Kédson Nascimento Maciel


O LADO HISTÓRICO DA FORÇA: POSSIBILIDADES DO ENSINO DE CONCEITOS HISTÓRICOS NO ENSINO FUNDAMENTAL COM ELEMENTOS DO UNIVERSO STAR WARS PARA O DEBATE DE TOTALITARISMO E DEMOCRACIA



Este artigo aborda metodologias para o ensino dos conceitos históricos de totalitarismo e democracia através da análise do filme Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith relacionando-o com a ascensão dos regimes fascista na primeira metade do século XX e faz parte da pesquisa de dissertação de mesmo título que está sendo desenvolvida na Universidade Federal do Pará. Assim, discutirá diferentespossibilidades para o ensino de História através de paralelos entre a construção da história ficcional dos filmes da série Star Wars com narrativas da História discutida em sala de aula, buscando dinamizar o processo de ensino e aprendizagem e torna-lo mais lúdico e próximo da realidade e da idade dos estudantes buscando atrai-los para a discussão histórica.

Cultura pop, cinema de ficção e ensino: um diálogo.
São vários os conceitos históricos observáveis no universo Star Wars – imperialismo, movimentos sociais, república, golpe de estado, por exemplo – que o professor poderia utilizar para uma análise que não fosse tão somente a explanação. Isso pode ser visto em vários outros elementos comuns no dia a dia dos estudantes: filmes, desenhos animados, mangás, super-heróis entre outros exemplos da cultura pop. Acredito que ao utilizá-los poderia atrair os estudantes para o debate, que pode ser aprofundado depois com as aulas de História. A relevância científica permeia a discussão do cinema para a aprendizagem, para a formação de professores e como metodologia se pretende apresentar ferramenta que o educador pode usar para auxiliar o estudante no desenvolvimento da imaginação e da compreensão dos conceitos históricos através da narrativa cinematográfica.

O cinema é parte da capacidade cultural humana de materializar ideias, discursos e interpretações do mundo. Seja ele, um filme histórico, uma ficção ou um romance adolescente, a produção cinematográfica só existe na relação que faz com o público. Não existe cinema sem público e este não se torna um espectador desse produto se não encontra paralelos com sua própria identidade e noção de mundo. Quando se trata de filme histórico, por exemplo, é importante a observação de Ferro quando diz que esse, “ou, mais geralmente, de História, constitui somente a transcrição fílmica de uma visão de História que foi concebida por outros” [FERRO, 2010, p. 184].

Assim, imbuído de visões históricas, o filme pode tornar-se um ponto de reflexão para as abordagens sobre o ensino-aprendizagem de História que pode ser debatido de diversas formas. No entanto, o que se observa nos ambientes escolares é o uso indevido dessa ferramenta, ou mais, a execração da mesma por motivos variados, que vão da inviabilidade estrutural, das dificuldades com a metodologia e com uma suposta apatia e desinteresse por parte dos estudantes, que seriam incapazes de se concentrar por tanto tempo, preferindo informações mais rápidas e imediatistas. Sobre isso, Santos reitera:

Não são poucos os casos onde a utilização de determinado filme em sala de aula tem como objetivo totalmente destoante daquele que deveria ter, que é a reflexão crítica. Afinal vemos casos onde seu uso é meramente ilustrativo ou, pior ainda, para ocupar o espaço de uma aula não preparada ou para entreter o grupo de alunos rebeldes e desobedientes [SANTOS, 2018, p. 23]. [Grifo original do texto]

O cinema ficcional de grande mídia é o filme produzido para o consumo de massa, que atraí grande público e pode ser chamado de Cultura Pop. Termo que é amplamente utilizado em jornais, revistas e sites para classificar produtos, mídias e artistas. Entretanto, sua compreensão enquanto conceito não é tão simples. Thiago Soares discute essa conceituação a partir da perspectiva de que o uso do “pop” tornou-se elástico, admitindo interpretações distintas.

À maneira mais ampla, diz o autor, o termo refere-se à “… formas de produção e consumo de produtos orientados por uma lógica de mercado” [SOARES, 2015: 19], mas que, no debate sobre sua conceituação, deve ser levado em conta seu caráter transnacional e como cada língua pode dar a ele um significado diferente.

Duas características estão ligadas então ao que seria denominado pop, sua produção massiva, serial e a maneira como transitam em diversos países para além da territorialidade, cosmopolita. Um exemplo são os eventos de cultura nerd/geek, com a prática do cosplay, onde o fã não somente se fantasia como um personagem, mas procura representá-lo, assumindo suas características naquele momento. Outro é a expectativa gerada pelo lançamento de um filme ou uma série que reúne pessoas de todas as partes do mundo em um mesmo sentimento.

Esse tipo de cinema, assim como a ficção de maneira geral, já foi considerada ineficaz para o debate histórico, tanto no que diz respeito a educação como também a pesquisa científica. Nas últimas décadas, no entanto, pesquisas científicas e experiências em sala de aula, tem se tornado mais frequentes. Sobre isso, Lima e Teixeira comentam:

[...] a relação entre a História e O senhor dos anéis merece ser repensada. E isso porque, até o presente momento, ela foi mascarada, camuflada, desfigurada, mutilada. Parece-nos que os historiadores têm medo de entrar no campo da Literatura Fantástica, fazê-la objeto de estudo, compreendê-la nos seus múltiplos aspectos e o historiador que fala de fantasia deve ter coragem de desafiar a ordem estabelecida, pois ao tratar esse tema ele desordena a lei, a norma, pondo em xeque a própria historiografia [LIMA; TEIXEIRA, 2011, p. 168].
Além disso, o cinema, as séries, os desenhos animados, os hq’s e os mangás são parte do cotidiano social por todo o mundo. Uns mais outros menos, todos estão no dia a dia de crianças, jovens e adultos e cada um desses meios de entretenimento tem bebido constantemente no universo da História. Assim, a opção pelo áudio visual ficcional e não pelo histórico deu-se pela maior receptividade para com os estudantes. Segundo Rodrigo de Almeida Ferreira, o gênero do filme deve ser um critério ao escolher um título para exibição. Ele diz que:

a experiência educacional com jovens, por exemplo, permite perceber que adolescentes do ensino médio tendem a ser mais receptivos a filmes de linguagem mais densa, com estrutura narrativa mais complexa, diferentemente dos seus colegas discentes na faixa etária entre 10 e 14 anos, para quem ação, aventura e comédia costumam ser melhor recebidos [FERREIRA, 2018: 60-61].

O audiovisual de ficção que procuro utilizar em minhas aulas é chamado por Ferreira de “filme de projeção histórica” e o caracteriza por: 1: Ter pouca referência histórica direta, 2: a marcação temporal é ucrônica, 3. o espaço pode ser totalmente ficcional ou até se passar em um local real, mas com alteração geográfica e 4. transfere para a ficção questões do tempo presente ou relativas ao passado [FERREIRA, 2018, 77-80].

Crise na democracia e fascismo em Star Wars
Mais de quarenta anos dividem o primeiro filme Star Wars, lançado em 1977 e o nono, que encerra a terceira trilogia em 2019. Entre um e outro, o universo ficcional criado por George Lucas se expandiu com livros, animações e jogos de videogame além de criações de fãs que se alastram na internet. O lançamento da série abriu espaço para as Space Operas no cinema e angariou milhões de fãs pelo mundo.

No entanto, não é objetivo deste artigo fazer um apanhado histórico da série Star Wars, mas sim observar que seus enredos sempre estão atrelados nas discussões políticas do tempo em que foram criados e discutir formas de utiliza-los em sala de aula. Dessa forma, ao observar o mundo dos jedis, caçadores de recompensa, siths e mundos de comércio entre tantos outros detalhes tirados das mentes criativas de seus escritores tentou-se aprimorar a discussão da história em sala de aula, tornando o estudo mais lúdico e agradável, sem deixar de ser efetivo.

Nas primeiras cenas do filme inaugural de Star Wars, em 1977, conhecemos os jedis e os rebeldes que lutam contra um império maligno. O professor que deseja levar uma narrativa de ficção para a sala de aula não pode deixar de considerar o caráter maniqueísta dessas obras. Em Star Wars, acompanhamos a jornada do herói Luke Skywalker contra as forças do mal do imperador e de seu poderoso lord Sith, Darth Vader.  No primeiro momento da aula, ao orientar a dinâmica da sequência didática é preciso mostrar a necessidade de olhar o contexto do filme como um todo e não somente essa parte mais sobressalente, em especial em filmes com tantas cenas de luta e explosões.

Esse filme fez tanto sucesso que outros dois o seguiram [1980 e 1983] e acompanhamos o fim do império galáctico mediante a vitória da aliança rebelde. O mal estava derrotado e a democracia voltaria a se estabelecer no universo. Com essa trilogia encerrada, uma nova começou a ser montada e trouxe, em 1999, um prólogo que nos mostra como a democracia da república galáctica entrou em crise e o Império assumiu o poder enquanto acompanha o crescimento de Anakin Skywalker, seu treinamento padawan e sua traição e aliança com os Sith e o lado sombrio. É o episódio final dessa nova trilogia que é aqui analisada.

A bem da verdade a trilogia prequela poderia ser utilizada inteira para discutir essas questões. Lucas jamais negou as inspirações políticas ao desenvolver seus filmes e neste caso não foi diferente “...Os prólogos foram feitos para passar ‘subliminarmente’ a mensagem ‘do que acontece com a pessoa se ela tem um governo disfuncional que é corrupto e não funciona’”  [TYLOR, 2015: 386, 387]. Noutro momento, afirma o autor, Lucas confessa seus planos para a trilogia:

“‘todas as democracias se transformam em ditaduras, mas não por golpe’, declarou ele à Time antes do lançamento do Episódio II. ‘As pessoas entregam a democracia a um ditador, seja Júlio César, Napoleão, ou Adolf Hitler. No fim das contas a população abraça essa ideia. Que tipo de coisas levam as pessoas e as instituições a essa direção? Essa é a questão que ando explorando: como a República se transformou no Império? Como uma boa pessoa se torna má, e como uma democracia vira uma ditadura?’”. [TEYLOR, 2015: 436]

Dessa forma, uma análise mais apurada de todo o prólogo poderia ser bem aproveitada em aulas de História de uma faculdade, talvez em uma disciplina opcional de História e cinema ou História e cultura pop, para uma reflexão da política mundial, mas não dentro das estruturas do sistema de ensino fundamental em que o Brasil se baseia. O tempo em sala de aula que é geralmente de duas horas-aulas semanais [45 minutos por hora-aula em geral] não permite que as quase sete horas de filme possam ser analisadas adequadamente sem dirimir o andamento do conteúdo programático estabelecido pela BNCC. O professor também não pode contar com a premissa de que os estudantes de 12 a 14 anos tenham assistido todos os três e sejam capazes de discuti-los em sus meandros sócio-políticos dentro de sala de aula. Dessa forma optei por Star Wars: Episódio III – A vingança dos Sith, que encerra a história e mostra cenas interessantes do crescimento de poder do império e da crise democrática.

O Episódio III tem seu primeiro ato concentrado na guerra entre separatistas e a República. Essa guerra, no entanto, já se entende desde o filme anterior Star Wars: Episódio II – Ataque dos clones [que não foi apresentado aos estudantes em sala], portanto aproveitei o momento para explicar melhor os motivos da guerra, pois o objetivo era mostrar que, como os estudantes observam no segundo ato, havia sido criada pelo senador Palpatine para conseguir no Senado, a militarização da República e a instalação da ditadura.

Até esse momento o telespectador do filme não antenado com o universo de Star Wars ainda pode estar vendo o conflito da Guerra dos Clones como uma luta entre grupos separatistas fanáticos e aqueles que querem manter a República funcionando ordinariamente sob o comando do incorruptível Chanceler Palpatine. No entanto, a análise da cena só será possível quando os espectadores concluírem que o líder do movimento separatista que conversa com o general Drevius é o mesmo que comanda o Senado. No entanto, a militarização da república está cada vez mais estabelecida e os conflitos entre o senado e o conselho Jedi tornam-se maiores. Um paralelo com o processo de militarização dos movimentos fascista e nazista, são pertinentemente inseridas nesse momento. No segundo ato do filme eles entendem que o plano do chanceler não era somente tornar-se um ditador do senado, mas construir um império totalitário, plano que estava sendo executado desde o Episódio II - A Guerra dos Clones.

Para criar esse império, o senador busca a criação de um inimigo imaginário, mas que atenda aos seus interesses políticos. É interessante notar como o filme busca mostrar, nas figuras de Palpatine e Anakin, uma analogia “subliminar”, como disse Lucas, da ascensão dos movimentos totalitários da Europa. O objetivo do criador da trilogia podia ser bem mais próximo da sua realidade, não podemos nos esquecer de que é uma produção estadunidense, voltada para a população daquele país e é carregada dos valores culturais e de mundo daquela sociedade. Em várias ocasiões Lucas mostrou-se crítico do governo de George Bush e trouxe isso para sua produção, no entanto, considerando os fatores ficcionais e de analogia desse tipo de filme, conceitualmente podemos utilizá-lo para outros momentos da história mundial. A sequência abaixo, foi utilizada em sala de aula para discutir a criminalização de negros, comunistas, homossexuais, judeus e outras minorias nos movimentos fascista e nazista.


Ao incitar o Jedi Anakin Skywalker contra o Conselho Jedi, Palpatine espera aumentar sua área de influência e observar o diálogo entre os dois e o contínuo envolvimento do jovem jedi tornou-se possível introduzir o debate acerca do convencimento dos líderes totalitários à população. Além disso, a eloquência do líder ainda inconfesso dos Sith em sua busca por tornar os Jedi inimigos desumanos que devem ser exterminados para o benefício maior da população e da democracia começa a se aproximar da maneira como os judeus eram tratados pelos nazistas.

Continuando para o ato final do filme, observamos o caminho psicológico seguido por Anakin que foi do apoio irrestrito ao Conselho Jedi, passando pela dúvida e a tentativa de defesa do Chanceler até seu total apoio e defesa. Esse caminho foi influenciado pela decisão do Conselho de matar o chanceler e pelo medo da morte de Padmé e a promessa de Palpatine de salvar sua vida com a força do Lado Sombrio.

A mudança de Anakin pode ser observada em várias cenas em que ele é confrontado com verdades sobre o que está acontecendo na política local. Numa postura que pode ser facilmente remetida a alguns grupos militantes de extrema-direita ativos no Brasil hoje, ele rapidamente questiona e defende o seu novo líder e representante. Em uma mistura de interesses pessoais e o poder de convencimento de Palpatine, Anakin vai aos poucos se convencendo de que está sendo enganado pelo Jedi.

Numa segunda conversa entre o senador e o Jedi, Anakin se mostra indignado e decepcionado com o conselho. Em meio a conversa, acaba revelando a tentativa de torna-lo um espião e o chanceler aproveita para mostrar algumas vantagens do lado sombrio da força e dá o mesmo conselho que Obiwan dera: “...siga seus sentimentos.” Convencido, Anakin reúne seguidores para marchar contra o jedi e iniciar a tomada de poder. Essa multidão armada, já convencida da desumanidade do Jedi e do perigo que eles representam para o progresso da galáxia invade e assume o conselho Jedi rapidamente de forma semelhante ao que foi feito na Itália e na Alemanha, onde multidões marcharam nas ruas pedindo que seus líderes supremos assumissem o poder e se livrasse do perigo comunista e nazista.

E o extermínio segue no terceiro ato do filme incluindo o massacre de crianças. Reforça-se assim a ideia da desumanização do inimigo a partir dessa sequência, afinal se nem crianças são poupadas percebemos que não basta derrotar o adversário, é preciso que ele deixe de existir para que o novo mundo surja.

Enquanto os agentes do movimento tomam as ruas, ou no caso do filme, o templo jedi, é preciso que o grande líder alce o poder. O terceiro ato do filme também nos mostra os últimos debates no senado democrático, onde o ainda chanceler Palpatine convence os senadores da traição dos Jedi e da necessidade de ampliar o poderio militar a fim de manter a paz. Dessa forma, o auto golpe de Palpatine tem êxito.

Por fim, uma frase que nos ajuda a pensar nos motivos que levaram vários povos a apoiarem regimes totalitários. Esse momento ajuda a chamar os estudantes a reflexão: como uma população inteira acompanhou os planos de Hitler ou Mussolini e todas as suas atrocidades com aplausos.

 Padmé lamenta a vitória de Palpatine.


Fonte: Acervo do autor.

Espera-se que a partir do universo dos filmes, o estudante possa perceber os usos que um conceito pode ter na vida diária e de como, mesmo em se tratando de ficção, a realidade histórica faz parte do desenvolvimento das ideias e posturas que assumimos e a importância de reconhecer-se como agente histórico e consciente de sua História.

O motivo dessa escolha poderia ter uma resposta inicial até simples: buscar a diversificação para a prática de ensino. Não é, de forma alguma, uma crítica ao filme histórico, a sua legitimidade como ferramenta educacional, mas sim a tentativa de apresentar uma nova perspectiva à prática pedagógica onde o imaginário, o lúdico e o fantasioso servem de ponte para o acesso ao conhecimento histórico.

Referência
Professor de História e Estudos Amazônicos do Ensino Fundamental na rede municipal de Castanhal e Estadual do Pará. Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Ensino de História pela Universidade Federal do Pará [UFPA] sob orientação do Prof. Dr. Carlos Augusto de Castro Bastos. Contato: knm.kedson@hotmail.com

FERRO, M. Cinema e História. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

FERREIRA, Rodrigo de Almeida. Luz, câmera e história: práticas de ensino com o cinema. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.

LIMA, W. J. de; TEIXEIRA, O. S. História e literatura fantástica, uma parceria [im]possível? O caso de “O Senhor dos Anéis”. Revista outros tempos, vol. 8, nº11, 2011, Dossiê História e Literatura, p. 167-188. Disponível em:

SANTOS, R. L. Cinema, cultura e ensino de História: considerações sobre o uso do recurso cinematográfico em sala de aula. Revista Espaço acadêmico, n. 201. Fev/2018. Disponível em:

SOARES, T. Percursos para estudos sobre música pop. In. SÁ, S. P. de; CARREIRO, R.; FERRAZ, R [Org.]. Cultura pop. Salvador, EDUFBA, 2015, p. 19-34.

TAYLOR, Chris. Como Star Wars conquistou o universo. São Paulo: Aleph, 2015.

9 comentários:

  1. Olá Kedson Maciel! Gostaria de parabenizá-lo pela proposta levada paras as aulas de história. Sem dúvida precisamos refletir e problematizar os usos que fazemos de alguns recursos e percebi isso em sua proposta. Você dialoga com alguns conceitos muito relevantes para a conjuntura política do Brasil hoje: totalitarismo e democracia. Qual a metodologia que você usou para avaliar a aprendizagem dos alunos sobre esses conceitos? Eles conseguiram perceber a ligação desses conceitos com as questões atuais do Brasil? Desde já agradeço pela leitura e lhe dou novamente parabéns!
    Ligia Mara Barros Ribeiro

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    1. Olá Lígia, muito obrigado pelas considerações. Quanto as metodologias, procurei trabalhar com a reflexão sobre o filme, o debate em grupo sobre os conceitos e a construção de mapas mentais para avaliar a aprendizagem. No entanto, considerando as particularidades do grupo que participou da sequência didática, as discussões políticas atuais existiram, mas em quantidade reduzida. Minha perspectiva é que a reflexão sobre os conceitos apresentados sirvam para os próximos anos, quando estiverem diante deles no ensino médio, nas redes sociais ou participando mais ativamente da política, votando por exemplo.
      Kédson Nascimento Maciel

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  2. Meu nome é Marcos Vinicius, sou da universidade Nilton Lins (Manaus AM), primeiramente quero parabenizar pelo maravilhoso trabalho, sou um fã fiel a saga inteira de star Wars, sempre busquei a análise política e social dessa obra maravilhosa, meu questionamento ou até mesmo um acréscimo, seria no sentido de Introdução ou caracterízacao do indivíduo (aluno) como agente ativo na história, focando numa indentidade histórica por meio de star Wars, mas necessariamente pela força (do conjunto fictício), onde se aplica a teoria de simetria historiográfica a simetria da força que faz entender que cada individuo do universo faz parte dela, assim seria na história.

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    1. Meu nome completo é Marcos Vinicius Alves da Silva, me desculpe pelo erro.

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    2. Marcos da Silva, agradeço suas considerações. É realmente um acréscimo muito interessante e abre outras perspectivas para trabalhos futuros. Muito obrigado.
      Kédson Nascimento Maciel.

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  3. Só uma observação a quem venha a ler, o segundo conjunto de imagens contidos no texto (referentes à fala da personagem Padmé) aparece invertido. O correto seria: "Então é assim que a liberdade morre. Com um estrondoso aplauso". Peço desculpas.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Bom dia! Quando trabalhei com filmes em sala de aula, sempre busquei levar pequenos trechos dos filmes, justamente pelo tempo disponível para cada aula e para buscar prender a atenção dos alunos no enredo. Após passar cenas curtas de cerca de 5-7 minutos, questionava os alunos sobre o que eles haviam entendido sobre a cena, e como relacionavam com o conteúdo trabalhado em aula. Sempre utilizei os filmes como uma ferramenta de revisão e reforço do conhecimento.

    Gostaria que você falasse mais sobre como foi a sua experiência. Como foi o envolvimento dos alunos com a temática? E a reação deles com o filme,visto que, pela idade deles, devem considerar um filme antigo e voltado para um grupo específico? Quanto tempo você utilizou e como você avaliou os alunos? Eles conseguiram estabelecer conexões entre conteúdo/filme/contexto social atual?

    Att, Nycole Schmitt Andrade

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  6. Olá colega! Parece que escolhemos exatamente o mesmo tema (até o mesmo episódio da saga), mas, claro, com abordagens diferentes. Em meu texto, além da análise que em muitos aspectos se aproxima da sua, apresento um relato de minha experiência "fracassada" com a utilização do filme em sala de aula, e tento refletir sobre algumas saídas possíveis aos obstáculos encontrados. Convido-o a dar uma olhada no texto, para podermos trocar uma ideia. Você chegou a utilizar o filme em sala de aula? Como foi sua experiência?

    Em momento anterior à experiência, cheguei a apresentar a mesma proposta em outro seminário, com uma análise um pouco mais extensa do filme, mas sem o relato da experiência, se quiseres também dar uma olhada: https://docplayer.com.br/114538125-Darth-vader-e-a-ascensao-dos-fascismos-uma-proposta-de-ensino-com-o-filme-star-wars-episodio-iii-a-vinganca-dos-sith-giovan-sehn-ferraz-1.html

    Giovan Sehn Ferraz

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