Lidiane Álvares Mendes


A GUERRA DO PARAGUAI ATRAVÉS DAS IMAGENS FOTOGRÁFICAS: COMPLEMENTAÇÃO DE ANÁLISE PARA O ENSINO FUNDAMENTAL II



As novas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõem a articulação e o diálogo constante com o ensino-aprendizagem e com as competências gerais contribuindo com o fortalecimento das práticas de cidadania, autoconhecimento, da curiosidade intelectual e científica, de maneira que a aprendizagem seja voltada para a construção dos saberes instituído e das habilidades em gerir o aprendizado transformando seu cotidiano em ações concretas no ambiente que o cerca. Neste sentido, as possibilidades de investigação histórica através das mídias e tecnologias estão envoltas dos mecanismos e ferramentas existentes no século XXI e dos processos metodológicos, pois, as transformações que ocorrem na sociedade implicam diretamente nas atividades e experiências de ensino em sala de aula. “Assim, o processo educacional e as mudanças sociais sofrem influências visíveis e tangíveis na construção e evolução da sociedade.” (SANTINELLO, 2009, p. 77).

Embasados na proposta da BNCC e das perspectivas de análise documental a partir da iconografia existente nas mídias virtuais e do pressuposto de que as imagens fotográficas são produções de cunho técnico e que representam espaços geográficos, atores e temporalidades de maneira ímpar, desde sua criação em 1826 até os dias atuais, colaborando para a interpretação dos fatos históricos. Pois, a fotografia em si transformou de maneira singular as construções historiográficas e midiáticas até então existentes, lançando mão da perpetuação da imagem pessoal, familiar, dos espaços públicos e privados, da construção de si, da individualidade e da demonstração de força bélica, financeira, cultural e social de caráter global.

Como proposta de análise de fontes documentais e pensando na contribuição de preenchimento das lacunas existentes nas discussões acerca da Guerra do Paraguai (1864-1870) nos livros didáticos do Ensino Fundamental II, é que buscamos a interação das fontes como tema interdisciplinar e transversal de ensino-aprendizagem, uma vez que, a imagem como produção técnica e histórica se manifesta diante da pluralidade e da dinâmica que as problematizações históricas possibilitam. Demonstrando que a História não é estática. Ela se movimenta e com ela as novas tecnologias de análises documentais proporcionam articular novos questionamentos através da renovação dos métodos de ensino.

Neste sentido, elencamos para esta proposta duas imagens que perpetuaram a presença de negros escravizados e mulheres na Guerra do Paraguai, uma vez que a proposta desta comunicação é apresentar o debate sobre o ensino de história e suas construções e problematizações com outros elementos documentais, para além do ensino tradicional em sala de aula. 

As imagens escolhidas refletem os negros escravos e as mulheres vivandeiras, incluídos na Guerra do Paraguai pela porta dos fundos.  A proposta é que o aluno possa analisar as imagens como fator real e montado, construindo saberes sensoriais, cognitivos e críticos, através da análise do passado em detrimento as fontes oficiais. Para tanto, exercitaremos esta reflexão com uma ficha técnica de análise de fotografia, que possibilitara a discussão de acordo com a interpretação de cada imagem.

Sabemos que a fotografia é disposta como fonte documental a partir da Nova Historiografia, que resinifica os campos historiográficos e abre o leque das investigações micro e macro, das produções e dos vestígios dos sujeitos que permeiam seus espaços sociais e seu lugar de falar. Neste sentido, buscamos dimensionar para o ensino-aprendizagem a investigação histórica contemplando as habilidades e competências dos alunos em analisar diversas fontes e, para esta análise específica – a fotografia no espaço de guerra e suas especificidades.

Em um primeiro momento a fotografia era utilizada como cartões de visita ou carte-de-visite, estes cartões retratados com a imagem de personalidades da época eram trocados entre pessoas ilustres, monarcas, casais enamorados, familiares e afins, com dedicatórias, datas e locais. Os carte-de-visite, polarizam-se e populariza-se, aumentando seu tamanho e largura, e são transformados em fotografias, ganhando espaço em todas as classes sociais. Para a Guerra do Paraguai, as fotografias foram de importância salutar no registro dos combatentes/soldados uniformizados em suas residências no momento da partida, negros escravizados que se alistaram como “Voluntários da Pátria”, personagens da monarquia como o próprio Dom Pedro II, crianças, mulheres vivandeiras, chinas e damas da sociedade, campos de batalha, enfermarias, epidemias, mortes e a devastação humana e ambiental que este conflito causou tanto para o Brasil e seus aliados quanto no então inimigo Paraguai.

Mal sabiam os fotógrafos do período que seu trabalho seria determinante para a historiografia mundial na construção da representação histórica, do simbolismo e do nacionalismo crescente principalmente em períodos de guerra. Diante disto, percebemos que a construção da Guerra do Paraguai e os espaços de problematização ocupados nos livros didáticos não relevam à importância desta guerra para com os sujeitos envolvidos, a formação do exército brasileiro, as doenças e epidemias que assolaram a população de ambos os lados, as consequências para os países que entraram no conflito, e as particularidades e singularidades desta disputa.

O contexto, desta contenda nos é apresentado para debate em boxers interativos e/ou em textos complementares que não aprofundam o debate e a importância política e social deste conflito armado. Deste modo e levando em consideração os itens aqui citados, vemos nas possibilidades de investigação através das fotografias, e ao que tange esta pesquisa as imagens que estão disponíveis nos meios virtuais de acesso a pesquisa. O diálogo da fotografia com a investigação histórica parte, sobretudo, das concepções permeadas por Philipe Dubois, (1992, p.23) “[...] quando nos apresenta que esta pode ser a transformação do real (o discurso do código e da desconstrução) e a fotografia como o vestígio de um real (o discurso do índice e da referência)”.  Portanto, a leitura das fotografias como estudo da história deve contemplar a realidade do contexto, a montagem do cenário e dos personagens e a percepção de construção da imagem e perpetuação do passado no presente. [...]

Ou ainda sobre a contextualização de Jacques Le Goff, quando nos permite analisar as fontes documentais como monumento, (...) O documento não é inócuo. É antes de mais nada o de uma montagem, consciente ou inconsciente, da história, da época, da sociedade que o produziram, mas também das épocas sucessivas durante as quais continuou a viver, talvez esquecido, durante as quais continuou a ser manipulado, ainda que pelo silêncio. O documento é uma coisa que fica, que dura, e o testemunho, o ensinamento (...) que ele traz devem ser em primeiro lugar analisados desmistificando-lhe o seu significado aparente. O documento é monumento. (LE GOFF, 1984, p.102-103).

Sendo todo o indivíduo sujeito histórico e produtor de vestígios, as imagens como fonte de pesquisa nos revelam características de cunho oficial nas quais podemos refletir sobre a produção da mesma de maneira temporal, social e geográfico, relacionando com maior intensidade o objeto estudado. A construção dos saberes históricos e a compreensão da desmistificação da verdade oficial é estruturada pelo professor em sala de aula, de acordo com a elaboração de suas discussões críticas e da subjetividade dos fatos. Neste contexto, a proposta não é somente ampliar a imagem como fonte secundária, e sim ampliá-la como fonte primária e contextualizá-la confrontando-as com perguntas específicas.
Para tanto, elencamos imagens que nos possibilitam analisar seguindo os seguintes questionamentos: procedência da imagem, finalidade, tema, estrutura formal, tempo e espaço, personagens centrais, personagens ao fundo, cenário, contrastes e ambiente. Lemos em Peter Burke que, “[...] as imagens não devem ser consideradas simples reflexos de suas épocas e lugares, mas sim extensões dos contextos sociais em que elas foram produzidas e, como tal, devem ser submetidas a uma minuciosa análise, principalmente de seus conteúdos subjetivos.”
Neste sentido, a primeira imagem selecionada tem como questionamento a formação do exército brasileiro que fora constituído a partir na simbologia do patriotismo e da promessa de prêmios em dinheiro, terras e outras vantagens àqueles que se alistassem. Para incentivar o alistamento o próprio Dom Pedro II, se voluntariou, chamado de “Voluntário Número Um", juntamente com seu genro o Conde D’Eu, além de outros ilustres e nobres da época. Porém, o conflito se prolongou mais que o esperado as milhares de baixas dos soldados fez com que o Imperador utilizasse a população escravizada, ou os “escravos da nação” como eram chamados os negros que pertenciam ao governo. Também foram utilizados os negros escravizados alistados no lugar de seus senhores. Em contrapartida, os negros escravizados recebiam a promessa de alforria. Estima-se que aproximadamente 20 mil negros escravos fizeram parte do Exército Brasileiro na Guerra do Paraguai.

Na primeira fotografia temos dois soldados negros escravos ou “Voluntários da Pátria”, para a análise desta e da outra imagem, utilizaremos a ficha técnica de análise de fontes documentais, que foi elaborada de acordo com as habilidades e competências referentes à capacidade de aprendizado e interpretação dos alunos.


Fonte: https://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2017/05/a-participacao-dos-negros-escravos-na.html

  

Ficha Técnica de Análise de Fontes Documentais - FOTOGRAFIA


  
A utilização da ficha técnica direciona o aluno a indagar a imagem, questionar os pressupostos de se eternizar determinados personagens e ambientes. Salientamos que na história nenhuma verdade é absoluta, exata e/ou geométrico, as relações das ciências humanas com o todo e principalmente nesta proposta se insere na construção de questionamentos e na apresentação complementar de análise de fontes documentais.

Para a segunda análise, buscamos na figura da mulher vivandeira a representação vulgarizada da mulher nos campos de batalha. Segundo o dicionário Larousse (1982: 884),vivandeira significa “a pessoa que negocia víveres nas feiras, nos arraiais ou acampamentos militares” (usa-se especialmente para designar mulheres que acompanhavam, com essa finalidade tropas em marcha). Como citamos acima, tanto os negros escravizados quanto as mulheres entraram no conflito pelas portas dos fundos, estigmatizados e duramente esquecidos durante longos anos historiográficos, esses sujeitos sociais dão vozes ao silêncio de suas trajetórias através das fontes historiográficas recentes.

Segundo Joseph Eskenazi Pernidji “[...] as vivandeiras eram mulheres que seguiam as tropas, trabalhando no comércio ambulante, nos acampamentos: mulheres de soldados, lavadeiras, cozinheiras, prostitutas da tropa;” (Pernidji,2003: 14; 40). Diferente dos negros escravizados combatentes que podemos conceituá-los em escravos da nação e negros de propriedade de senhores, as mulheres que se fizeram presente na Guerra do Paraguai são classificadas como mulheres de bem e/ou damas respeitáveis, que são as esposas dos oficiais de alta patente; as chinas, que nesta estrutura social estavam no meio da pirâmide, também denominadas de semi prostitutas e na base as vivandeiras, pois o discurso das convenções de valores e da própria concepção do corpo feminino subjugavam aquelas que fugiam as regras da moral e das condições patriarcais impostas para o período. Neste sentido, trazer para a sala de aula a imagem das vivandeiras bem como dos negros escravos combatentes e suas representações na Guerra do Paraguai, é contemplar ao ensino-aprendizagem novas metodologias e práticas que possibilitem ao aluno entender que existem vários segmentos de investigação.

Entendemos que a presença feminina na Guerra do Paraguai foi verificada em ambos os lados do conflito, e que não somente as damas respeitáveis, as chinas e as vivandeiras estiveram presentes. Se determinarmos por classificações, outras mulheres como é o caso de Ana Néri e Jovita, mães e esposas de combatentes de baixa patente, seguiram seus companheiros pelos campos de batalha, chegando a via de fato nos campos de batalha. Porém, a historiografia reservou a essas mulheres a fama de vivandeiras, desordeiras, transgressoras, corpos indóceis que foram esquecidas no silêncio das fontes.  Para além, das figuras femininas no cenário da Guerra do Paraguai, optamos pela análise da imagem fotográfica das vivandeiras, justamente pelo discurso estabelecido de que eram mulheres de vida difícil, ou seja, prostitutas. Abaixo, a imagem de uma vivandeira, um negro combatente e um branco livre ferido supostamente em um campo de batalha, observem:


Fonte: https://www.portaldasmissoes.com.br/noticias/view/id//vivandeiras,-por-joao-antunes.html



Buscamos nas imagens aqui propostas, ressaltar as diferenças apresentadas na história nacional oficial ao que tange a Guerra do Paraguai e o papel dos ditos heróis e daqueles que foram realmente massa de manobra, a base humana que sustentou os ímpetos do Imperador, levando em consideração as lacunas existentes nos livros didáticos que são usados no Ensino Fundamental II e a polarização das fontes documentais como leque de pesquisa que se abre e argumenta-se para os alunos desta faixa etária na compreensão do passado em justaposição consequente do tempo presente.

A proposta da metodologia pedagógica de análise de fotografia visa estabelecer conceitos para o aluno de que toda produção humana é passível de estudo, os rastros e vestígios do passado são meios de entendermos as representações cronológicas, como o indivíduo se via, e como ele queria ser visto, principalmente em relação às fontes iconográficas. Neste sentido, ao estabelecermos fotografias que representam a presença dos negros escravos e das mulheres vivandeiras, e propor a análise com uma ficha técnica, buscamos fazer com que a reflexão em torno da imagem seja ampla, objetivando a análise não somente do cenário, do ambiente, dos objetos ou dos personagens, mas da contextualização do tema, do período e das percepções que cada imagem traz para cada indivíduo.

Considerações Finais

Levamos em consideração para esta proposta a fotografia como fonte documental,  tendo como função pedagógica de ensino-aprendizagem a complementação metodológica dos livros didáticos relativas ao contexto da Guerra do Paraguai, consideramos que ao visualizar a imagem do período relacionado o aluno tende a fundamentar o tempo histórico transformando a informação recebida em conhecimento, apontando característica fundadas na percepção do conflito bem como assimilando a criticidade dos fatos, é parte integrante da concepção dos tempos passados e da construção política, social, econômica e cultural do tempo presente.

A fotografia como recurso didático nos proporciona uma revisão histórica linear, pois a contribuição imagética nos possibilita agregar os fatos e fatores na discussão cronológica e na problematização do ensino-aprendizagem, uma vez que, a clientela estudantil são prossumidores, ou seja, consomem e produzem conhecimento.

Diante do exposto e da relação existente entre fontes documentais, e para esta proposta, a fotografia como elemento de análise para o processo de ensino de maneira a contemplar o conhecimento crítico está para além dos livros didáticos, onde proporciona de maneira salutar o entendimento do caminhar humano e das causas e consequências dos passos dados pelos sujeitos e a necessidade das ações destes, que deixaram vestígios e rastros, contribuindo para a investigação histórica e o entendimento proporcional destes atos na nossa sociedade.

Assim, a investigação fotográfica voltada para alunos do Ensino Fundamental II, subsidia as práticas pedagógicas existentes e dissolve a ideia das aulas de história no modelo tradicional, alimentando a crítica e a percepção dos documentos existentes, através das perguntas realizadas para a imagem e as respostas obtidas de forma real, suposta ou imaginária, despertando o sentido de que nenhuma verdade é absoluta, tal como, nenhuma imagem o é.

REFERÊNCIAS
Lidiane Álvares Mendes, é licenciada em História pelo Centro Universitário de Várzea Grande/MT, pós-graduada em Formação Histórica das Políticas Públicas e Sociais do Brasil pela mesma instituição. Mestra em História pela Universidade Federal do Amazonas. Atualmente é docente da rede pública e privada da rede mato-grossense de ensino.

BURKE, Peter. Testemunha ocular: história e imagem.Florianópolis: Edusc,2004.

DUBOIS, Philippe.  O ato fotográfico. Lisboa: Vega, 1992.

LAROUSSE, Koogan. 1982Pequeno dicionário enciclopédico. Rio de Janeiro: Larousse do Brasil.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. São Paulo; Editora da Unicamp, 1993.

PERNIDJI; Joseph Eskenazi; PERNIDJI, Maurício Eskenazi (orgs). 2003Homens e mulheres na Guerra do Paraguai. Rio de Janeiro: Imago.

SANTINELLO, Jamile. MACIEL, Margareth de Fátima. Pesquisa básica e aplicação tecnológica. Guarapuava: Ed. UNICENTRO, 2009.

Sites

https://www.portaldasmissoes.com.br/noticias/view/id/1812/vivandeiras,-por-joao-antunes.html, em 20/01/2020, às 10:14 hs

https://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2017/05/a-participacao-dos-negros-escravos-na.html, em 20/01/2020, às 10:20 hs

14 comentários:

  1. Você utilizou como base no seu trabalho a iconografia, utilizando como referencia Jacques Le Goff. Hoje em dia temos diversas formas de propor atividades em sala de aula envolvendo as questões direcionadas nessa relação documento e monumento e atualmente a mídia e as novas tecnologias contribuem e facilitam o nosso trabalho. Você trabalhou com questões envolvendo a Guerra do Paraguai mais especificamente os Voluntários da Pátria e a mulher vivandeira, na sua opinião quais as melhores estratégias utilizando a iconografia no processo de ensino e aprendizagem que fujam do tradicionalismo em sala de aula para os professores que vivem em regiões em que as novas tecnologias estão bem longe de chegarem, no qual a internet é muito lenta (se tiver), a escola não tem computadores, data show e os alunos não têm acesso a internet.

    Cristiano Rocha Soares

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    1. Olá Cristiano, acredito que muito embora as mídias e novas tecnologias estão longe de serem realidade nas escolas públicas, a didática que o professor pode utilizar em sala de aula é incentivar as habilidades dos alunos em desenhar, esquematizar e propor murais de aprendizagens, a partir da análise da imagem,que como sugestão pontuo a impressão das imagens em tamanho A3 para serem trabalhadas. Desta maneira os alunos poderão visualizar a fonte e assim ocorrer a polarização dos fatos históricos.
      Att.:
      Lidiane Álvares Mendes.

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  2. Dentro dessa perspectiva da minha pergunta e embasado na sua resposta eu ti faço uma nova pergunta. Qual é a melhor maneira de colocar a família do aluno nesse processo de ensino e aprendizagem pensando que nos dias de hoje a participação familiar na vida dos alunos é cada vez menor. Como utilizar do trabalho dessa fonte documental (iconografia) aglutinando o tripé aluno, pais e escola.

    Cristiano Rocha Soares

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    1. Podemos pedir uma fotografia de sua família e contextualizar que é uma fonte documental, elaborar uma exposição de memórias com a turma e convidar os pais/responsáveis para participarem, dinamizando as fontes documentais históricas tanto em memória coletiva quanto individual.

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  3. Levando em consideração a fotografia como uma fonte documental e tendo como função pedagógica de ensino-aprendizagem a complementação metodológica dos livros didáticos relativas aos seus diversos contextos, como os educadores podem trabalhar tais fontes em um ambiente onde existem práticas violentas como por exemplo bullying e depressão?
    Fernanda Aparecida Antunes de Arruda

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    1. As Guerras, conflitos e revoluções são temas que instigam os alunos, pois os fazem analisar a capacidade tecnológica, científica e sobretudo a violência que os homens desenvolvem ao se verem a margem de uma Guerra.Neste sentido, devemos considerar que o bulling e a depressão são gatilhos que podem e devem ser contextualizados dentro dos períodos de conflitos bélicos da humanidade, pontuando as características do outro e no outro e colocando que as perspectivas do outro, que somos o espelho do outro e que sendo assim, devemos agir como gostaríamos que agissem conosco, uma vez que, estamos lidando com uma clientela de realidades extremamente diferentes
      Att.: Lidiane Álvares Mendes.

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    2. Além disso, Fernanda, devemos considerar que as fotografias oficiais foram montadas para tal finalidade, expressar a glória, a vitória e as conquistas. E que atualmente nós montamos nossa imagem da maneira que nos convém para publicarmos nas redes virtuais, e que este processo pode causar depressão, bulling e outros transtornos comuns nos dias atuais. Comparar as imagens oficiais, a nossa imagem nas redes e contextualizar os tempos históricos e a dimensão que a mídia através da fotografia pode causar em tempos diferentes.

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  4. Parabéns pelo trabalho.
    Eu também estudo a Guerra do Paraguai e estou com um artigo nesse evento.
    Você coloca, no artigo, duas fotografias. Entre os livros didáticos que você estudou e analisou qual a imagem que mais te chamou a atenção?
    Cleberson Vieira de Araújo

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    1. Olá Clebeberson, obrigada! Acredito que as imagens sobre a Guerra do Paraguai ainda tem muito a contribuir para a historiografia, pelo que percebo elas aparecem como ilustração necessitando maior diálogo destas fontes. Para mim, as imagens das Vivandeiras, até mesmo pela presença feminina na Guerra.

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    2. Por sinal, eu não conhecia essa imagem.
      Só mais um detalhe, conhece algum livro que trate somente de imagens da Guerra do Paraguai?
      Acho que já vi essa informação e não lembro onde.
      Desde já fico agradecido.
      Cleberson Vieira de Araújo

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    3. Oi, um livro específico eu não tenho conhecimento, mas no site da Biblioteca Nacional você encontrará inúmeras imagens. Também poderá encontrar dissertações e teses, na UFMS, por exemplo, ou nos sites oficiais do Paraguay.

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    4. Muito obrigado.

      Cleberson Vieira de Araújo

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  5. OLá, Lidiane, muito bom seu artigo e seu trabalho em sala de aula com os estudantes. Voce trabalhou com outras fotografias, ou somente estas e as do livro didático, que são as famosas pinturas dos quadros de guerra e não falam desta abordagem da História vista de baixo, dando perspectividade a outras personagens femininas que não seja a Ana Neri. Parabens.
    Silmara Dencati Santa Rosa

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    1. Olá, Silmara! Obrigada por ter lido o artigo, fico feliz que tenha gostado. Penso que a Guerra do Paraguai deveria ser melhor explorado pelos livros didáticos, uma vez que, este conflito foi o único no qual o Brasil teve ligação direta, enfim! Trabalho com outras imagens, além destas, algumas que retratam a questão da varíola no contexto da Guerra.
      Att.: Lidiane Mendes

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