Meire Lourdes Pereira Almeida


ENSINO HÍBRIDO E SUA INCLUSÃO NO ENSINO MÉDIO



Refletimos sobre uma temática que nesse momento está bastante discutida no meio educacional brasileiro qual seja o Ensino Híbrido identificado como uma abordagem pedagógica que combina atividades presenciais e atividades realizadas a distância, com o uso frequente das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC). Tal proposta pedagógica tem por base o uso de estratégias metodológicas no processo de ensino e aprendizagem que extrapola a prática tradicional de transmissão de informações a qual a escola básica está acostumada a utilizar.

De acordo com essa abordagem, os conteúdos e as instruções de ensino e aprendizagem sobre determinado componente curricular não são transmitidos pelo professor na sala de aula, mas sim informadas através de uma ferramenta digital que pode ser um e-mail, um blog ou outra interface multimídia utilizando o ambiente virtual. Nesse contexto, o aluno tem conhecimento do material a distancia, para além da sala de aula, lugar que passa a ser visto como sendo uma segunda alternativa de interações ativas, para a resolução de problemas, o desenvolvimento de projetos e/ou discussões que venha a contribuir para tirar as duvidas e aprofundar o saber sobre determinando assunto.

O ensino híbrido surge como uma metodologia que já ocorre em outros setores da sociedade, haja vista seu uso em ambientes empresariais e bancários que incorporaram os recursos das tecnologias digitais. Nesse sentido, o ensino híbrido, deixa de ser modismo, para se tornar uma ferramenta metodológica viável no campo educacional e escolar.

Podemos exemplificar a informatização do sistema bancário nacional e internacional quando permite ao cliente, por meio de um cartão digital (com chip) ter em suas mãos todas as informações de qualquer lugar do mundo e o banco pode reconhecê-las, bem como o cliente pode gerenciá-la da forma que desejar, e o mais importante é que essas facilidades tecnologias não contribuíram para que os bancos desaparecessem, ao contrário, eles continuam a existir.

Mediante essa exemplificação, podemos inferir que na educação escolar podemos agir da mesma forma, sem o medo de que as escolas e os professores se tornem obsoletos, ao contrário, descentralizar o foco do professor para o aluno e da sala de aula para o protagonismo do aluno é a estratégia do ensino híbrido, quando a aprendizagem passa a ser responsabilidade do aluno, solucionando os problemas que aparecem a sua frente, desenvolvendo projetos e oportunizando a construção do conhecimento.

No ensino hibrido aluno terá contato com o material de ensino antes de ser apresentado na sala de aula, através de vídeos, youtube e/ou outras formas de visualização virtual, trazendo como vantagem colocar o aluno em situação de igualdade com o professor, o qual deixa de ser transmissor de conhecimento para se tornar “um a mais” nesse diálogo que permite autonomia do aluno.

Por outro lado, essa modalidade de ensino permite ainda que o professor diante do interesse, participação e autogerenciamento da aprendizagem do seu aluno, visualize as dificuldades que ainda persistem em determinado assunto e as customizem na sala de aula, segundo as necessidades que se apresentam num diálogo interativo.

Nesse sentido, o professor customiza as atividades presenciais, segundo as necessidades dos alunos, e o aluno vencer as dificuldades encontradas em determinado assunto, partindo do material disponibilizado pelo professor e utilizando as mídias digitais para se comunicar e/ou pesquisar.

No entanto, todo processo educativo tem pontos positivos e negativos, carecendo de treinamento, ousadia e sensibilidade para alcançar o sucesso esperado e mesmo assim, pode não conquistar adeptos e sim criticas contumazes que não devem arrefecer aos ânimos e sim levar a ter cuidados pertinentes ao currículo, as condições estruturais da escola e as condições socioeconômicas dos alunos, pois nem sempre todos possuem um artefato digital que lhes permita acompanhar essa modalidade de ensino.

Partindo destas premissas, procuramos refletir sobre o ensino híbrido temática que faz parte de nossa tese de doutoramento e que está em sua fase de experimentação numa escola de educação básica da rede estadual de ensino de São Luís, nesse sentido Valente [2015, p. 17] diz: “o ensino híbrido é possível de ser implementado e pode oferecer uma proposta de mudança no ensino tradicional”.

O desafio é conceber a relação ou aproximação entre o ensino híbrido e o ensino tradicional, isso porque entendemos que o ensino tradicional concebido há mais de dois séculos pelos jesuítas, e reformulado a partir do séc. XX nos moldes fabril, deu margem a um sistema educacional que agrupam alunos em espaços denominados “salas de aula”, utilizando o critério de modalidades e níveis de ensino onde a tarefa de “ensinar” é reponsabilidade única do professor(a) utilizando um método expositivo, com conteúdos pré-elaborados, ou seja, “as mesmas matérias, da mesma maneira e no mesmo ritmo” [Horn; Staker, 2015, p. 5].

Andrade e Souza (2016) afirmam que esse modelo tradicional se encontra defasado em virtude da presença das Tecnologias de Informação e Comunicação (TDIC) pois o perfil do aluno que temos hoje, exige outra metodologia de ensino e aprendizagem, mais dinâmica, com facilidade de acesso instantâneo, proporcionando, portanto, ao aluno tem uma gama diversificada de informações que lhes são apresentadas através de metodologias ativas.

Metodologias ativas pressupõem mudanças do paradigma do ensino e aprendizagem, bem como da relação entre o aluno e o professor, passando para o aluno o protagonismo da sua aprendizagem através de saberes e fazeres que lhe desperta interesse em aprender,  enquanto ao professor caberá o papel de mediador, abrindo assim um espaço para a interação e participação do aluno  na construção do seu próprio conhecimento. Como exemplos de metodologias ativas temos o ensino híbrido, a sala de aula invertida e a gamificação que é o trabalho educativo utilizando jogos e estimulando a aprendizagem fora dos padrões tradicionais [Andrade; Souza, 2016, p. 04].

Valente [2014] ressalta que o Blended Learning no ensino médio, no Brasil, tem a vantagem de permitir ao aluno realizar as atividades conforme sua disponibilidade de horário, o que não significa que o aluno está sozinho durante a realização das atividades, pois a qualquer hora poderá solicitar a ajuda do professor através de seu celular para obter informações online.

Moran (2014) acredita que com o passar dos anos “as instituições escolares utilizarão o blended learning como o modelo predominante de educação, que unirá o presencial e a EaD” e dessa forma os cursos presenciais se tornarão semipresenciais” [Moran, 2014, p. 12].

O mesmo autor afirma ainda que, a hibridização do ensino proporciona aulas agradáveis, modernas, participativas e colaborativas, ou seja, afasta o aluno da inércia, da passividade ou da cola, como ocorre em aulas expositivas tradicionais.

Nesse modelo de ensino e aprendizagem híbrida o aluno desenvolve atividades complexas e desafiadoras organizadas pelo professor, que o motiva a participar da construção do seu conhecimento de forma ativa, ora interagindo com outros alunos em grupos, ora individualmente, mas, percebendo a importância do aprender a apreender [Almeida; Valente, 2011, p.19].

Moran [2014, p. 12] assevera que no blended learning há uma integração orgânica de abordagens e tecnologias complementares à educação presencial tradicional e a distância que são cuidadosamente selecionadas, através da qual as escolas são beneficiadas pelo aumento da eficácia, conveniência e eficiência proporcionadas pela oportunidade de fazer um planejamento da abordagem de ensino e aprendizagem que atenda aos interesses dos alunos e ao mesmo tempo contribua para sua aprendizagem autônoma.

O ensino híbrido, segundo Moran [2015, p. 38] integra as atividades da sala de aula com as atividades digitais, as presenciais com as virtuais. O autor destaca que, “o que a tecnologia traz hoje é a integração de todos os espaços e tempos”. Sendo assim, “o ensinar e o aprender acontecem em uma interligação simbiótica, profunda e constante entre o chamado mundo físico e digital” [Moran, 2015, p. 39].

Corroborando o pensamento anterior, [Lévy, 2015, p. 9] destaca que as tecnologias digitais disponíveis no contexto social e educacional aumentaram a oferta de cursos com metodologias diferenciadas, em formatos acoplados a celulares (mobile learning), via redes digitais, bem como através de jogos educativos.

Tais ferramentas digitais oferecem condições para que os interessados em ampliar seus conhecimentos, construam trilhas de aprendizagem, personalizadas, de acordo com as condições de acesso, os interesses dos participantes, o tempo disponível, além da fluência tecnológica e dessa forma, os recursos digitais pode ser utilizado livremente no ensino e aprendizagem das mais diversas áreas de conhecimento possibilitando uma reflexão mais acentuada em contexto real [Lévy, 2011].

Segundo Kenski (2013) mobile learning ou m-learning “é um conceito que representa a aprendizagem suportada por dispositivos de mão tais como smartphones, iPods, tablets e celulares que por sua vez carregam e manipulam informações”, para a autora, essa tecnologia contribui com a aprendizagem, tendo em vista as vantagens de se estudar em qualquer tempo e lugar.

Tais estudos demonstram que o celular é sem dúvida o mais popular e acessível artefato digital que o aluno pode adquirir a preço módico e transportar de forma natural para ser usado em qualquer parte e com uma gama de recursos que amplia o acesso a informação e a comunicação, que são elementos potencializadores da aprendizagem [Lévy, 2017].

Os celulares atuais possuem outras características além de fazer uma simples chamada telefônica. Os aparelhos celulares agora podem enviar mensagens de textos; realizar navegação pela internet; reproduzir mídia MP3; gravar memorandos; organizar informações pessoais, contatos e calendário; enviar e receber e-mails e mensagens instantâneas; gravar, enviar, receber e assistir imagens e vídeos usando câmeras e filmadoras embutidas; executar diferentes toques, jogos e rádio; utilizar conectividade bluetooth; realizar vídeo-chamadas e servir como um modem sem fio para um PC [Merije, 2010, p. 266].

Dentre esses dispositivos tecnológicos, o celular é o mais popular e acessível, sem grandes investimentos financeiros e de uso presente por todas as pessoas independente de classe social ou econômica podendo ser identificado como objeto de aprendizagem de forma presencial ou a distância possibilitando a oferta de oportunidades de formação e capacitação e o mais visível é que todos os alunos possuem celulares.

De uma forma ou de outra, muitos desses projetos educativos estão ajudando os alunos a aprenderem coisas que interessa a sociedade em geral e a eles em especial, seja empoderando o protagonismo do aluno (a) seja convertendo seus conhecimentos em ganhos imediatos, ou ajudando-os a se tornarem “minicientistas”; com o domínio dos dispositivos móveis.

No contexto atual, a educação e a tecnologia podem evoluir lado a embora as pessoas tendam a pensar que a educação vai estar sempre atrasada com relação à tecnologia, há muitos casos em que a educação se colocou ao lado da tecnologia para desencadear transformações no campo educativo.

Utilizamos a produção de um dos capítulos de nossa tese de Doutoramento intitulada “A Dimensão Digital na Educação: a produção de vídeos como mediação do processo de ensino aprendizagem nas obras de Eça de Queiros e Josué Montello” desenvolvido na Universidade Fernando Pessoa na cidade do Porto, Portugal para desenvolver este artigo, que além de ser uma produção acadêmica, é também uma exigência institucional.

Dessa forma nos apropriamos da dimensão digital e do ensino híbrido quando propusemos aos alunos do terceiro ano do ensino médio de uma escola de São Luís-Maranhão a leitura de romances da literatura maranhense e portuguesa, especificamente do autor maranhense Josué Montello [Cais da Sagração] e Eça de Queirós [Primo Basílio], obras que deixaram para a literatura ludovicense e lusitana um conjunto de caracteres da cidade de São Luís e de Lisboa. 

Estes autores foram escolhidos pela densidade dos seus relatos e ousadia ao narrar, como se fora um mapeamento dos contornos da capital portuguesa e da Ilha de São Luís, detalhando ruas, avenidas, becos, escadarias, casarões, sobrados, solares, ruínas, apogeu e glória.

Eça de Queirós [1845-1900] exploraas possibilidades interpretativas do espaço urbano lisboeta, buscando relacionar os variados espaços e suas representações dentro de um contexto histórico, enquanto Josué Montello seguindo a mesma lógica retrata as características de São Luís, presentes em nosso cenário urbano, demonstrando a vida que foi vivida nesse contexto pelos seus personagens fictícios.

Os ambientes pelos quais transitaram as personagens dos dois autores, os prédios onde viveram suas personagens, são fundamentais dentro da arquitetura narrativa e composição dos enredos. As referências feitas aos nomes de ruas e às especificações de endereços brincam, a todo instante, demonstrando os limites entre realidade e ficção.

Assim tecer as relações entre a cidade oitocentista de Lisboa, vivenciada e observada por Eça em Primo Basílio e a São Luís do Maranhão do novecentos sob a ótica de Montello em Cais da Sagração, objetos da proposta de intervenção que pretendemos desenvolver na Escola do Futuro (nome fictício) com a metodologia do ensino híbrido, o qual ao final será tratado em sua dimensão digital através da produção de vídeos por parte dos alunos comparando as duas obras literárias, utilizando para tanto, as mídias digitais.

Os alunos das classes aqui identificadas como sendo A e B do 3º ano do ensino médio irão ler aos dois romances de autoria de Eça de Queiros e Josué Montello sob a orientação da pesquisadora e de professores das áreas especificas, escolhidas por nós, numa perspectiva que busque a ruptura com as regras usuais de ensino tradicional utilizando o ensino híbrido.

Feita as leituras, cada professora da área especifica de conhecimento já de posse de um instrumental metodológico que também será objeto de treinamento com as referidas professoras das disciplinas Língua Portuguesa, História, Literatura e Sociologia, farão um guião metodológico que fomentara o protagonismo do aluno, através de debates e reflexões com vista a conhecer a opinião dos alunos sobre os romances e que denotem a compreensão das figuras linguísticas, dos cenários históricos e das relações sociais que se fazem presentes nas obras já citadas. Essas impressões devem ser feitas com base nos dois primeiros momentos de exploração das obras, quais sejam a leitura dirigida e a aplicação de um questionário por entrevistas voltado a coletar as impressões que os alunos tiveram das obras.

Nesse contexto, quando estávamos organizando nossa pesquisa, identificamos que estes alunos e professores já desenvolveram atividades no âmbito das disciplinas Língua Portuguesa e Literatura, História e Artes explorando os conteúdos a partir de obras literárias e temas relacionados a situações exemplares do cotidiano dos alunos, como a violência contra a mulher e as práticas de preconceito presente na sociedade atual com o uso de artefatos digitais e que podem ser caracterizados como ensino híbrido. Donde se deduz que a prática não é nova, mas a forma como está sendo abordada carece de orientação teórico-prática.

Desse modo procuramos instrumentalizar aos professores sobre o ensino híbrido, acreditando que estes poderão ser multiplicadores dessa experiência junto aos alunos e colaboradores em potencial de nossa pesquisa identificada como sendo de uma intervenção educativa com vista a melhoria da relação ensino e aprendizagem com o uso de celular para produção de vídeos educativos.

De modo geral, essa atividade, para além de funcionar como uma ferramenta educacional inovadora está inclusa no plano anual de ensino da escola, tendo em vista que, para enfrentar os desafios de uma era em que seus alunos têm acesso ilimitado à informação através de seus artefatos digitais (celulares, tablets, smartphones) cabe a escola criar os espaços dessa educação interfaces.

Referências
Meire Lourdes Pereira Almeida - Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Fernando Pessoa, Porto/Pt e Doutoranda em Ciências da Informação pela Universidade Fernando Pessoa, Porto/Pt. Professora da Educação Básica da Rede Estadual do Maranhão e Coordenadora Pedagógica da Rede Municipal de São Luís-MA. E-mail: meirealmeida11@gmail.com

Referencias Bibliográficas

ANDRADE, M.C.F de, SOUZA, P. R. de. “Modelos de Rotação do Ensino Híbrido: Estações de trabalho e sala de aula invertida”. E-Tech: Tecnologias para Competitividade Industrial, Florianópolis, v. 9, n. 1, p. 03-16, 2016. Disponível em
<http://etech.sc.senai.br/index.php/edicao01/article/view/773>. Acessado em 12 mar. 2020.

KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e tempo docente. Campinas: Papirus, 2013.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. 3 ed. Tradução de Carlos Irineu da Costa São Paulo: Editora 34, 2017.

LÉVY, Pierre. O que é o virtual? 2 ed. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Editora 34, 2011.

MERIJE, Wagner. Mobimento: educação e comunicação mobile. São Paulo: Petrópolis, 2010.

MONTELLO, Josué. Cais da Sagração. São Paulo: Editora Nova Fronteira, 1961.

MORAN, José Manoel. Desafios da TV e do vídeo à escola. São Paulo, 2002. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/moran/desafio.htm>. Acessado em: 13 mar 2020.

MORÁN, José. “Mudando a educação com metodologias ativas”. In: SOUZA, Carlos Alberto de; MORALES, Ofelia Elisa Torres (orgs.). Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Ponta Grossa: UEPG/PROEX, 2015 – 180p. (Mídias Contemporâneas, 2) p. 15-33.

QUEIRÓS, Eça. O primo Basílio. São Paulo: Editora Ediouro, 1996.

VALENTE, José Antônio. “Comunicação e a Educação baseada no uso das tecnologias digitais de informação e comunicação”. Revista UNIFESO – Humanas e Sociais, Vol. 1, n. 1, 2014, pp. 141-166.

VALENTE, José Antônio. “O uso inteligente do computador na educação”. Pátio Revista Pedagógica. Porto Alegre: Artes Médicas, Ano 1, nº 1 – pp19-21, 2015.

9 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Ola! Primeiramente, parabéns pelo artigo. Fiquei curiosa em entender dois aspectos relacionados ao seu trabalho: o ensino híbrido mobilizará apenas recursos mobile extraclasse? Além disso, considerando os limites de recursos dos alunos bem como o pouco protagonismo do ensino tradicional, como você pretende em sua pesquisa lidar com estes dois aspectos?
    Um abraço,
    Anna Lívia Gomes

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  3. Olá
    Seu artigo é muito interessante. Hoje ouvimos bastante sobre o ensino híbrido, havendo uma relação com as metodologias ativas (seu texto aponta isso), entretanto durante essa pandemia algumas fragilidades vieram a tona como: dificuldade de adaptação dos docentes com as gravações, material extenso, no caso dos anos iniciais do ensino fundamental, falta de suporte por parte dos pais para auxiliar as crianças. Entretanto, é evidente que os alunos caminham com equipamentos tecnológicos e inseri-los nas aulas e nos currículos já está ocorrendo. Assim, meu questionamento é: como você percebe esse ensino híbrido no ensino público brasileiro que evidencia a falta de estrutura para uma aula básica ?

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  4. Olá, parabéns pelo artigo.
    Minha pergunta é referente as professoras com quais trabalhou, elas mostraram resistência em trabalhar com o ensino híbrido? Você já se deparou com professores resistentes as novas tecnologias em sala de aula? Qual a melhor forma para lidar com esses professores?
    Grata pela atenção.
    Larissa Faesser

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    1. Larissa, obrigada!
      A princípio, gostaria de informar que a pesquisa ainda está em desenvolvimento. No início, a equipe docente da escola se mostrou um pouco desinteressada pela metodologia híbrida, mas com o decorrer dos trabalhos, ao notarem o aumento da motivação dos alunos para participarem das atividades, está havendo um engajamento maior dos professores.
      No ambiente escolar,é comum, encontrarmos professores que não se sentem seguros para colocarem as novas tecnologias na sua prática pedagógica, às vezes, por desconhecimento na operacionalização dos equipamentos eletrônicos ou das mídias sociais.
      Para quebrar a resistência desses profissionais ao uso dessa ferramenta pedagógica,será necessário capacitá-los através de cursos, palestras e oficinas, para que adquiram habilidades técnicas nessa área. Qualquer metodologia, para chegar às salas de aula, antes, precisa ser conhecida e dominada pelos professores.

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  5. Parabéns Meire pelo texto que é muito pertinente nesse tempo de pandemia ! O ensino híbrido é uma realidade e qdo trabalhado pedagogicamente e contextualizado torna se significativo! ficante

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  6. Obrigada Ana Paula!
    O ensino híbrido possibilita uma interação maior dos estudantes no processo ensino e aprendizagem, permitindo uma reflexão prévia sobre os conteúdos antes da sua aplicação na sala de aula.

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  7. Ola!
    Muito pertinente a sua atenção ao ensino híbrido, parabéns. A Escola Sesc de Ensino Médio localizada no Rio de Janeiro há implementou o ensino híbrido como uma plataforma de educação invertida recentemente, no entanto a instituição se encontra em uma posição privilegiada tendo em vista todas os meios tecnológicos que ela dispõe. Gostaria de saber se você acha que o ensino híbrido é algo necessário que as escolas tenham que oferecer como metodologia ou apenas mais uma das formas de ensino?

    Assinado: Stella de Sousa Martins

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  8. Olá Meire! Parabenizo sua proposta e pesquisa com temática tão pertinente na atualidade. Penso que as contribuições com métodos de difusão do conhecimento, que fomentam um ensino mais inclusivo, permitindo sua constituição de forma mais autônoma é de suma relevância na formação de pessoas mais ativas, pensantes e interativas.

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