Rosane Louzeiro Dias


ENSINO DE HISTÓRIA NA ERA DIGITAL: A PLATAFORMA YOUTUBE COMO RECURSO DIDÁTICO EM POTENCIAL



Na atualidade é impossível ignorar a influência das novas tecnologias de informação em uma sociedade que está inserida no processo de mundialização e que passa a depender das mesmas. Esta cibercultura influencia na dinâmica social, e isto inclui as instituições educacionais. Os professores, especialmente os de História, se encontram em uma situação delicada, quando uma das plataformas digitais mais acessados no mundo, o Youtube, que possui uma importância social cada vez mais elevada, passa a veicular informação que outrora só poderiam ser adquiridas em sala de aula. Os recursos audiovisuais são preciosos para estimular o debate em sala de aula, despertar o interesse e a curiosidade do aluno em relação às fontes apresentadas sendo estas primárias ou não. Mas o uso individual do YouTube representa algum perigo para o estatuto e a autoridade do professor em sala de aula? Sendo assim, o objetivo deste trabalho é tentar compreender as transformações que esta plataforma suscitou no âmbito do ensino e da aprendizagem por parte dos alunos e dos professores, o quão positiva ou negativamente contribui na formação do sujeito, como escapar de suas armadilhas, isto é, das informações que não possuem suficiente comprometimento verídico e estudo sólido para sua difusão, assim convencendo equivocadamente o seu público. Pretendo ainda fazer uma breve retrospectiva acerca dos aparelhos tecnológicos que antecedem a instantânea e implacável rede mundial de comunicação. Se parece que o estatuto do profissional de ensino de História está abalado em primeiro momento, a utilização desses mesmos recursos midiáticos parece ser a própria solução para resgatar autenticidade que a disciplina carece, através do Youtube favorecendo ensino com qualidade e responsabilidade. Nesse sentido, destacaremos ao final alguns canais do YouTube que nos ajudam a pensar o ensino de história na perspectiva sugerida.

Introdução
As inovações tecnológicas de nosso tempo propiciam formas de existência cada vez mais dinâmicas e aceleradas. Sem sair do lugar, o indivíduo é capaz de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, de se comunicar sempre que quiser e fazer contato com pessoas em qualquer parte do mundo. Este não-lugar [Augé,1994], que é a internet, é onde todos se encontram e partilham de informações quase infinitas sobre todos os assuntos possiveis. Neste ambiente virtual, a plataforma Youtube se sobressai, sendo um dos sites mais acessados no mundo, pessoas de cada canto compartilham vídeos, amadores ou profissionais, seja para entretenimento pessoal e sem fins lucrativos, ou visando retorno monetário. Há também quem o utilize para ensinar e aprender.

A partir do Youtube é possível compartilhar o material para as demais redes sociais, então o alcance e a popularidade do conteúdo possi maior amplitude. Para Burgess e Green [2009, p. 14], através da participação ativa dos usuários, inferem que “cada um desses participantes chega ao YouTube com seus propósitos e objetivos e o modelam coletivamente como um sistema cultural dinâmico: o Youtube é um site de cultura participativa". Uma categoria bastante interessante é a de usuários que recorrem à plataforma para aprender sobre algo, adquirir conhecimento e muitos deles preferem o audiovisual à instrução convencional. Quem tem a intenção de fazer vestibular, por exemplo, quase sempre recorre às video-aulas no Youtube. Mas não seria este o papel primordial da escola e dos professores?

Novas Estrategias Para o Ensino de História
Não é tão recente a utilização de recursos midiáticos dentro da sala de aula pelos professores. No entanto, estes meios sempre foram vistos com desconfiança, ou simplesmente ignorados, já que a prática de ensino e de aprendizagem tradicional privilegiava (ainda privilegia) o professor protagonista a “transferir o conhecimento", o livro didático como material indispensável, lousa e giz e nada mais que perturbasse a disciplina e a ordem.

Nos anos 1980, as videocassetes junto com a televisão adentravam as salas de aula, uma mudança significativa embora a relação entre o educador (ou a tela) e o aprendiz mantivesse a hierarquia. No Brasil, os filmes eram utilizados inclusive para difundir ideologias entre os espectadores, como uma verdadeira propaganda governamental:

Com a criação do Instituto Nacional de Cinema Educativo, durante o Estado Novo, o Estado passou a financiar a produção de filmes educativos com o objetivo de instruir a juventude [BISPO; BARROS, 2016, p. 859].

Anos mais tarde o ensino à distância encontrou espaço no ambiente televisivo. O programa mais expressivo era o Telecurso 2000, com uma linguagem mais acessível, didática, mas nem assim superava a unilateralidade entre o professor e o aluno:

No início da década de 2000, houve uma reformulação deste programa de ensino a distância com a atualização dos materiais escritos e dos arquivos em vídeo que eram distribuídos para os centros de ensino e transmitidos em canal aberto nos vários canais das Organizações Globo [BISPO; BARROS, 2016, p. 859].

Especialmente no campo de ensino de História, as possibilidades de abordagem do conteúdo ampliam significativamente. Nas escolas, basta um pouco de criatividade por parte dos professores para fazer das aulas de história, interessantes aos olhos dos alunos, afastando-os da apatia e da aprendizagem por repetição. As produções cinematográficas são os preferidos como recursos paradidáticos, já que até nos livros didáticos, ao final dos capítulos ou entre tópicos, há um espaço reservado com sugestão de filmes que podem auxiliar o aluno na assimilação do conteúdo previamente estudado.

Os recursos audiovisuais possuem efeitos positivos sobre a aprendizagem do aluno que está aprendendo história. Pois além de despertar seu interesse e curiosidade, representam um desafio para aqueles acostumados ao ensino tradicional, estimula sua sensibilidade, senso crítico, debates mais enriquecedores. Deve-se ter em mente que não basta utilizar do recurso – vídeo – para ocupar ou entreter o educando, mas fazer da atividade a ferramenta perfeita para que eles participem ativamente. Dessa forma:
[...] o cinema é uma fonte riquíssima para o historiador, pois tanto o que está no filme, como a história de sua produção, testemunham sobre a sociedade e seu tempo [BEHAR, 2000, p. 19].

Com o advento da cibercultura, os usuários das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) agrupam-se conforme sua área de interesse. Consequentemente, há todo o tipo de conteúdo sendo produzido e sendo consumido a todo instante e isso inclui vídeos relacionados à educação. O Youtube se tornou uma plataforma quase indispensável para uma parcela de consumidores como fonte de aprendizado.

As “video-aulas" pelo Youtubesão consumidas como facilitadoras da aprendizagem, uma alternativa confortável (já que “democrática") e até preferível por muitos à aprendizagem tradicional. Sendo uma plataforma com um alcance considerável, onde todos podem disseminar ideias, os youtubers, usuários que publicam seus vídeos no Youtubeatuam como formadores de opiniões, que nem sempre possuem o conhecimento necessário a respeito de alguns assuntos. É razoável que cada vídeo que se apresenta como facilitador de conteúdo de História, seja visualizado partindo do pressuposto que nem tudo que está em evidência na plataforma seja conteúdo de qualidade, é possível que haja muito material que não possua uma abordagem consciente e responsável por parte do youtuber que o apresenta:

Na contemporaneidade, com a internet, as novas tecnologias de informação logo conquistaram seu espaço. Essa história produzida por leigos costuma ser uma história muito ruim. A história social, processual, interpretativa, estrutural, analítica, crítica, não chega ao grande público, e sim a história paroquial, episódica, factual, pitoresca, anedótica, biográfica, das grandes batalhas, em rápidas narrativas dramáticas inflamadas [MALERBA, 2014, p.32].

A formação do docente de História perpassa por um longo caminho, e o processo de “tornar-se professor" é lento. O aprendizado se estende mesmo depois da formação, em plena prática dentro das salas de aula, o que confere autoridade intelectual em determinados assuntos por quem segue o caminho da docência. O aperfeiçoamento não deve excluir os fatores externos ao ambiente escolar, pelo contrário, é mais efetivo compreender o universo dos alunos, falar “a língua deles" e tornar a aprendizagem tão significativa quanto possível para eles. Rodeado pelos meio audiovisuais, é preciso apropriar-se dessa tecnologia que não deixa de ser uma fonte de transformação social. Não demorou para que professores de História ocupassem seu lugar dentro do Youtube. Se antes, o modelo de aprendizagem acontecia verticalmente, professor “transferindo" conteúdo ao aluno, na internet, o aluno-público escolhe se aquele professor que está ensinando através da tela lhe interessa ou não. A avaliação se dá pelo telespectador.

Essa lógica avaliativa dos canais de “professores-youtubers” se dá radicalmente de forma invertida ao que ocorre no contexto escolar, pois é o público (os estudantes consumidores) que avaliam os professores, o que gera receita para os canais e, consequentemente, para os docentes. Porém, isso precariza o trabalho dessesprofissionais, pois o professor se transforma em um prestador de serviços refém doslikes. Assim, na medida em que não atenda aos interesses de seus seguidores, ele pode ser facilmente descartado. [QUEIROGA JÚNIOR, T. M. 2018, p. 12].

Os canais voltados para o ensino de História obtiveram êxito significativo. Seu público varia de faixa etária e de posição social, abrangendo desde os estudantes do ensino fundamental, ensino médio, até graduandos e professores que buscam inspiração e criatividade para ministrar suas aulas. As video-aulas fazem sucesso entre vestibulandos que na internet esperam encontrar material necessário para obter sucesso nas provas e futuramente ingressar na universidade.

Os professores-youtubers se valem dos mais diversos mecanismos para cativar o aluno através dos vídeos. O senso de humor, a possibilidade de agregar imagem e vídeo correspondente ao tema histórico abordado,juntamente com o olhar crítico e reflexivo, formam o conjunto que torna a aula dinâmica sem perder a qualidade. O canal “Leitura ObrigaHistória” cresceu rapidamente na plataforma e conta com 185.110 inscritos e um total de 236 vídeos, coordenado pelo professor e historiador Icles rodrigues, Luanna Jales, historiadora e professora, e a doutora em Antropologia, Mariane Pisani. Seu conteúdo é voltado para o público acadêmico que se encontra confuso logo ao entrar no curso de Historia. A preocupação em transmitir conceitos históricos e sugestões bibliográficas, o que não é comum na plataforma, evidencia o caráter mais positivo do Youtube como recurso didático em potencial.


Fonte:  https://www.youtube.com/channel/UCtMjnvODdK1Gwy8psW3dzrg/playlists

Considerações Finais
É evidente que o papel do professor ainda é insubstituível, mesmo com todo o universo de informações que inundam as Tecnologias de Informação e Comunicação. Quando os professores de História adentram o youtube e assumem a linguagem do jovem enquanto dá conta do conteúdo com seus saberes adquiridos no longo processo de sua formação, então é possível que a plataforma não seja sempre a inimiga da educação. A dinamização que a mesma promove, possui efeitos positivos quando utilizada com responsabilidade.

Nela também é possível encontrar diversos tipos de fontes históricas conservadas como documentários, filmes, músicas, imagens que enriquecem as aulas, incentivam a participação e autonomia dos alunos, ao se defrontarem com fontes que, sem a interpretação prévia dos livros didáticos, eles próprios têm a iniciativa de formular opinião sobre o que o professor lhe apresenta. As novas metodologias tecnológicas no âmbito educacional simbolizam mais o desafio de se adaptar e transformar as práticas dentro da sala de aula para atrair atenção dos sujeitos-educandos do que uma inimiga insuperável.

Referências
Rosane Louzeiro Dias é graduanda em História pela Universidade Federal do Maranhão [rosxnoir@gmail.com]
AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas: Papirus, 1994. [livro]
BEHAR, R. M. R. O uso do vídeo no ensino de História. João Pessoa: EditoraUniversitária/UFPB, 2000. [livro]
BISPO, Luana Maria Cavalcanti; BARROS, Kelly Cristiane. Vídeos do You Tube como recurso didático para o ensino de História. Atos de Pesquisa em Educação, 2016. [artigo]
BURGESS, J.; GREEN, J. YouTube e a revolução digital. São Paulo: Aleph, 2009. [livro]
MALERBA, Jurandir. Acadêmicos na berlinda ou como cada um escreve a História? uma reflexão sobre o embate entre historiadores acadêmicos e não acadêmicos no Brasil à luz dos debates sobre Public History. História da historiografia, 2014. [artigo]
OLIVEIRA, Esdras Carlos de Lima. Implicações do uso de mídias e de novas tecnologias no ensino de história. Revista do Lhiste – Laboratorio do Ensino de História e Educação, 2014. [artigo]
QUEIROGA JÚNIOR, T. M. Youtube como plataforma para o ensino de História: na era dos “professores-youtubers". Instituto latino-americano de arte, cultura e História (ILAACH), 2018. [artigo]
RODRIGUES, Icles; JALES. Luanna; PISANI, Mariane. Leitura ObrigaHistória. YouTube, 2019. Disponível em <https://www.youtube.com/channel/UCtMjnvODdK1Gwy8psW3dzrg/playlists>. Acesso em: 11 julho. 2019. [internet]

19 comentários:

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  2. Rosane, parabéns pelo seu trabalho. Tu fizestes um ótimo trabalho historiográfico sobre as mídias tecnológicas educacionais. Te faço três questões:

    1- Você já teve experiência na utilização dessa ferramenta em sala de aula? Como foi?
    2- Você aponta que a aprendizagem por repetição é negativa. Poderia dissertar um pouco mais?
    3- Tu não achas que tem ocorrido um grande erro na ação de professores(as) com plataforma do Youtube, visto que muitos(as) utilizam a mesma linguagem enfadonha das salas de aula em um outro instrumento?

    Ass: Rafael Barbosa de Jesus Santana

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    1. 1 - A experiência que tive foi com o bom e velho notebook + data-show e nada mais. As ferramentas ajudam a quem assiste a vislumbrar melhor o conteúdo apresentado, associam a fala e o conteúdo imagético, o exercício de interpretação é ampliado e o efeito é, na maioria das vezes, positivo;
      2 - A aprendizagem por repetição pode ser negativa se no decorrer do processo, a mesma não representar nenhuma espécie de desafio para o educando, e nem pode ser convertida em algo significativo para o aluno (e professor);
      3 - Para muitos professores que estão sendo apresentados recentemente ao universo das TICs, cabe um pouco de paciência e experimentação para lidar com um público que é formado por uma maioria de jovens. Como acabam por eles mesmos indicarem o conteúdo que mais atendem aos seus propósitos, é possível que com o tempo o professor passe a se ajustar melhor, já que não quer perder seus alunos.

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  4. Olá Rosane,parabéns pelo trabalho, muito relevante. Gostaria de fazer algumas indagações.
    * Muitos alunos preferem assistir algum vídeo com a temática da aula na plataforma do YouTube,do porque muitas vezes compreendem melhor o que quele professor explica do que seu professor em sala de aula. Como avalias isto? Como um professor pode aproveitar as aulas presenciais e utilizar como complemento esses vídeos na plataforma?
    * Você citou Burgess e Green (2009) na questão do "YouTube como um site de cultura participativa." Nas salas de aula temos alunos sem acesso a internet ou for falta de aquisição capital ou por morar em zonas rurais, por exemplo, entre outros. Que estratégias o Professor pode utilizar para disponibilizar o conteúdo desses vídeos para esses alunos poderem participar dessa cultura?
    * Colocaste uma questão importante. Podemos ter vídeos "que não possuem suficiente comprometimento verídico e estudo sólido para sua difusão". Então, quais mecanismos professores e alunos poderiam utilizar para "filtrar" e ter acesso a conteúdos seguros e válidos?

    Matheus Felipe Araujo Souza.

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  5. Boa Noite, Rosane, achei super válido seu texto, visto que atualmente é muito difícil blindar os alunos sobre o que consumir em relação a conteúdos na internet, e nesse sentido entram os conteúdos referentes ao que é ensinado em sala de aula. Com uma certa frequência, os alunos questionam os professores em sala de aula sobre certos assuntos que tiveram contato através de vídeos no Youtube e, ao mesmo tempo que o canal de vídeos serve como uma fonte de informação, ele pode se tornar uma armadilha e ao invés de transmitir conhecimento, transmitir opinião do dono do canal, sem nenhum embasamento científico. No meu ponto de vista é super legal propor e trabalhar em sala algum vídeo mas, para você, até que ponto o Youtube é realmente uma fonte de informação confiável e como acha que os professores em sala de aula devem lidar com ele?

    Augusto Agostini Tonelli

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    1. Já que estamos todos inseridos na época em que as fake news são um problema sério e crescente, partindo do princípio que devemos sempre filtrar as informações que recebemos, assim o é com a plataforma em questão. Então, que seja avaliado o conteúdo com atenção, e instigar aos alunos a fazer um pequeno exercício investigativo: Quem é a pessoa - youtuber/professor/que se propõe a professor - que está abordando tal tema? Ela tem competência para abordar esse tema, estudou sobre ele? Onde estudou? O tema abordado deve ter um mínimo de coerência. Se estamos tratando de História, então, quais são as fontes?

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  7. Boa noite!
    Olá Rosane, muito relevante o seu trabalho. Sabe-se que as tecnologias são ferramentas importantes para inovarmos a nossa metodologia na sala de aula. Como estimular os alunos a terem gosto por este recurso? Muitos alunos reclamam pelo tempo das videoaulas que tem que assistir, ficam enfadados por passarem horas assistindo... como prender a atenção do aluno, em que não venha sentir-se "enjoado" e sim assimilar o que está sendo abordado?

    Assina: Rosângela Diniz Rabelo

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    1. É necessário, primeiro despertar o interesse dos alunos na atividade proposta para ele. Se estes ficarem horas assistindo videoaulas, apenas com muito esforço conseguiram assimilar alguma coisa dali. Muitas vezes não precisam ser videoaulas longas e exaustivas demais, o tempo pode ser reduzido caso seja possível e não prejudique o conteúdo, ou o mesmo possa ser abordado com maior dinâmica.

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  8. Prezada Rosane,
    Muito legal o seu trabalho. Tens um caminho de pesquisa muito interessante, instigante e necessário. Cada vez mais precisamos discutir e problematizar as mídias sociais no Ensino de História, sendo o Youtube a principal delas. E neste caminho, há um uso demasiado desta tecnologia para aprender história, seja dentro do ensino escolar ou não. E, também, cada vez mais há um consumo da História por um público amplo e heterogêneo.
    Diante disso, pergunto: é necessário ensinar e educar os/as estudantes a utilizarem essas ferramentas sociais-digitais, antes de utilizá-las como ferramenta de ensino?

    Assinado: Mauro Henrique Miranda de Alcântara

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    1. É necessário sim, já que apenas jogar a ferramenta para o estudante utilizá-lo sem a orientação mínima pode resultar na armadilha em que o aluno se apropria de uma ideia e a admite como uma verdade sendo ela transmitida por alguém no Youtube, por exemplo que não passou pelo processo de aprendizagem e formação do que um professor que se preparou para ensinar sobre determinado assunto.

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  10. Olá, Rosane, parabéns pelo seu trabalho!
    Você está em sala de aula no momento atual? Minha pergunta se deve a situação na qual estamos vivendo e tivemos de nos adaptar ao mundo digital para continuarmos nosso trabalho.
    Você já conseguiu observar mudanças de comportamento nos colegas com relação ao uso do youtube como ferramenta para o ensino?
    Abraço,
    Tathianni Cristini da Silva

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    1. Olá, Tathini! O que pude ver, é que muitos professores estão se esforçando para aprender a utilizar as ferramentas para dar conta de passar as atividades para os alunos. A maior dificuldade, no entanto, é o fato de que muitos alunos não possuem acesso á internet ou aparelho para acompanhar os colegas, o que são uma minoria, e como proceder para incluí-los.

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  11. Querida Rosane! Parabéns pelo seu texto e as inquietações que ele provoca. Gostaria que você comentasse um pouco mais como e por que esse tema despertou a sua atenção. Um abraço imenso cheio de admiração.

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    1. Querida Marize! Esse tema foi pensado primeiramente para abordar a importância das mídias digitais em sala de aula - especialmente para o ensino de História - de maneira geral e a transformações pelas quais passaram através do tempo até ultrapassar o ambiente escolar e culminar na grande plataforma Youtube que conhecemos bem. Mas o que senti que precisava deixar claro no texto, a importância do professor de História está longe de ser superada, embora ultimamente, há quem subestime o seu papel. Debates muito relevantes - emocionantes também - mostraram-me que a responsabilidade de um professor, ou quer está se preparando para se tornar um não é menor do que a de alguém que está para se tornar um médico competente, um engenheiro capacitado. O esforço empregado pelo professor tem importância indiscutível e reflete no mundo real. No mundo virtual, a mesma coisa.

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  12. Caríssima, Rosane, que armadilhas você percebe que podem advir com o uso irrestrito do Youtube durante o atual período de isolamento? E quais sugestões daria para evitarmos recorrer em um uso inadequado da plataforma, em um contexto em que não podemos dar aulas presenciais?
    Rafael Fiedoruk Quinzani

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  13. Parabéns Rosane pelo seu trabalho, fiquei admirada com a maneira em que tratou esse tema. Faço a seguinte pergunta: É evidente que muitos alunos reclamam de vídeos aulas, ou não assistem por não conseguirem prender a atenção. Qual maneira você acha mais eficaz de trabalhar nessa plataforma digital, de modo que o aluno se sinta interessado e fixado no conteúdo?

    Pâmela Cristina de Sousa Lelis

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