Matheus de Sousa Oliveira


A PEDRA DE LIOZ ESQUECIDA EM BELÉM: A CONSTRUÇÃO DE UMA NARRATIVA MEDIADA PELO FACEBOOK EM RELAÇÃO AO MONUMENTO



Na praça D. Pedro II situada na cidade de Belém do Pará, encontra-se uma pedra de lioz monumental sem identificação e deteriorada, exatamente em frente ao Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP). Discussões rondam sobre o que o monumento se refere. O texto tem o objetivo de analisar e discutir uma narrativa em relação ao marco monumental que foi sediada por uma publicação do Facebook, onde a definiu como marco representativo a linha divisória do Tratado de Tordesilhas. Esse discurso que foi em parte nascido na rede, traz consigo memórias e relações históricas de Belém com o meridiano de Tordesilhas e o relaciona ao monumento da pedra de lioz, além de, também abordar a denúncia pelo qual o marco monumental se encontra na praça. Entretanto, a afirmativa é equivocada, o monumento faz referência a outro período histórico, mas o texto não se detém a simplesmente “provar” que o discurso gerado pela rede social é falso, mas sim, a análise crítica dessa narrativa sediada pelo Facebook e como o conteúdo da postagem aborda outros objetivos sociais além da simples descrição histórica de pedra de lioz monumental e como a rede social pode ser usada como meio difusor de informações digitais e digitalizadas podendo-a torna-se um patrimônio digital que se relaciona diretamente com os internautas que tem acesso à rede.

A atuação do Facebook na memória coletiva do monumento em relação à Tordesilhas
Quando se fala em Memória Coletiva, os estudos do durkheimiano Maurice Halbwachs (1925) foram um dos pioneiros nos setores historiográficos a observar a memória de maneira intrinsicamente social, ou seja, desvinculada de uma perspectiva de “memória de dados” e estática. Com isso, abriu-se uma nova vertente no campo de pesquisas da memória, analisando-a essencialmente pelas complexidades sociais, a chamada Memória Social [Barros, 2011, p. 318]. Nesse campo de estudo da memória, compreende-se a interferência direta das memórias coletivas na formação das memórias individuais, assim como afirma José D’Assunção Barros:

“Se a memória envolve um comportamento narrativo, e a narratividade é necessariamente um processo mediado pela Linguagem – esta que em última instância é produto da Sociedade – tem-se aqui maior clareza de como a dimensão coletiva também interfere na Memória individual.” [Barros, 2011, p. 319].

A internet que pode ser entendida como instrumento de linguagem, se inserida nesse contexto de memórias sociais, torna-se uma ferramenta poderosa no âmbito da educação informal que pode influenciar diretamente as memórias individuais dos indivíduos que tem acesso a ela. Jacques Le Goff no século XX já visava acerca da evolução do mundo contemporâneo e ressaltava que a história estaria constantemente sendo pressionada pelas memórias coletivas que ansiavam pelo imediatismo gerado através da mídia:

“Mas toda a evolução do mundo contemporâneo, sob a pressão da história imediata em grande parte fabricada ao acaso pelo media, caminha na direção de um mundo acrescido de memórias coletivas e a história estaria, muito mais que antes ou recentemente, sob a pressão dessas memórias coletivas. A história dita "nova", que se esforça por criar uma história científica a partir da memória coletiva, pode ser interpretada como "uma revolução da memória" fazendo-a cumprir uma "rotação" em torno de alguns eixos fundamentais: "Uma problemática abertamente contemporânea... e uma iniciativa decididamente retrospectiva", "a renúncia a uma temporalidade linear" em proveito dos tempos vividos múltiplos "nos níveis em que o individual se enraíza no social e no coletivo" (linguística, demografia, economia, biologia, cultura).” [Le Goff, 1990, p. 408]

Delimitando essa mídia somente nas redes sociais da internet, surge questionamentos em relação a memória coletiva interagindo com esse meio de comunicação: A rede social é capaz de criar uma “memória virtual” através dos agentes que depositam suas determinadas postagens como fotos, textos, documentos ou vídeos? Se sim, há métodos de preservação dessa memória virtual? Essas memórias podem fazer parte de um patrimônio digital dentro dessa rede mundial de computadores interligados?
A doutora em memória social Rosali Henriques diz o seguinte sobre as postagens momentâneas de mídias nas redes sociais:

“O registro é do momento instantâneo para um presente também instantâneo, quase como que um presente-passado e um presente-presente, que podemos chamar de atual. Essa memória do presente é uma memória efêmera e imediata, compartilhada em tempo real com amigos e familiares. Esta, que podemos chamar de memória compartilhada, seria uma espécie de memória imediata e, ao mesmo tempo mediada pelo espaço virtual da internet, o ciberespaço.” [HENRIQUES, 2017, p. 125].

Ou seja, todo tipo de informação quando publicada na rede social torna-se uma memória instantânea que é sediada pela internet, pois essas postagens ficam armazenadas na rede que podem ser acessadas coletivamente pelos que tem acesso à ela em poucos cliques, entretanto a autora complementa:

“A produção e a reprodução de registros memoriais na internet, principalmente
nas redes sociais, provocam um excesso de informações que disseminadas
poderão servir à preservação da memória digital [...] O excesso de memória na internet, no entanto, pode apresentar duas faces: de um lado, o excesso como preservação e por outro lado, o excesso como excedente.” [HENRIQUES, 2017, p. 126].

Com base nessa afirmativa, notamos que a rede social não é exatamente uma instituição de memória que tem como objetivo a sua preservação, mas ela funciona pelo meio da socialização das memórias que são possibilitadas interagirem entre si facilmente através da internet. A preservação das publicações é dada inconscientemente através do armazenamento automático das mídias postadas, diferente de um museu por exemplo, que tem dentre um dos seus objetivos conscientes, a preservação.

Analisando o caso da veiculação da pedra de lioz com o Tratado de Tordesilhas através da rede social vemos o seguinte. A informação em si surge através da proliferação de informações variáveis, pois o monumento se encontra em completo abandono e sem identificação, o que abre possibilidades para livre interpretação por quem passa pelo local. Um dos grandes veículos que disseminou a ideia de que o marco é diretamente ligado ao Tratado de Tordesilhas foi a internet, em especial o Facebook. A confusão em relacionar o monumento ao meridiano de Tordesilhas inicia-se à propagação de ideias difundidas e baseadas por sites com conotações históricas porém sem rigor científico, como, a página Belém Antiga, que promoveu uma publicação aos curiosos que acabou gerando uma certa repercussão pelo grande número de seguidores da página, referente ao monumento pertencer ao Tratado de Tordesilhas.



Podemos afirmar que a memória digital no caso da postagem que foi exposta acima é representada de forma imagética e textual. Ao analisar a publicação observamos um teor informativo que relaciona a pedra de lioz a um fato histórico com o objetivo de expor ao que o monumento se refere e também denunciar o abandono e desconhecimento do marco que possivelmente pode ter sido a causa da sua completa deterioração. Sendo assim, mesmo a informação que relacionou a pedra ao Tratado de Tordesilhas estando equivocada e amparada por uma fonte vinculada a um blog temático que não confirmava a afirmativa, a ideia conclusiva do texto é a preocupação do autor da postagem em despertar na população e nas autoridades o senso crítico em relação ao abandono de patrimônios históricos pela cidade, vale ressaltar que o processo de perda está intrinsicamente associado a criação do IPHAN e aos discursos sobre patrimônios, onde, a ameaça ao patrimônio é também uma ameaça à nação [HENRIQUES, 2017, p.134].

Sendo assim, a postagem seria um patrimônio digital ou um patrimônio digitalizado? Para responder as perguntas vamos aos seus determinados conceitos.

Sobre o patrimônio digital, Vera Dodebei discorre:

“Esse novo patrimônio é constituído por bens culturais criados somente em ambiente virtual ou por bens duplicados na representação da web e cobre materiais digitais que incluem textos, bases de dados, imagens estáticas e com movimento, áudios, gráficos, software, e páginas web, entre uma ampla e crescente variedade de coleções que representam desde objetos pessoais a acervos tradicionais de instituições de memória.” [DODEBEI, 2006, p. 1].

O conceito de patrimônio digital pode ser confundido com a digitalização de patrimônios físicos já existentes, por isso é importante diferenciá-los:
“Ao digitalizarmos um determinado patrimônio de um museu e criarmos um museu virtual, por exemplo, estamos ampliando a capacidade de divulgação daquele patrimônio. Nesse caso, o patrimônio físico já existe. O segundo caso, seria daquele patrimônio nascido digitalmente. Aí entrariam todo tipo de informações em forma de texto, imagens, vídeo e uma série de documentos criados digitalmente [...] Nesse sentido, podemos dizer que o digital é a representação em código binário de um determinado conteúdo. A digitalização é a transformação de algo físico em objeto digital ou binário.” [HENRIQUES, 2017, p. 132]

Observando a postagem do Facebook com base nos conceitos apresentados, podemos notar que uma das imagens utilizadas é referente ao monumento físico da pedra de lioz que já é existente na cidade e a outra há um mapa que elucida o meridiano de Tordesilhas passando por Belém, mas como dito acima, o texto apresentado na publicação complementa as figuras inseridas e dentre seus objetivos constam a denúncia e a possível descrição do monumento esquecido, ou seja, a publicação serve tanto como patrimônio digital (através do texto-denuncia nascido na rede) e digitalizado (através da imagem que representa o patrimônio físico) que buscam dar signos de importância histórica a cidade de Belém pelo pertencimento geográfico ao Tratado de Tordesilhas e a denúncia ao abandono do marco monumental. Importante destacar que esses signos de importância são alicerçados em uma memória coletiva que é bastante representada pelos livros didáticos que expõem geograficamente Belém como a primeira cidade brasileira entrecortada pelo meridiano de Tordesilhas, o conhecido mapa das capitanias hereditárias de Manoel Maurício de Albuquerque retirado do Atlas Histórico Escolar do Mec, utilizado desde 1960 no ensino de história foi um dos primeiros que apresentava didaticamente o meridiano passando pelos clássicos polos: Belém do Pará e Laguna de Santa Catarina. Sendo assim, o texto da postagem utiliza-se de uma memória já existente que acaba por causar propositalmente mais impacto aos que tiveram e tem acesso a publicação, mas essa memória que causa importância geográfica e histórica a cidade de Belém pode ser problemática.

Smolka [2000, p.177] considera certos aspectos como relevantes na concepção de Aristóteles sobre memória: as sensações e o afeto, a imaginação e o tempo. A cultura midiática hoje cumpre o papel de estimular essas sensações [GONÇALVES, 2013, p.4]. Sensações estas que não chegaram a ser vividas pela população criando-se um certo laço afetivo com a memória, exposta também pelos livros didáticos, que acabam reproduzindo de forma sistemática e fortalecem tais informações e memórias, a exemplo, de que o meridiano de Tordesilhas passaria por Belém, sendo assim, firmando um afeto e uma memória a respeito do monumento, como uma forma de externalizar a memória, alicerçando laços coloniais com Portugal, ou seja, ainda permanece-se com o sentimento de “colonizados” junto ao seu deslumbre de fazer parte da determinada “grandeza” e importância que este título pode lhe conceder, o que gera um problema de identidade enquanto brasileiros, que não conseguem distinguir identidade enquanto país e pátria de seus antigos laços de Brasil colonizado por Portugal.

Mesmo com a problemática em relação a memória que pode gerar esse conflito de identidade como brasileiros, o autor da publicação utiliza-se da internet para a tentativa de conscientização da preservação do patrimônio físico através da criação do alarde gerado por uma publicação que como já visto é um patrimônio digital e digitalizado. E uma maneira de preservação desse patrimônio criado e digitalizado pela internet (para assim resultar na preservação do patrimônio físico) é sua divulgação, os compartilhamentos:
“A publicização da vida privada, efetuada através dos registros do cotidiano no Facebook, traz para o campo da preservação da memória um fator a considerar: a preservação, pela disseminação ou compartilhamento [...] os registros de memória no Facebook, a princípio, terão mais probabilidade de se eternizarem devido à sua multiplicidade de compartilhamentos. Nesse sentido, a ação de registro dessa memória, para além da própria ação de registro, torna-se parte do processo de preservação da memória.” [HENRIQUES, 2017, p. 144]

Sendo assim, o autor da publicação não quer preservar somente a estética física da pedra de lioz monumental, mas sim também a memória que ela supostamente carregaria, ou seja, a relação histórica e geográfica da cidade de Belém com o meridiano de Tordesilhas. Memória esta que é fruto de uma série de socializações difundidas em parte pelo seio escolar que acabou (e ainda acaba) se relacionando de maneira forte com a população de Belém e que nesse caso – na análise proposta pelo texto – foi reproduzida por uma mídia social que apesar de se equivocar na definição histórica da pedra, alertou os navegantes em relação ao abandono da tal e salientou uma possível curiosidade histórica que acaba por gerar signos de importância histórica a cidade.

Considerações finais
A real origem da pedra de lioz monumental localizada na praça D. Pedro II está diretamente ligada ao Tratado de Madrid e não ao de Tordesilhas. Todas as informações sobre ela e sua chegada e implantação na cidade de Belém podem ser adquiridas na Primeira Comissão Brasileira Demarcadora de Limites (PCDL) que foi o órgão responsável pela doação do marco para a prefeitura que acabou inaugurando-o na praça. A pedra se refere a um dos marcos balizadores (foram feitas várias réplicas) trazidos de Portugal a pedido de Mendonça Furtado em 1754 que serviriam para demarcar possessões portuguesas e espanholas no Alto Amazonas – Rio Negro com finalidade de cumprir as questões demarcatórias do Tratado de Madrid (1750) e ao mesmo tempo representar a presença lusitana na Região. Entretanto, os marcos não chegaram ao seu destino e naufragaram em frente a antiga Mariuá que hoje é o município de Barcelos (AM). Só foram resgatados do rio em 1963 sendo um deles inserido no município marcando a passagem do presidente Getúlio Vargas na região. Em 1970 uma expedição de regresso da campanha demarcatória na fronteira venezuelana realizada pela PCDL trouxe três desses marcos a Belém ofertados pela administração municipal de Barcelos. De Belém, um foi doado à Brasília e foi inaugurado em comemoração ao sesquicentenário da independência em março de 1972 nos jardins fronteiros a entrada privada do Palácio do Itamaraty (conhecido como Palácio dos Arcos). Os outros dois ficaram em Belém, um situado na própria PCDL e o outro que é o tema da pesquisa, foi inaugurado em 17 de Fevereiro de 1978, na praça D. Pedro II.

Entretanto, o texto não teve como objetivo “provar” que o discurso nascido no Facebook é equivocado e nem também de legitimar a comprovação geográfica do meridiano de Tordesilhas em relação a Belém. Analisando a questão cartográfica de Portugal e Espanha no final do século XV período em que o tratado foi assinado, houve certos problemas técnicos no valor das léguas e em medir longitudes com precisão, como no Tratado de Tordesilhas a distância tinha que ser medida em léguas e na época elas eram medidas de maneira divergentes entre as duas nações, as linhas acabavam se contradizendo e passando por diferentes localidades nos mapas dos cartógrafos. Todavia, esse é um problema analisado e debatido nos dias atuais pois no período do tratado, Portugal e Espanha tinham o valor das léguas como correto e pacífico entre eles, apesar das divergências geográficas.

O texto consistiu na exposição dos conceitos de patrimônio digital e digitalizado, memória coletiva e digital e suas relações com a publicação gerada pela rede social em referência à pedra monumental, demonstrando seu poder que pode se legitimar no imaginário popular através da internet e sua denúncia ao abandono do monumento. Os resultados obtidos analisam como a internet se torna um meio educacional midiático informal, transformando-se inclusive em uma ferramenta poderosa de intervenção nos modos de pensar e agir da sociedade, no que leva ao historiador a análise crítica de sua função no contexto social que acaba por influenciar diretamente a memória coletiva e individual dos indivíduos. E também investigar o esquecimento como um objeto da memória o qual o monumento está destinado.

A propagação mediada pelo Facebook, apesar de conter a informação equivocada, veio com intenções de denunciar o abandono e informar o esquecimento por parte da prefeitura e ao qual o monumento se encontra. Por ela ser veiculada pela internet, atingiu com facilidade um número expressivo de pessoas, interferindo na coletividade, desta forma criando uma memória coletiva em relação a pedra de lioz de não todo um grupo social, mas sim de uma parte, em específico as pessoas com acesso à página Belém Antiga.

Referências
Matheus de Sousa Oliveira é recém graduado em Licenciatura plena em História pela Faculdade Estácio de Sá de Castanhal – Pará.

BARROS, José D’ Assunção. Memória e História: Uma discussão conceitual. Tempos Históricos, volume 15, 1º semestre. UNIOESTE, 2011.
Brasil. Ministério das Relações Exteriores. Coordenação Geral das Comissões Demarcadoras de Limites. Primeira Comissão Brasileira Demarcadora de Limites. Fronteira Norte Demarcando e aproximando a Amazônia – PCDL 8 Décadas. Belém: FUNAG/PCDL, 2011.
DODEBEI, Vera. PATRIMÔNIO E MEMÓRIA DIGITAL. Baseado e texto de discussão na Mesa Redonda “Patrimônio digital: os desafios do cientista social”
realizada no XXIX Encontro Anual da ANPOCS, 25 a 29 de outubro de 2005, Caxambu, MG. Proposta n. 210, Cadastro 603.
GONÇALVES, Francielle Sthefane B. Cordeiro. História, Memória Histórica e a contribuição da cultura midiática. Jornada de Estudos e Pesquisas do HISTEDBR, Jornada XI, Cascavel – PR, UNIOESTE, 2013.
HENRIQUES, Rosali Maria Nunes. NARRATIVAS, PATRIMÔNIO DIGITAL E PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA NO FACEBOOK. Revista Observatório, v. 3, n. 5, p. 123-146, 1 ago. 2017.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Editora da UNICAMP. Campinas, São Paulo, 1990. Original da editora Gallimard, França, 1988.
SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A memória em questão: uma perspectiva histórico-cultural. CNPq: Práticas Sociais, Processos de Significação e Educação Perspectiva – Memória e História na Escola, 2000.

7 comentários:

  1. Olá Matheus,
    Parabéns pelo trabalho, ele é bastante interessante. Como ele surgiu? De onde veio a ideia para trabalhar dessa forma?

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    1. Olá José, tudo bom?
      Esse texto é na verdade uma delimitação do trabalho de conclusão de curso (TCC) que realizei com dois amigos, no qual abrange o mesmo monumento só que com mais detalhes sobre a discussão da implantação da pedra na cidade, a difusão do boato, as discussões cartográficas do meridiano de Tordesilhas em relação às Belém e outros fatores. Nesse texto eu o delimitei somente no monumento e sua relação com o discurso da página no Facebook.

      O trabalho surge quando minha professora de estágio me informa sobre essa possível pedra monumental de Belém que representava o meridiano de Tordesilhas, logo no começo tomei um susto pois desconhecia qualquer informação de um monumento representativo ao meridiano em Belém. Visitamos o local e fomos investigando a real origem do monumento e como o boato foi em parte relacionado a internet, em especial a dita publicação da página Belém Antiga sobre a tal, que repercutiu bastante no Facebook.
      Com isso, fomos estruturando a pesquisa em torno dessa situação problema, do discurso da Internet em conflito com a real origem da implantação do monumento na praça, e a análise também do abandono do monumento no local.
      Obrigado pela presença!

      - MATHEUS DE SOUSA OLIVEIRA

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    2. Você conhece outras páginas semelhantes a essa? Tem uma chamada Recife de antigamente que traz muitas imagens interessantes.

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    3. Não conheço muitas, entretanto, deve haver várias que possuem o objetivo de destacar curiosidades históricas de suas cidades, muitas sem utilizar fontes confiáveis, outras com rigores e preferências às fontes históricas-cientificas.

      - MATHEUS DE SOUSA OLIVEIRA

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  2. Matheus, quero parabenizá-lo pelo texto. Achei bem interessante e estruturada sua pesquisa.
    Tenho um questionamento: porque a pedra monumental encontra-se deteriorada? Não há algum pequeno investimento do órgão responsável em reforma-la e identifica-la com algum tipo de dizer?

    Joaquim Silva

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Joaquim, obrigado pela participação.
      Respondendo seus questionamento: O orgão responsável pelo monumento da praça é a prefeitura e o que eles fazem no máximo é adicionar uma tinta branca na pedra quando a mesma se encontra em estado péssimo, no que ao decorrer do tempo vai acumulando sujeiras na pedra e ela volta a ficar em estado deplorável. A nossa equipe ao decorrer da pesquisa não teve o devido tempo de ir à prefeitura para esclarecer o abandono do monumento, e essa questão de abandono de monumentos históricos em Belém é bem grande, esta pedra estar dentre um deles, mas pretendemos ir ao órgão para conseguirmos os esclarecimentos, vale lembrar que em 1978, ano da inauguração do monumento havia uma placa de identificação, entretando essa placa foi só simbólica para o ato da inauguração, posteriormente foi retirada.

      - MATHEUS DE SOUSA OLIVEIRA

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