Letícia Costa Silva


QUANDO SUA PROFESSORA ACORDA COM O PÉ ESQUERDO: O GÊNERO MEME NO ENSINO DE HISTÓRIA



Tradicionalmente, as fontes historiográficas mais usadas são aquelas consideradas “oficiais”: documentos escritos em âmbito político, jornais de época, fotografias arquivadas, dentre outras. Concomitantemente, fontes “não-convencionais” podem ser associadas para construção de uma História que considere camadas outras da vida e da sociedade. Recentemente, com o desenvolvimento acelerado das tecnologias da informação e comunicação, multiplicou-se absurdamente a quantidade de fontes não-convencionais disponíveis para consulta e análise online. São próprios da segunda década do século XXI múltiplos vídeos de uma mesma ação filmados de ângulos diferentes, publicações – muitas aglomeradas sob uma mesma hashtag– abertas a qualquer pessoa que queira lê-las e uma difusão e valorização das falas individuais em uma escala jamais sonhada.

Esta proliferação de possíveis fontes por meio da internet pode ser bastante positiva para o ensino de História. Estereotipada como disciplina maçante, em que o escopo são textos datados e informações pontuais pouco relevantes para outras situações que não a própria aula, a História é capaz de despertar interesse em grande número dos estudantes ao usar fontes de diferentes gêneros, com os quais dialogam melhor as turmas. Frente ao modelo escolar de memorização, ao esquecimento das aulas – dada sua desconexão com a vida prática – e à percepção de sua ineficiência, "não vale a pena priorizar a memória de fatos eventuais em detrimento do raciocínio, da construção e da descoberta do conhecimento histórico, sob pena de se perder um tempo realmente valioso para aprendizagens mais significativas" [CAIMI, 2007, p. 20]. Um ensino de História com qualidade objetiva discutir os contextos e as decorrências dos acontecimentos históricos, a fim de estimular relacionamento de situações presentes às suas influências passadas.

A popularização – não necessariamente acompanhada de democratização – do acesso à internet deu margem para a emergência de particularidades nos gêneros típicos da era digital. Alguns aspectos observáveis: rápida divulgação; multiautoria; menor controle do que circula, que implica menor confiabilidade do conteúdo; grande representatividade para análise de mentalidades e muitos jogos intertextuais. Esta última característica é particularmente notável no caso dos memes, que consistem na repetição de material semiótico de pequena extensão, frequentemente com fins humorísticos.

De acordo com Araújo [2013], o termo meme deriva do grego mimeme, imitação. Próprio da cultura digital, esse gênero é marcado pela reprodução exagerada de uma mesma base (costumeiramente imagética) – a chamada source–, acrescida de legendas e/ou montagens diferentes, que tenciona o humor e a crítica dos mais variados temas. Inocêncio atribui quatro características principais aos memes:

1) se interrelacionam [...]; 2) são autorreferentes [...]; 3) criam uma narrativa [...] e 4) são circulados na internet, e/ou transformadas através dela por muitos usuários, exigindo o domínio de códigos e repertórios consensuais para serem efetivamente interpretados. [INOCENCIO, 2017, p. 15]

Produzidos por diversas camadas sociais, os memes veiculam discursos, visões de mundo de diferentes atores sociais e, portanto, podem ser úteis quando se objetiva examinar os valores sociais de determinada época e/ou grupo social. Assim, têm um potencial uso como fonte histórica que precisa ser avaliado e discutido.

Logo, neste trabalho, relata-se e discute-se o uso de memes como fontes históricas no ensino, a partir de experiência desenvolvida com uma turma de nono ano. Para fundamentar a escolha pela metodologia usada, apresenta-se breve revisão de pesquisas sobre consciência histórica, fonte histórica e o próprio gênero meme, ainda pouco explorado. Segue-se o relato da intervenção pedagógica e de seus resultados, com análise crítica.

Consciência histórica
Ninguém chega à escola alheio ao conhecimento, desenvolvimentalmente inerte. Apreensão de códigos ocorre ao longo de toda a vida com certa naturalidade, por meio da imitação. Indispensável para qualquer aula de sucesso é entender os estudantes como seres pensantes, individuais (não uma massa uniforme e amorfa), os quais trazem histórias consigo, compondo aquilo denominado bagagem. De acordo com Rocha [2009, p. 83], a bagagem de um aluno é o conjunto de suas experiências no mundo, carregado de forma escrita ou não. Como pontuado por Costa, o "ato da docência, [...], é, antes de tudo, um ato colaborativo, cocriativo, no qual o alunado e o professorado se encontram não mais para um assistir e ouvir o outro, mas para ambos cocriarem o conhecimento" [COSTA, 2017, p. 88].
Quando em contato com o ensino de História, a bagagem de cada um, acrescida dos conteúdos apre(e)ndidos nas aulas e interpretados de forma particular, compõe a consciência histórica. Não é uma escolha ter ou não consciência histórica. Um ser pensante e social, invariavelmente, interpreta, idealiza (ou planeja) e intervém no mundo a seu redor. A história não é exclusiva de quem conscientemente a estuda, é inerente às relações sociais. Segundo Rüsen, a consciência histórica é “a suma das operações mentais com as quais os homens interpretam sua experiência da evolução temporal de seu mundo e de si mesmos, de forma tal que possam orientar, intencionalmente, sua vida prática no tempo” [RÜSEN, 2010, p. 57 apud MARRERA, SOUZA, 2013, p. 1070].

A consciência histórica, aprofundada por meio do ensino de história não é mero conhecimento do passado, é também responsável por fazer o presente inteligível e o futuro, delineável. Desta forma, “[p]odemos concluir que o conhecimento histórico, para ser aprendido e ensinado, possui duplo papel em sua forma narrativa: requer identidade e propicia a formação de identidades ou alteridades” [ROCHA, 2009, p. 96].
Fonte Histórica
Fontes são documentos, que carregam consigo determinadas intencionalidades. Jaques Le Goff pontua:

O documento não é inócuo. É antes de mais nada o resultado de uma montagem, consciente ou inconsciente, da história, da época, da sociedade que o produziram, mas também das épocas sucessivas durante as quais continuou a ser manipulado, ainda que pelo silêncio. [LE GOFF, 1990, p. 547 apud BARROS, 2012, p. 419]

Fazem parte da constituição da fonte tanto o modo como ela foi tratada antes quanto como a forma como é encarada pelo historiador depois de sua seleção para o corpus documental. Não apenas o que está explícito em uma fonte é o que ela revela. Seu momento e local de produção, a posição do autor na sociedade e seu posicionamento sobre ela, bem como suas relações com outras fontes anteriores e/ou do mesmo período, podem revelar tanto quanto ou mais que propriamente seu “texto” para quem a analisa.

Invariavelmente, “todo texto, seja qual ele for, tem um emissor (aquele que produz o texto), um objeto (a mensagem que é transmitida) e um receptor(aquele a quem a mensagem se destina)” [BARROS, 2012, p. 419]. Tendo um emissor, interlocutor, em mente quando da disposição do objeto, enunciado, o emissor, enunciador, tem também uma intencionalidade. A opção por determinada/s fonte/s em detrimento de outra/s é, do mesmo modo, uma forma de demonstrar intencionalidade por parte do/a pesquisador/a.

MEMES
Segundo Lucena [2015, p. 11], "pela sua diversidade de formatos estéticos e conteúdos, o meme parece inaugurar estrutura peculiar que pode ser associada a outros fenómenos coletivos, seja específico da cibercultura ou não". Uma característica notável da cibercultura é a intertextualidade, materializada, por exemplo, no amplo uso de estruturas hipertextuais, nas quais linksem um texto remetem a outros textos, os quais podem conter seus próprios linkspara outros textos, e assim indefinidamente. Sendo gênero típico da cibercultura, o meme explora essa remissão a outros textos, constrói-se a partir dela. A leitura do meme é fortemente intertextual, uma vez que ele só é compreensível a partir do conhecimento de outros textos. Assim, dentre as características destacadas por Inocencio [2017, p. 15], a autorreferência é a que faz com que os memes pareçam cada vez mais indecifráveis para aqueles não leitores do gênero.

Determino alguns aspectos indeléveis do gênero meme: (1) referência a conhecimento prévio; (2) crítica, a qual se dá por meio do (3) humor e (4) a capacidade de viralização, grande reprodução. Cabe destacar que "grande reprodução" é um conceito relativo: um meme usado por um grupo de amigos é tão válido quanto aqueles que recebem milhares de compartilhamentos. O fato de se restringir a um grupo que tem referências comuns, a meu ver, é o suficiente para validar a crítica humorada.
Independentemente da quantidade de pessoas atingidas por um meme em específico, de acordo com Martino e Grohmann [2017, p. 98], a presença constante do gênero "nas interações online, bem como suas capacidades expressivas e seu potencial de elaboração de sentidos parecem ter feito dos memes um dos elementos mais característicos das condições da vivência em ambientes virtuais".

Relato de experiência
A sequência-didática desenvolvida com uma turma de nono ano, em uma escola de ensino fundamental em Florianópolis, foi planejada no âmbito do Estágio Curricular Supervisionado III, parte da grade do curso de Licenciatura em História da Universidade do Estado de Santa Catarina.
Seguindo a estrutura elaborada pelo então professor regente da turma, minhas intervenções deveriam compreender o período da chamada Guerra Fria (1945-1991). Na primeira aula, tracei um panorama geral do conflito e expliquei as diferenças ideológicas que levaram à bipolarização. Na sequência, a turma construiu cartaz comparativo entre blocos capitalista e socialista. A adesão dos alunos à atividade proposta não ocorreu do modo como eu esperava. Separada em pequenos grupos, a turma teve dificuldade de interagir entre si.

É importante destacar que as aulas ocorreram durante a segunda quinzena do mês de agosto e o mês de setembro de 2018, em um momento de grande tensão e embates entre partidários de candidatos à presidência da república diametralmente opostos. A turma vivenciava sua própria Guerra Fria: de um lado, três apoiadores de Jair Bolsonaro, do outro, vinte e sete colegas de classe enfurecidos com as declarações racistas, machistas, misóginas e odiosas à comunidade LGBTQIA proferidas pelo, à época, presidenciável e reproduzidas pelos garotos. A apresentação do seguinte meme na terceira aula causou alvoroço:


Fonte: https://www.facebook.com/Historianopaint/photos/a.483753418343348/1944885692230106/?type=3&theater

Nesta aula, defini quais características do meme tomaríamos como fundamentais: a referência a algo, a qual não pode ser entendida por quem não possui os conhecimentos prévios mobilizados pelo produtor do meme; a crítica, geralmente política; o humor, apoiado, entre outras coisas, na autodepreciação; e a capacidade de viralização, compartilhamento exacerbado pelas redes sociais, garantida pelo uso de bases populares (imagem, situação ou fala já bastante veiculadas).

Na semana seguinte, retomei os temas explanados anteriormente expondo vídeos e memes. Ao relacionar o macarthismo com a perseguição a comunistas incentivada recentemente por setores da direita nacional novamente percebi comportamento alvoroçado da turma. Notei, então, a necessidade de abertura para diálogo de forma mediada, uma vez que as discussões não eram amistosas, muito menos, argumentativas. Na sexta aula, a turma realizou uma atividade de sondagem (analisar quatro charges e um meme), usada para aferir a interpretação dos temas e aulas até o momento para que, se necessário, metodologia e fontes fossem repensadas.

Em preparação para a semana seguinte, entreguei um zine (espécie de revista em quadrinhos feita a partir de recortes e depois fotocopiada) que produzi com recortes de um livro destinado ao público adolescente, discutindo sobre conflitos, diálogo, argumentação, dentre outros conceitos. Este foi entregue ao final da sexta aula, e a sua leitura foi indicada como tarefa para a próxima aula.

Na terceira semana de intervenção, o tema das aulas foi a criação do Estado de Israel e os consequentes Conflitos Árabe-Israelenses. Após duas aulas com exposição de vídeos e memes, propus um debate. Dividi a sala em dois grupos, um responsável por representar Israel e o outro, Palestina. Por meio do que viram nas aulas anteriores e de textos de apoio que disponibilizei no dia, os grupos deveriam formular um argumento para defender o posicionamento do Estado que cada qual representava. Uma aluna e um aluno ficaram responsáveis por mediar o debate, questionando os posicionamentos e julgando os argumentos como válidos ou não (foram orientados a aceitar apenas argumentos que seguissem lógica evidente e que fossem fundamentados em algum acontecimento ou leitura).

Na última semana de aula, expus o processo da Independência Indiana, a Revolução Chinesa e a Revolução Cubana. Em função do pouco tempo de que dispunha, optei por mostrar alguns vídeos sintetizadores do conteúdo e, ao mesmo tempo, carregados de memes para iniciar as discussões. Na última aula, dei as instruções completas sobre o trabalho final (o qual atribuiria metade da nota bimestral), a ser entregue em duas semanas a partir daquela data, prazo que posteriormente seria prorrogado em alguns dias.

Análise dos resultados
A análise aqui feita leva em consideração o que afirmou Paulo Freire [2015, p. 24] acerca do elo entre as ideias e as ações no universo educacional, "[a] reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blá-blá-blá e a prática, ativismo". Antes de começar a análise propriamente, é necessário destacar que os alunos foram expostos ao gênero meme constantemente durante a sequência-didática, tendo em vista que "quanto melhor conhecemos os gêneros, mais facilmente fazemos uso deles e neles descobrimos e expressamos a nossa individualidade" [SILVA FILHO, 2013, p. 50].

Das trinta pessoas matriculadas na turma, quatorze entregaram o meme solicitado. Aqui, analisarei quatro deles a partir de metodologia própria. Para tal, levanto cinco critérios: (1) identificação do tema geral, (2) identificação das referências presentes (outro meme, fala ou imagem), (3) maneira como o conteúdo discutido em sala é apresentado, (4) sentido do humor atribuído, (5) eventuais relações com temas atuais.

O meme produzido pela aluna A.T. foi o primeiro de três recebidos contendo a imagem do então presidenciável Jair Bolsonaro. O tema geral é a corrida armamentista, representada por diálogo entre Estados Unidos e União Soviética. A referência feita é a uma das falas recorrentes entre os eleitores do candidato, a qual foi usada como slogan pelo próprio, inclusive. O conteúdo discutido em sala aparece de forma bastante evidente, tanto por meio das bandeiras, colocadas em lados opostos dos quadrinhos, quanto pelas falas em tom de ameaça zombeteira (modo como outros memes, apresentados em sala, trazem o tema, uma vez que não houve concretização de ataque em territórios das potências). O humor advém da animosidade, pois o meme remete à fala já bastante ridicularizada e deslegitimada. A relação estabelecida entre o conteúdo histórico do meme e a atualidade é problemática, pois a aluna usa de uma personalidade em alta, mas o põe representando uma ideologia à qual é totalmente contrário, demonstrando a falta de articulação entre a percepção do momento atual e os conceitos debatidos em sala.


Fonte: https://drive.google.com/file/d/1XUPFQ-oBxP1GhE23KqncLRYWzn_naCrq/view

O aluno G.D. apresentou o tema dos campos de tortura e extermínio de inimigos políticos de Josef Stálin, os gulags. Ao longo das aulas, tornou-se corriqueiro o aviso brincalhão "se não se comportar, vai para o gulag", especialmente para este aluno (bastante participativo nas aulas, mas que também facilmente distraía a si e aos demais). Sendo assim, o conteúdo discutido em sala é referenciado de forma bastante subjetiva no meme, sendo necessária a legenda para que o tema se torne evidente. O humor, neste caso, é irônico e ligeiramente (auto)depreciativo.


Fonte: https://drive.google.com/file/d/1yt9Djjs1GMhKhB4sn6uD2BrJgylA94TP/view

A nomenclatura dada à Guerra Fria é o tema do meme da aluna H.P., o qual usa do formato de comparação, comum ao gênero. O conteúdo discutido em sala aparece por meio da imagem mais embaixo e à direita, a qual faz referência à corrida armamentista e ao acúmulo de dispositivos bélicos ao ponto de serem globalmente ameaçadores durante o referido período. A atribuição de humor se dá pelo absurdo, ao trazer a hipótese de a nomenclatura da guerra referir-se ao clima quando de seu acontecimento. Diferentes sources com este mesmo tema e sentido do humor podem ser encontradas facilmente; é uma anedota bastante recorrente.


Fonte: https://drive.google.com/file/d/1N8-dlANEGXWFvKFlgZPHT794uyW_qKoB/view

O aluno M.A. apresentou meme com temática da bipolarização política durante o período da Guerra Fria. O evento cuja imagem é usada no meme, ataque com faca ao então candidato Jair Bolsonaro, ocorrera menos de um mês antes da entrega do trabalho e ainda reverberava nas discussões. A hostilidade compõe o sentido do humor. A forma como o conteúdo é exposto, novamente, é problemática. Como no meme de A.T., a figura do presidenciável foi usada para representar a União que seguia ideologia repudiada por ele. Além disso, o aluno determina posição de superioridade dos Estados Unidos, sendo eles portadores da arma, apresentando-os como se fossem os vitoriosos da guerra. O posicionamento favorável do aluno aos EUA fica, portanto, bastante evidente, uma vez que a equidade de condições dos lados envolvidos no conflito foi bastante frisada ao longo das aulas.


Fonte: https://drive.google.com/file/d/1wTyYvox4iet_8YJ-_NrWG--awWqReaxH/view

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Devido à sua forte articulação com eventos político-sociais relevantes do presente, os memes podem constituir importante fonte histórica não-convencional. Não se pode desprezar sua leitura como potencial retrato dos eventos mais marcantes de certo momento e, em especial, como registro da avaliação social desses eventos.

Essa característica dos memes faz com que possam ser empregados como recurso didático nas aulas de História. Sua referência a eventos atuais pode auxiliar os alunos a desenvolver maior consciência histórica. Facilita ainda o uso didático dos memes o fato de fazerem parte do repertório de gêneros com os quais os alunos têm frequente contato e nos quais podem se expressar mediante recursos simples: um computador ou celular com acesso à internet e qualquer ferramenta simples que permita edição de imagens e textos curtos.

Os memes podem ainda representar um recurso didático bastante proveitoso por permitir um exercício de criatividade e individualidade. Assim, podem ser empregados em contraposição a formas de avaliação massificantes.

No caso da intervenção didática aqui relatada, a análise das produções permite perceber que a consciência histórica desenvolvida ao longo das aulas (ainda) não dá conta de instrumentá-los com o discernimento para relacionar os eventos apresentados de forma historicizada e o momento presente. Um trabalho em conjunto com as disciplinas de Língua Portuguesa e Artes seria um possível caminho para aprimorar a leitura feita do gênero meme e a apresentação das ideias por meio deste.
REFERÊNCIAS
Letícia Costa Silva é licenciada em História pelo Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Atualmente, cursa o Mestrado Acadêmico em História do Tempo Presente no Programa de Pós-Gradução da Udesc. É bolsista CAPES.

ARAÚJO, Rozeani. Rage Faces: memes e linguagem gráfica. Triades em
Revista – Transversalidades | Design | Linguagens, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, jan. 2013. Disponível em:
<https://triades.emnuvens.com.br/triades/article/view/34/65>.
BARROS, José D'Assunção. A fonte histórica e seu lugar de produção. Cadernos de Pesquisa do CDHIS, Uberlândia, v. 25, n.2, p. 407-429, jul./dez. 2012. Disponível em:
<http://www.seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/viewFile/15209/11834>.
CAIMI, Flávia Eloisa. Por que os alunos (não) aprendem História? Reflexões sobre ensino, aprendizagem e formação de professores de História. Tempo, Niterói, v. 11, n. 21, p. 17-32, jun. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-77042006000200003&lng=en&nrm=iso>.
COSTA, Marcella Albaine Farias da. Ensino de História e Games: dimensões práticas em sala de aula. Curitiba : Appris, 2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 51ª ed. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 2015.
INOCENCIO, Luana. A CULTURA HUE BR: apropriações meméticas, performance e representação identitária nos sites de redes sociais. In: XXVI Encontro Anual da Compós. Anais do XXVI Encontro Anual da Compós. São Paulo : Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, 2017. Disponível em:
<http://www.compos.org.br/data/arquivos_2017/trabalhos_arquivo_2R1ELVW72AUD5AYVWAYL_26_5864_21_02_2017_14_58_51.pdf>.
LUCENA, Giselle Xavier d'Ávila. Quem conta um conto aumenta um ponto: os memes e a pesquisa na comunicação. Revista Tropos: Comunicação, Sociedade e Cultura, v. 1, n. 4, p. 1-14, dez. 2015. Disponível em: <http://revistas.ufac.br/revista/index.php/tropos/article/view/327/pdf_38>
MARRERA, Fernando Milani; SOUZA, Uirys Alves de. A tipologia da consciência histórica em Rüsen. Revista Latino-Americana de História, UNISINOS, v. 2, n. 6, p. 1069-1078, ago. 2013. Disponível em: <http://projeto.unisinos.br/rla/index.php/rla/article/viewFile/256/209>.
MARTINO, Luís Mauro Sá; GROHMANN, Rafael. A longa duração dos memes no ambiente digital: um estudo a partir de quatro geradores de imagens online. Revista Fronteiras – estudos midiáticos, São Leopoldo, v. 19, n. 1, p. 94-101, jan./abr. 2017. Disponível em:
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ROCHA, Helenice. Aulas de história: que bagagem levar? In: ROCHA, Helenice et al (orgs.). A escrita da história escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro : Editora FGV, 2009.
SILVA FILHO, Vidomar. A série didática Fontes: autoria e ato ético. 2013. Tese (Doutorado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em:
<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/101060/316507.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.

24 comentários:

  1. Partindo do princípio de que o meme é um gênero, a priori, humorístico, é válido que o professor faça uso do mesmo em aulas cujas temáticas estão relacionadas às situações-limite (como o holocausto ou a escravidão, por exemplo) e, se sim, como o professor pode usá-lo como recurso didático nessas aulas?
    Ana Clara Pontes de Araújo

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    1. Olá, Ana. Primeiro, gradeço pela pergunta.
      Eu acredito que o meme pode ser usado como fonte para trabalhar temas sensíveis, sim, desde que não se confunda seu caráter crítico-humorístico com deboche. Um ponto de partida para que não haja tratamento desrespeitoso às pessoas vítimas dessas situações é encarar o humor como transgressão ao sistema, nunca como reforçador do mesmo. Sendo assim, eu, particularmente, utilizaria memes que fizessem referência aos perpetradores desses crimes. Por exemplo, esse https://pics.me.me/jamais-alguns-meus-escravos-sao-negros-eu-racista-levem-na-17652599.png para discutir as permanências de desigualdade e preconceito. Também dá de usar memes ruins e historicamente incorretos e discutir com a turma sobre eles.

      Espero ter respondido, mas caso queira conversar mais sobre, pode me escrever: lc.silva@edu.udesc.br

      Atenciosamente,
      Letícia Costa Silva.

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  2. Muito interessante o trabalho, também já utilizei e é muito legal, pois exige um conjunto de habilidades e informações para se sintetizar um tema histórico em um meme. O limite é a falta de recursos na minha escola, pois não tínhamos equipamentos para todos e nem todos os alunos dispunham de computador em casa.
    Nesse trabalho que você fez, ao serem apresentados exemplos de memes, os alunos compreenderam rapidamente? Que tipo de intervenção você fez para facilitar a interpretação dos memes pelos alunos?

    Carlos César Bento Filho

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    1. Olá, Carlos! Obrigada pela pergunta e por compartilhar tua experiência.
      No geral, eles até que entenderam rápido. Procurei sempre levar memes cujas sources estavam sendo bastante usadas ou que fizessem menção a acontecimentos bem recentes. Uma coisa que me ajudou foi fazer um questionário com a turma antes da intervenção em que perguntava dos hábitos deles na internet (páginas preferidas no facebook, canais que seguiam no youtube e coisas assim), com isso pude ter um pouco de noção do universo cultural e referencial deles. Outros dois pontos importantes foram apresentar o conteúdo antes de trazer os memes para comentário, e fazer uma atividade de sondagem. Na atividade, boa parte dos alunos não conhecia o meme que eu usei (ele ainda era recente demais) e a gente ficou um tempo discutindo até que alguns conseguiram entender qual era e mesmo explicaram o sentido pra outros. Pra garantir que eles estavam entendendo durante as aulas, eu pedia pra que comentassem sobre as imagens e quando ficavam em silêncio eu explicava.
      Todo o material que utilizei, está disponível aqui http://tinyurl.com/estagiomemes caso queiras dar uma olhada ou reaproveitar.

      Espero ter respondido, mas caso queira conversar mais sobre, pode me escrever: lc.silva@edu.udesc.br

      Atenciosamente,
      Letícia Costa Silva.

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  3. Primeiramente gostaria de elogiar as fontes pesquisadas. Sou aluna do ProfHistoria/UERJ e estudo os memes no Ensino de História. Entendo os memes como uma narrativa do ambiente digital que permite a apropriação pelo Ensino de História.
    Apresento dois questionamentos:
    1) Por que o uso do termo fontes históricas não convencionais? Este termo é defendido por você ou foi mencionado por algum outro pesquisador?
    2) Como você enxerga a relação do meme com a História Digital e a História pública?
    3) Se as representações públicas do passado podem ser midiatizadas e também influenciadas por elementos culturais do presente formando memórias, é possível pensar que os memes influenciam a cultura histórica?

    CÍNTIA BEÑÁK DE ABREU

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    1. Olá, Cíntia! Que bom encontrar alguém que também pesquisa memes.
      Sobre os termos "convencional" e "não convencional", eu tive que enxugar essa versão do artigo para estar nas normas do evento, então muito da discussão sobre fontes acabou sendo suprimida. Assim, acredito que os termos tenham aparecido aqui de forma leviana até, mas foi a maneira que, à época, consegui pensar essa diferenciação entre "analógico" e "digital" (não sei ainda como expressar, preciso pesquisar termos melhores). Caso seja do teu interesse, o artigo completo que escrevi para o relatório final de estágio (assim como todos os materiais que utilizei durante a intervenção) está disponível em http://tinyurl.com/estagiomemes (começa na página 14 do documento Diálogos na contemporaneidade - memes, audiovisuais e o ensino de história).
      Sobre a relação dos memes com História Digital e História Pública, esse é um dos temas que venho pesquisando no mestrado e, até o momento, o que consigo afirmar é que a História Pública não pode ignorar o meio digital e todas as produções nele inseridas, sendo inevitável tratar os memes e outras manifestações típicas das redes sociais (como os comentários, por exemplo) como possíveis fontes. O que me causa inquietação no momento é a falta de uma metodologia específica para tratar essas fontes, e mesmo a dificuldade em como citá-las e arquivá-las de forma "academicamente" adequada. Os diálogos ainda são bastante incipientes e isolados, e acabamos encontrando os pares de pesquisa assim ao acaso.
      Por último, sem dúvida alguma eu vejo a cultura histórica sendo influenciada não só pelos memes, mas pelos conteúdos a que os alunos têm acesso por meio da internet e das redes sociais, porque querendo ou não essas representações acabam sendo agregadas ao universo deles. Daí a importância que vejo em discutir esses materiais em sala, já que na web eles não são postos em contraponto com outras fontes, nem didatizados adequadamente (ficando os alunos vulneráveis a produtores de conteúdo mal-intencionados, como o canal Brasil Paralelo e outros revisionistas).

      Agradeço pelas perguntas e espero ter respondido, mas caso queira conversar mais sobre, pode me escrever: lc.silva@edu.udesc.br

      Atenciosamente,
      Letícia Costa Silva.

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  4. A intervenção parece ter dado bem certo, parabéns. Houve alguma dificuldade nas aulas em fazer com que o uso de memes como fonte histórica não focasse somente nos memes/produção de memes?
    Mariana Silva da Conceição

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    1. Olá, Mariana!
      A dificuldade maior nesse assunto com certeza foi comigo, não com os alunos. hehehe No geral, como sempre apresentava os memes depois de ter exposto o tema das aulas, os alunos não ficavam focados só nos memes (em alguns momentos é inevitável, por estar lidando com humor). No início da minha intervenção com a turma, mencionei que trabalharia essencialmente com memes e que posteriormente eles teriam que produzir seus próprios; conversei com eles sobre a estrutura do meme tanto para que eles pudessem montar os seus depois, mas principalmente para que entendessem as fontes que eu apresentaria. Acredito que ter posto a atividade e explicado só depois de finalizar minhas aulas contribuiu pra controlar a turma nesse sentido.

      Agradeço pela pergunta e espero ter respondido, mas caso queira conversar mais sobre, pode me escrever: lc.silva@edu.udesc.br

      Atenciosamente,
      Letícia Costa Silva.

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  5. Os memes do História no Paint me incentivaram muito a fazer História. Achei bem interessante sua proposta de deixar os alunos construírem seus próprios memes, expondo seus posicionamentos e conhecimentos.
    O que não ficou muito claro para mim - como ainda não li Rusen - é o que caracteriza a consciência histórica? É quando o indivíduo percebe que faz parte de um tempo/espaço e que suas atitudes influenciam o meio e o meio influencia suas atitudes? Para mim não ficou muito claro.
    Andressa Alves da Silva

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    1. Olá, Andressa! Ah, que legal isso de tu teres sido incentivada pelos memes (eu gosto muito do história no paint e recorro bastante a ele). Sobre consciência histórica, tem vários autores que abordam esse tema, eu entrei em contato com ele quando fiz a disciplina de Didática da História, na terceira fase da licenciatura. O Rüsen é complicadinho, tem umas questões referentes às traduções das palavras que ele usa no original em alemão, mas tem autores brasileiros bem interessantes e mais palatáveis, como o Luís Fernando Cerri.
      Eu acabei resumindo esse artigo pra poder submeter, mas na versão original que escrevi ao concluir o estágio, tem uma discussão teórica um pouco maior, se te interessar, ela começa lá pela página 16 do pdf disponível em http://tinyurl.com/estagiomemes
      De forma bem generalista, a consciência histórica é essa relação do sujeito com seu espaço-tempo, ela tem diferentes níveis que vão se aprofundando conforme a pessoa se entende parte atuante na sociedade (o que é para ser promovido pelo ensino de história).

      Agradeço pela pergunta e espero ter respondido, mas caso queira conversar mais sobre, pode me escrever: lc.silva@edu.udesc.br

      Atenciosamente,
      Letícia Costa Silva.

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  6. Você acha que seria possível utilizar memes como um modo de analisar o conhecimento prévio dos alunos e como eles veem certos acontecimentos históricos?
    Francielly de Lima Silva

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    1. Olá, Francielly!
      Acho que é muito possível, sim! Consigo pensar em dois caminhos nesse sentido: um deles em que se propusesse aos alunos que trouxessem para a aula memes sobre o tema discutido (ou sobre a disciplina em geral), ou, uma forma que acredito ser mais eficaz, apresentar certos memes e propor uma discussão acerca deles ou perguntas específicas a serem respondidas. A atividade de sondagem que fiz com meus alunos foi nessa direção, se quiseres dar uma olhada nas questões, elas estão neste pdf https://drive.google.com/file/d/1zH2SIQQXEpWweYdljIwG9xXmabKam4tS/view

      Agradeço pela pergunta e espero ter respondido, mas caso queira conversar mais sobre, pode me escrever: lc.silva@edu.udesc.br

      Atenciosamente,
      Letícia Costa Silva.

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  7. Você vê como possível utilizar memes, não só no início da cada novo conteúdo a ser estudado, como uma introdução ao assunto, como também como uma maneira lúdica de segurar a atenção do aluno durante as aulas?
    Francielly de Lima Silva

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    1. Olá, Francielly!
      Eu acredito nisso sim e sou uma entusiasta do uso de memes como fontes em diferentes momentos. De fato, foi o que tentei fazer com esta turma no estágio. Mas, eu separei um momento específico, ao final da quinta aula da sequência, pra apresentar memes de forma "apenas" lúdica, no que chamei de "especial cantadas revolucionárias". Todos os materiais que usei e produzi (desde planos de aulas até todos os memes) estão disponíveis em http://tinyurl.com/estagiomemes caso tu queiras olhar pra ter uma ideia ou mesmo reutilizar.

      Agradeço pela pergunta e espero ter respondido, mas caso queira conversar mais sobre, pode me escrever: lc.silva@edu.udesc.br

      Atenciosamente,
      Letícia Costa Silva.

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  8. Parabéns pelo trabalho, Letícia. A sequência didática e as produções com os alunos são inspirações par ao meu trabalho também com os nonos anos. Meu questionamento é: o MEME, nesses casos, são meios utilizados no processo de aprendizagem? A produção dos memes como parte conclusiva processo avaliativo, sem a contribuição da Língua Portuguesa (para o entendimento da ironia e outras figuras de linguagem) ou das Artes (com a semiótica e outras composições) foi considerado satisfatória dentro dos parâmetros estabelecidos para essas aulas?
    abraços!

    Anna Luiza Portugal Pereira Gomes

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    1. Olá, Anna!
      Como eu era estagiária, tinha um tempo pré-determinado pra aplicar minha sequência-didática e pouca interação com outras professoras e professores, sabia que seria impossível abordar todos os aspectos concernentes ao meme. Mas, como ele é um gênero do cotidiano dos alunos, eles, empiricamente, já conheciam a estrutura. Seria muito mais produtivo discutir isso de forma inter/transdisciplinar, mas eu considerei o resultado satisfatório. Se te interessar, todos os planos de aula, fontes e os trabalhos finais dos alunos, estão disponíveis em http://tinyurl.com/estagiomemes
      Sobre o processo de aprendizagem, eu acredito que os memes tenham auxiliado como facilitadores pra compreensão dos temas abordados e também como uma forma de aproximação do universo extra-escolar com a disciplina.

      Agradeço pelas perguntas e espero ter respondido, mas caso queira conversar mais sobre, pode me escrever: lc.silva@edu.udesc.br

      Atenciosamente,
      Letícia Costa Silva.

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  9. Parabéns! Muito interessante sua sequência didática. O que pensa sobre memes e anacronismos?

    Janaina Jaskiu

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    1. Olá, Janaina!
      Sendo os memes produções atuais, feitos por pessoas das mais diversas origens e inclinações, é bem comum encontrar anacronismos. Mas, assim como costuma ser feito no trabalho com audiovisuais, os memes podem ser estudados como fontes do momento em que foram produzidos, e não necessariamente como fontes sobre o momento ou situação a que se referem. Nesse caso do meu estágio, usei os memes dos alunos como fonte para a pesquisa sobre consciência histórica desses jovens.

      Agradeço pela pergunta e espero ter respondido, mas caso queira conversar mais sobre, pode me escrever: lc.silva@edu.udesc.br

      Atenciosamente,
      Letícia Costa Silva.

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  10. Parabéns! Acredito que se estamos falando na mesma “língua” dos alunos intervém e ajuda no processo de ensino aprendizagem. Você acredita que está formando alunos educomunicadores? Com capacidade interpretativa e crítica que conseguem diferir até onde pode ir a “zoeira” de um meme?
    Emilly Gontijo de Paiva Barreto

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    1. Olá, Emilly!
      No caso dessa intervenção, que foi bastante pontual, não sei se consegui impactar tanto os alunos quanto gostaria. Mas percebi nas falas e interações de muitos alunos (especialmente daqueles que se interessavam pelas aulas) sensibilidade para perceber os limites do humor e seus usos.

      Agradeço pela pergunta e espero ter respondido, mas caso queira conversar mais sobre, pode me escrever: lc.silva@edu.udesc.br

      Atenciosamente,
      Letícia Costa Silva.

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  11. Olá, Letícia.

    Adorei seu texto. Atual e pertinente, em especial pelo momento em que estamos vivenciando de quarentena e uso intenso de celular e redes sociais. A minha pergunta diz respeito ao uso dos memes por grupos políticos. Nesse sentido, quais são os desafios do uso desses recursos e ao mesmo tempo se fazer as devidas ressalvas do uso ideológico, em especial de grupos de extrema-direita, dentro da sala de aula?

    At.te

    José Carlos da Silva Ferreira

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  12. Letícia, acompanhei com expectativa a elaboração da tua sequência-didática e me alegro muito ao ler que, apesar das tensões, obtiveste um excelente resultado. Refletindo um pouco sobre possibilidades de pesquisa, a “referência a conhecimento prévio”, um dos aspectos indeléveis do gênero meme elencados por ti, parece encontrar terreno fértil nas bolhas reacionárias geradas pelas redes sociais. O humor, outra característica indelével do meme, também costuma ser utilizado como justificativa pelo interpelado quando o acusam de discurso de ódio: “você não entendeu a piada”. Assim, complementando a pergunta acima, qual o potencial de utilização do meme como fonte para a análise de comportamentos e discursos referentes à extrema-direita? É possível identificar e investigar nesta documentação manifestações de suas visões de passado, distorções de presente e distopias de futuro?

    Irineu João Luiz e Silveira Junior

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  13. Géssica Cristiane Ferreira Pinto22 de maio de 2020 às 21:58

    Boa Noite! Adorei o tema e a proposta que fizeram com os alunos do 9* ano. Isso desperta muito o senso crítico deles e fazer uma aula interdisciplinar é melhor ainda. Vou aderir a ideia quando der aula aos alunos, obrigada! É parabéns pelo projeto de intervenção

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    1. Boa noite, Géssica! Obrigada pelo comentário. Se quiser, todos os materiais estão disponíveis em http://tinyurl.com/estagiomemes para serem usados e/ou adaptados.

      Caso queira conversar mais sobre, pode me escrever: lc.silva@edu.udesc.br

      Atenciosamente,
      Letícia Costa Silva.

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