Z, apontado pelo trabalho de Scharf, Rosa e Oliveira [2012]. A intitulada geração zappping não traz consigo as questões culturais, sociais, políticas, econômicas e ideológicas das anteriores. Elas se formam na internet nos celulares e videogames e realizam várias coisas ao mesmo tempo. Em sala de aula presenciamos a dificuldade dos estudantes em focarem por muitos minutos na exposição de um conteúdo, teimando em distrair-se num celular, como se fosse possível dar conta do aprendizado num momento em que o cérebro divide a atenção com outros estímulos. Segundo Maurer [2013], trata-se de uma geração que, embora evite correr riscos, estão chegando à vida adulta diante de um turbulento cenário de reorganização econômica e social, ameaças do terrorismo, fluxos migratórios e mudanças climáticas. Um ambiente oportuno para teorias da conspiração e fake news mexerem com o medo e as incertezas pessoais.

Na observação de Santos Neto e Franco [2010], tanto a geração Y quanto a Z estão sofrendo uma brusca ruptura na forma de ver o mundo, influenciando diretamente na construção de valores e da própria personalidade. Valores tradicionais concernentes ao respeito à família, escola, igreja, televisão não necessariamente estão no caminho das recentes gerações.

Destaca-se ainda a reconfiguração na linguagem escrita, pois muitos destes jovens demonstram aversão à leitura de livros de papel e com densidade de conteúdo. Há, portanto, uma discrepância entre eles e a geração de professores que foram educados e ensinam pelo método tradicional, muitas vezes apelidado de “cuspe e giz”. Diante disso, “este é um problema complexo para esses jovens, pois seu mundo entra em choque com o de seus pais e educadores: o choque de formas diferentes de apreensão/percepção e, consequentemente, também de construção do conhecimento” [Santos Neto; Franco, 2010, p. 15].

Os desafios educacionais na Era digital
Bauman [2013] também se debruçou sobre as consequências para o campo educacional do que chamou de era líquido-moderna, na qual muitos jovens tendem a se isolar no mundo on-line ao mesmo tempo em que governos limitam o financiamento da educação em privilégio do capital. Ao refletir sobre o destino de jovens e o papel da educação, o sociólogo polonês apresenta como dever do educador discernir as informações que são recebidas e fornecer aos estudantes as condições de um melhor trânsito num cenário multifacetado.

As instituições de ensino inserem-se nesse contexto, lidando paralelamente com as novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), a internet e as novas gerações. Assim sendo, as escolas brasileiras tem a sua frente difíceis desafios: como administrar essas tecnologias em seus espaços educacionais e abordá-las sem que isso represente a substituição do professor da sala de aula, com as trocas coletivas fundamentais para a relação ensino-aprendizagem ocorridas apenas presencialmente? Como desenvolver um método de ensino efetivamente adaptável a este jovem dinâmico e conectado há quase todo instante? Como lidar com a tecnologia diante de um contexto social profundamente desigual e sem o devido aporte financeiro e estrutural do Estado?

As escolas como reprodutoras e formadoras da realidade social não devem/podem ignorar os avanços tecnológicos e a sua presença progressiva na vida cotidiana, sobretudo no espaço urbano. De forma acelerada, diversas escolas vão incorporando em suas práticas a utilização de ferramentas tecnológicas no aprimoramento do ensino, principalmente do setor privado. São desde aulas com slides e uso de quadros interativos, jogos digitais, aplicativos com perguntas e respostas, uso de plataformas interativas, até a utilização dos smartphones em aula para pesquisas relacionadas ao conteúdo das disciplinas.

Imerso num espaço virtual que não tem limites, o estudante pode comunicar-se com estudantes do mundo inteiro, “navegando” no computador sem sair do lugar. Poder explorar países e culturas, viajar por estradas e rotas conhecidas, voltar no passado histórico, ver cenas de guerras, visitar museus famosos, participar de revoluções e se sentir como se estivesse diante de todas essas representações. O professor de História, portanto, não deve estar alheio a essa necessidade, podendo fazer bom uso das TICS, particularmente da internet, a fim de aproximar o estudante do universo histórico que ele deve conhecer.

Faz-se relevante o compromisso docente com as demandas do século XXI, de modo que a escola deve propor questionamentos e discussões sobre a importância tecnológica para se aproximar do aluno que temos em nossas escolas. Além dos inúmeros desafios educacionais, as escolas precisam estar atentas às atuais expectativas dos estudantes, fragmentadas, dinâmicas, atraentes e facilitadas. Precisa ensiná-los a discernir entre verdade e mentira, ciência e teorias conspirativas. Inclusive a proliferação das fake news muitas vezes é resultado da ausência de uma educação que enfatize a necessidade dos jovens de prestar atenção nas fontes de circulação de notícias, inclusive ensinando quais são os meios de comunicação que apresentam fatos verídicos e como verificar a veracidade de uma notícia por meio das ferramentas de verificação.

Se educadores, gestores escolares, e principalmente o Poder Público, não conduzirem a introdução da tecnologia nas escolas de forma a auxiliarem o trabalho docente e efetivamente conquistarem o interesse dos alunos, as próprias mudanças socioculturais se encarregarão de substituir o interesse dos jovens por coisas outras que não o saber escolar legitimado pela ciência. E isso acontecerá com forte impacto das fake news, das versões de senso comum e do obscurantismo.

Se a introdução da tecnologia não alterar a maneira de ensinar em prol de uma real aproximação dos interesses do jovem da Era Digital, haverá pouco efeito exitoso na educação. Apresentar um vídeo e deixar os alunos assistirem passivamente não tem nada de tecnologia e do que estamos defendendo neste trabalho. Os gestores e professores deste século devem utilizar as informações visando o seu uso com racionalidade e interação. No conteúdo de História das diferentes séries da educação básica, repleto de datas e contextualizações históricas, o bom uso da tecnologia pode tornar o aprendizado dinâmico e enriquecedor.

Considerações finais
O objetivo deste trabalho foi demonstrar como a internet, bem como outras formas de Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs), estão postas no cotidiano contemporâneo, representando um estágio do capitalismo de impacto na cultura atingindo, sobretudo, as gerações recentes.

A educação, que lida diretamente com a formação formal de jovens e adultos, carece de uma adequação às demandas do tempo presente, seja por meio da incorporação das novas TICs enquanto aliadas, seja ensinando o estudante a lidar com os desafios da sua geração, seja debatendo aspectos positivos e negativos da Era Digital no espaço escolar.

O educador deve trabalhar com seus alunos a percepção de que a internet é uma poderosa ferramenta mundial de informações, mas precisa ensinar, sobretudo, que a grande rede não tem apenas boas informações. Assim como há bons conteúdos, comunicações confiáveis, têm muita mentira, muita afirmação sem correção, como também está suscetível a atividades criminosas. Nesse caso, os professores de História, assim como outros colegas de Humanidades, exercem papel fundamental na formação de uma visão de mundo capaz de reconhecer e negar o obscurantismo e a argumentação sem bases científicas propagadas nas redes sociais.

Como ainda há muita resistência à incorporação tecnológica à vida escolar, é importante que toda a comunidade promova debates e reflexões sobre as novas Tecnologias de Informação e Comunicação na educação, em particular da expansão e da aplicação da internet no ensino. Ainda mais relevante é que o Poder Público promova as garantias de que a incorporação das TICs seja aliada de professores e alunos e não geradores de desigualdade e exclusão.

Referências
Walace Ferreira é doutor em Sociologia pelo IESP/UERJ. Professor Adjunto e coordenador de Sociologia do CAp-UERJ. Também coordena o projeto PIBIC “A Sociologia no ENEM e a visão dos licenciandos em Ciências Sociais da UERJ”. E-mail: walaceuerj@yahoo.com.br.

Stella de Sousa Martins é graduanda em Ciências Sociais na UERJ e bolsista do projeto PIBIC “A Sociologia no ENEM e a visão dos licenciandos em Ciências Sociais da UERJ”. E-mail: stellaclen@hotmail.com.

BAUMAN, Zygmunt. Sobre educação e juventude: conversas com Ricardo Mazzeo. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.                                                       

CORMEN, Thomas H. RIVEST, Ronald L. LEISERSON, Charles E. STEIN, Clifford. Algoritmos: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002.

DA EMPOLI, Giuliano da. Os engenheiros do caos. 1.ed. São Paulo: Vestígio, 2019.

D’ANCONA, Matthew. Pós-verdade: a nova guerra contra os fatos em tempos de fake news. 1.ed. Barueri: Faro Editorial, 2018.

FELIX, Yara Emmanuelle Fonsêca. “Uma visão sobre o que vem a ser mundo na Era Digital”. In: Revista Tecnologias em Projeção, v. 7, n. 1, pp. 25-33, Disponível em
http://revista.faculdadeprojecao.edu.br/index.php/Projecao4/issue/view/77/showToc

HAN, Byung-Chul. No enxame: perspectivas do digital. Petrópolis: Vozes, 2018.

MAGRANI, Eduardo. A Internet das Coisas. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018.

MARQUES, Claudio Faria. Entre algoritmos e bolhas: as fake news e a comunicação do IBGE, 2019. Disponível em:
http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/encontros-nacionais/12o-encontro-2019/gt-2013-historia-do-jornalismo/entre-algoritmos-e-bolhas-as-fake-news-e-a-comunicacao-do-ibge/view

MAURER, André Luís. “As gerações Y e Z e suas âncoras de carreira: contribuições para a gestão estratégica de operações”. Dissertação de mestrado profissional. Universidade de Santa Cruz do Sul. Santa Cruz do Sul, 2013. Disponível em:
https://repositorio.unisc.br/jspui/bitstream/11624/554/1/AndreMaurer.pdf

MOROZOV, Evgeny. Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora, 2018.

SANTOS NETO, Eduardo dos.; FRANCO, Edgar S. “Os professores e os desafios pedagógicos diante novas gerações: considerações sobre o presente e o futuro”. In: Revista de Educação do Cogeime, ano 19, n. 36, jan/jun, 2010.

SCHARF, Edson Roberto; ROSA, Célio Paulo; OLIVEIRA, Denise. “Os hábitos de consumo das gerações Y e Z: a dimensão ambiental nos contextos familiar e escolar”. In: Contextus: Revista Contemporânea de Economia e Gestão. Vol. 10, n. 1, jan/jun 2012. Disponível em:
http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/7480/1/2012_art_erscharf.pdf

TAPSCOTT, Don. “A hora da geração digital: como os jovens que cresceram usando a internet estão mudando tudo, das empresas aos governos”. Rio de Janeiro: Agir Negócios, 2010. Disponível em:
http://ccvap.futuro.usp.br/noticiasfiles/14.05.2013_ElseLemos_Resenha.pdf

13 comentários:

  1. Prezado Walace,
    Você assistiu a entrevista de Felipe Neto ontem no Roda Viva? Se sim, ela se articular com as preocupações que você menciona aqui no seu trabalho?

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    1. Boa tarde, José Maria Gomes de Souza Neto muito obrigado pelo seu comentário.
      Assisti a entrevista e acredito que os assuntos e preocupações que foram tratadas na entrevista interessam de modo geral a sociedade brasileira, o Felipe Neto faz reflexões importantes e aponta pra o momento político de extremismos que temos vivenciado, principalmente quanto ao negaciosismo, obscurantismos e os impactos que isso gera na senso crítico da população. Acredito que o Felipe trás uma reflexão enquanto produtor de conteúdos digitais e o nosso artigo enquanto educadores, O Felipe Neto pensa a partir no meio digital e nós como esses meios digitais influenciam a educação, e as reflexões tratadas por nós e pelo programa se complementam e se articulam com o que tratamos.

      Assinado, Walace Ferreira e Stella de Sousa Martins

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  2. Ótimo texto. Realmente um assunto que merece maior atenção.

    Vocês acreditam que uma dinâmica em sala que mostre as diversas narrativas dos portais de noticias online seria suficiente para alertar aos alunos sobre a importância das fontes das notícias?

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Prezado Victor, agradecemos pela questão!

      Com certeza trata-se de uma boa estratégia para ressaltar a importância das fontes das notícias. Mas pensamos que valorizar a fonte em diversas ações em sala de aula também é fundamental para mostrar aos estudantes que, em tempo de fake news e distorções propositais de notícias, devemos atentar para a notícia embasada na realidade e legitimada por órgãos de imprensa idôneos. Os tempos atuais exigem, mais do que nunca, essa preocupação por parte do professor. Se não formos eficientes em demonstrar aos estudantes que a notícia tem uma verdade por trás, viveremos cada vez mais o tempo de relativização da verdade.

      Cordialmente,

      Walace Ferreira e Stella de Sousa Martins.

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  3. Jackson Santos Jara21 de maio de 2020 às 01:28

    Gostaria de questionar o seguinte: Como fazer para conseguir trabalhar as fake news, ou informações sem fundamentação teórica que os alunos trazem para dentro da sala de aula, e como desconstruir essas ideias/informações ou mesmo/principalmente opiniões prontas, formadas e transmitidas pela mídia, que são reproduzidas e defendidas como verdade pelos alunos?

    Outro ponto, assim como têm esses alunos que possuem acesso às informações, a internet, temos uma grande maioria na minha cidade que não tem nenhum acesso, como nas periferias e nas aldeias indígenas. E às vezes os computadores da escola não funcionam. Como posso trabalhar nessas condições? Aceito sugestões.
    Obrigado!!

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  4. Jackson Santos Jara21 de maio de 2020 às 01:33

    Gostaria de questionar o seguinte: Como fazer para conseguir trabalhar as fake news, ou informações sem fundamentação teórica que os alunos trazem para dentro da sala de aula, e como desconstruir essas ideias/informações ou mesmo/principalmente opiniões prontas, formadas e transmitidas pela mídia, que são reproduzidas e defendidas como verdade pelos alunos?

    Outro ponto, assim como têm esses alunos que possuem acesso às informações, a internet, temos uma grande maioria na minha cidade que não tem nenhum acesso, como nas periferias e nas aldeias indígenas. E às vezes os computadores da escola não funcionam. Como posso trabalhar nessas condições? Aceito sugestões.
    Obrigado!!

    Assinado: Jackson Santos Jara.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Prezado Jackson, primeiramente agradecemos sua pergunta.

      De fato, trata-se de um tema urgente nos dias atuais. Pensamos que professores e escolas devem pensar juntos a realização de atividades que abordem junto a estudantes e a comunidade escolar o enfrentamento das fake news, valorizando a fonte das notícias, exemplificando o perfil das fake news e estimulando a consulta de sites verificadores (E-farsas, agência pública, etc). As disciplinas de Humanas devem, ainda, reafirmar a importância da História e desmistificar revisionismos infundados.
      Quando não há acesso à internet, os docentes devem criar formas lúdicas de ensino, valendo-se de músicas, peças teatrais, uso de charges, notícias de jornais, dentre outros exemplos, mas sempre reforçando que a "verdade" existe e que deve ser valorizada. Por mais que devamos estimular o pensamento crítico dos estudantes, precisamos nos assentar em valores e conteúdos consagrados. É importante deixar claro para o aluno, ademais, a diferença entre fato e interpretação. Podemos, por exemplo, não concordar com a interpretação que uma determinada emissora de TV dá a um evento, mas não podemos deixar de acreditar no fato que é mostrado.

      Cordialmente,
      Walace Ferreira e Stella de Sousa Martins.

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  5. Como despertar o interesse da geração zapping para as questões culturais, sociais, políticas, econômicas e ideológicas que a antecedeu?

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    2. Prezada Marcia,

      Pensamos que a melhor estratégia é usar da tecnologia para chamar atenção dos estudantes. Significa trabalhar os temas que antes eram desenvolvidos com suporte textual e com uso do quadro com exemplos de youtubers, memes, postagens no instagram, vídeos produzidos e publicados no youtube, dentre outras alternativas. Claro que não é fácil, não é algo viável em todos os espaços escolares. Mas, se for possível, é um caminho que tende a ser eficiente.

      Cordialmente,
      Walace Ferreira e Stella de Sousa Martins.

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