Juliana Ribeiro Marra


APRENDIZADO HISTÓRICO EM PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS ESTUDANTIS:  (UMA) EXPERIÊNCIA (D)E ENSINO




<O que é cinema?>
Optando por uma estratégia que estimulasse a emergência do conhecimento não elaborado racionalmente e estimulado coletivamente – como ocorre no cinema – foi com essa pergunta que iniciamos nossa primeira aula da disciplina História e Cinema. Escrevemos a frase no quadro e solicitamos aos estudantes para que dissessem o que lhes vinham à mente. Pedimos que não se preocupassem, pois não estávamos ali com a intenção em julgar suas respostas e estabelecer uma verdade. Ao contrário, queríamos conhecer inicialmente como expressavam a percepção e relação que tinham com o cinema.

Muitas palavras foram escritas no quadro giz. Entre elas, algumas nos chamaram a atenção, como por exemplo, imagem, representação, experiência, informação, expressão de arte e histórias. De fato, essas palavras são evocadas na maioria dos textos que discutem sobre a natureza e/ou função do cinema. Uma dessas palavras, experiência, nos interessou de modo muito particular, pois a partir dela poderíamos explicitar o convite e o desafio de trabalhar com cinema na escola/história.

A experiência se configura, portanto, como ponto de partida dessa análise, dado o fato de fundamentar as linguagens/áreas que aqui dialogam: cinema, história e educação. É possível considera-la como a condição fundante para aprofundar a linguagem cinematográfica em sala de aula, pois os procedimentos estéticos do cinema podem tornar visíveis planos e enquadramentos que normalmente passariam despercebidos. Supõe-se que o fato de os alunos serem convidados a construírem imagens e narrativas audiovisuais permita a emergência de um processo criativo nem sempre estimulado pela escola. Jorge Larrosa Bondía, filósofo da educação, indica que a arte é possivelmente o campo mais significante para que emerjam processos de subjetivação e socialização:

“propõe pensar-se a educação a partir do par experiência/sentido, contrapondo-se ao modo de pensar a educação como relação entre ciência e técnica, ou entre teoria e prática. [...] Afirma que o saber da experiência se dá na relação entre o conhecimento e a vida humana, singular e concreta” [Bondía, 2002, p. 168].

Sendo assim, projetos dos mais diversos nos possibilitam lançar mão dos meios audiovisuais na formação de crianças e jovens. Sérgio Rizzo, professor e crítico de cinema, lista algumas formas com as quais a apreciação e produção de obras audiovisuais podem estabelecer conexões com a Educação Básica: “na forma de disciplina curricular (obrigatória ou optativa), de conteúdo específico inserido em disciplina curricular mais abrangente (obrigatória ou optativa), de atividade extracurricular e de prática mobilizadora de projetos interdisciplinares” [Rizzo Junior, 2011, p. 11].

A disciplina “História e Cinema” foi uma reformulação da disciplina “História do Audiovisual” prevista inicialmente no calendário escolar de 2017 para os alunos do ensino médio do Cepae/UFG – Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação/Universidade Federal de Goiás. Após um rearranjo do quadro docente do Departamento de História no meio do ano letivo, a disciplina se iniciou em agosto, conduzida por mim, que acabava de assumir como professora de História, e pela professora Maria Alice Rocha Carvalho. Em meio às mencionadas mudanças que ocorriam com a disciplina, Maria Alice – que atua com os estudantes da 1ª fase do ensino fundamental, na mesma escola – visava uma parceria com o(a) professor(a) que ministraria a disciplina. Pedagoga, há uma década vem desenvolvendo pesquisas na área de cinema e ensino.

Quando nos reunimos pela primeira vez, ela apresentou a proposta de realizar produções cinematográficas com a turma, pois em suas pesquisas estava abordando a problemática do cinema presente nas salas de aulas apenas como instrumento passivo para aprendizagem, raramente reconhecido como um meio, em si, para a produção de experiências e conhecimento. Propondo-nos a atuar juntamente a um grupo de apoio de profissionais das áreas de educação, história e cinema, participantes ocasionais, alteramos o nome da disciplina para “História e Cinema” e construímos um plano de ensino contendo um viés teórico, de estudos e discussões, e outro de caráter mais prático, envolvendo aspectos relacionados à produção audiovisual que os alunos deveriam criar e apresentar ao final da disciplina eletiva.


Partindo da referência de alguns estudantes à ideia de experiência para definir o cinema, reavaliamos também nosso plano de ensino. Percebemos, por exemplo, que seria preciso dedicar mais tempo à parte prática, à edição dos filmes. Conforme nos contaram, os estudantes, de maneira geral, ainda não haviam vivenciado um processo de produção cinematográfica e/ou exercícios fílmicos explorando a linguagem audiovisual.

Observa-se que, apesar dos jovens estarem cada vez mais imersos no mundo das imagens, hoje mais acessíveis pela tecnologia, nem sempre se tem clareza das questões estéticas e morais que envolvem as produções audiovisuais. Nossa experiência de ensino propôs investir em uma formação em que se pudéssemos desnaturalizar essa condição de competência atribuída a esse público, principalmente para percebermos que essa linguagem utiliza vários dispositivos, cria narrativas, (des)constrói pontos de vista e/ou valores e forma consciência histórica.

Nesse sentido, essa análise tem por objetivo apresentar e discutir o aprendizado histórico em produções audiovisuais de estudantes a partir da experiência de ensino em questão. Cumpre considerar que, conforme propõe Jörn Rüsen, a aprendizagem histórica lida com o processo de formação, por aprendizado, da consciência histórica. A grande questão, em sua teoria, é demonstrar a necessidade da consciência histórica para tratar os valores morais e o raciocínio moral. Ela é um pré-requisito necessário na mediação entre valores e realidade orientada pela ação. Rüsen defende que a consciência histórica tem uma função prática, na vida material e cotidiana, isto é, ela confere uma direção temporal à realidade, “uma orientação que pode guiar a ação intencionalmente, através da mediação da memória histórica” [Rüsen, 2010, p. 58].

A consciência histórica, portanto, serve como um elemento de orientação chave, dando à vida prática um marco e uma matriz temporais, uma concepção do “curso do tempo” que flui através dos assuntos mundanos da vida diária. Essa concepção funciona como um elemento nas intenções que guiam a atividade humana, “nosso curso de ação”. Ela evoca o passado como um espelho da experiência no qual se reflete a vida presente, e suas características temporais são, do mesmo modo, reveladas [Rüsen, 2010, p. 56].

Não para menos, a definição de experiência, no dicionário Houaiss [2009], refere-se a “qualquer conhecimento obtido por meio de uma prática, utilizando os sentidos, em uma perspectiva abrangente e que se aprimora com o correr do tempo”. Essa definição não deixa de abranger aspectos do tempo histórico, mas também do cinema (sentidos) e da educação, conforme apresentado por Larrossa Bondía. A prática é evidenciada como o fundamento da experiência, destacando o aspecto antropológico das perspectivas que a envolvem. De fato, a concepção de que a história adquire um caráter de nexo entre o passado, o presente e o futuro leva em conta a associação dos valores morais a perspectivas temporais, de maneira que a consciência histórica traz uma contribuição essencial à consciência moral. Para Rüsen, essa contribuição ocorre por meio do desenvolvimento da competência narrativa.

A importância da competência narrativa, por sua vez, advém dessa associação à ação, à prática, pois a narração é a forma linguística através da qual a consciência histórica pode se realizar. Para o historiador, a síntese histórica das dimensões de tempo, do valor e da experiência se encontra na narração, no relato de uma história. Assim, a competência narrativa passa a ser a competência essencial e específica da consciência histórica. “Essa competência pode se definir como a habilidade da consciência humana para levar a cabo procedimentos que dão sentido ao passado, fazendo efetiva uma orientação temporal na vida prática presente por meio da recordação da realidade passada” [Rüsen, 2010, p. 59].

O aprendizado histórico se configura, na perspectiva rüseniana, como um processo de mudança estrutural na consciência histórica, pelo qual as competências são adquiridas progressivamente e as formas pelas quais tratamos a experiência passada, transformadas. Esse processo de desenvolvimento da competência narrativa integra, portanto, três dimensões: experiência, interpretação e orientação. Assim, para expandir a análise das narrativas audiovisuais dos estudantes com vistas a alcançar a ideia de aprendizagem histórica em Rüsen, é importante delimitar o papel da narrativa na interpretação da experiência histórica, bem como para o ensino de história/História.

Cristiane Nova analisa como as amplas reflexões sobre a escrita da história deram início a perspectivas que buscam relacionar as narrativas históricas com as cinematográficas. Embora a autora considere que os trabalhos que advogam esse objetivo ainda estejam “em fase de gestação, num momento em que ainda possuem um tom de manifesto, demonstrando o desejo de serem aceitos na fortalezaacadêmica historiográfica”, [Nova, 2009, p. 144], reconhece que esse movimento está conseguindo imposição no mundo acadêmico, facilitando a entrada em cena das tecnologias imagéticas digitais.

Partindo da perspectiva de que “escrita da história é um discurso e que o passado só pode ser compreendido a partir das mediações que se operam a partir do mundo das representações” (Nova, 2009, p. 140), esses autores defendem a ideia geral de que o cinema e o vídeo constituem-se em formas válidas e necessárias para se representar o passado, embora seja preciso levar em conta suas peculiaridades. Partindo da concepção de história de que a “volta ao passado” acontece sempre a partir do ponto de vista do presente, a partir de ruínas – restos do que o passado poderia ter sido – esse movimento advoga que, também nas produções audiovisuais, o presente é sempre o lugar de onde se representa e se conhece o passado. Dessa forma, no cinema o passado se apresenta sempre num estado de inacabamento que o abre a possiblidades futuras e diversas.

Assim, iniciamos a disciplina “História e Cinema” abordando conteúdos da história do cinema e as linguagens cinematográficas através de visionamentos e análises de filmes, participações de professores especialistas e discussões de textos. Estudamos as tentativas de reproduzir as imagens em movimentos a partir do século XIX, o cinema como a grande arte criada pela burguesia e que almejava reproduzir a vida tal como é. Essa discussão provocou debates, principalmente, por colocar em suspeição a ideia, bastante comum, de que o cinema reproduz a realidade. O tipo de câmera que os primeiros cineastas tinham até então e a pouca preocupação narrativa ajudaram a criar tal concepção. Seguimos acompanhando o desenvolvimento do cinema para uma linguagem mais complexa, na medida em que incorporava estruturas narrativas e experimentações que ajudaram a estabelecer aspectos básicos da linguagem cinematográfica, como a seleção e a organização temporal de imagens.

Trazer a história do cinema foi fundamental para estimular a turma a superar essa “ilusão do real”, pois o olhar historiográfico direcionado ao cinema consiste exatamente em fazer aparecer o autor da fala e emergir o sujeito que criou o discurso cinematográfico. Com isso, foi possível perceber que os registros de imagens surgidos no século XIX – o cinema e a fotografia – não eram isentos subjetividade. Ao contrário, traziam não apenas os sujeitos por trás das câmeras, responsáveis pela escolha do objeto a ser captado, mas evidenciavam também a escolha da maneira como esse objeto seria captado e mostrado ao público espectador (Catelli Junior, 2010, p. 55).

Ainda do ponto de vista histórico, aprofundamos igualmente na importância das narrativas audiovisuais para o estudo da história. Formamos a compreensão de que todo filme é representação, não importando se é documentário ou ficção, e isso representou, sem dúvidas, uma mudança de nível na consciência histórica dos estudantes envolvidos no projeto. Para tanto, foi fundamental a metodologia de análise fílmica e elaboração de resenha, evidenciando o caráter histórico das produções cinematográficas. A partir desse exercício iniciamos o trabalho com a experiência, pois grande parte dos estudantes conseguiu apontar relações interessantes nos filmes analisados, descrevendo efeitos dos dispositivos e relacionando-os às suas experiências. Desde esse momento, quando nos disseram que já não conseguiam mais assistirem aos filmes da mesma maneira que antes, identificamos que estavam vivenciando o cinema a partir de uma nova experiência, de maneira que podemos considerar esse “fato” como um salto de consciência histórica.

A seguir, partimos em busca da interpretação dessa experiência, ou seja, para a produção da narrativa cinematográfica, ou, como é mais conhecido na linguagem cinematográfica, para a elaboração do roteiro. Esse foi o primeiro passo prático que propusemos à turma para a produção audiovisual que executariam na disciplina. A partir dos novos conhecimentos dos elementos e dispositivos básicos do cinema, questionamos como poderíamos trazer a escola, especificamente o Cepae, para o cinema. Além do fato de que no ano seguinte o Cepae/UFG completaria 50 anos e buscávamos realizar uma homenagem, tínhamos como foco especial a própria escola por evidenciar um cotidiano comum de experiências partilhadas entre todos. Assim, questionamos: Como elaborar a experiência que tinham em relação à escola usando as imagens em movimento? Como abordar um cotidiano que, para a maioria de nós, parece não ter muito de revelador?

Trabalhar com a forma audiovisual era uma novidade não apenas na produção de imagens, mas também na forma escrita desse tipo de narrativa. Sem que tivéssemos dimensão, isso se tornou um desafio enorme. Como os alunos relataram, foi a “parte mais difícil da disciplina”. O contato com esse tipo de produção textual não faz parte dos gêneros estudados na escola e, normalmente, apenas estudantes de áreas da comunicação têm acesso. As referências que conseguimos disponibilizar e trabalhar com os alunos foram poucas. Os estudantes tiveram liberdade para escolherem o gênero audiovisual, assim, grupos trabalharam documentários enquanto outros realizaram curtas ficcionais. Em todos eles, observamos uma preocupação em trazer uma elaboração discursiva de caráter mais autoral, expondo vozes diversas e trazendo proposições sobre a escola também de forma lúdica, crítica e criativa.

Nesse sentido, para empreender uma análise do aprendizado histórico nessas e em outras produções audiovisuais, é necessário que os historiadores e historiadoras tenham aceitado a ideia de que a ficção possui uma função chave na investigação e na reconstrução da história – partindo de uma concepção ampla de narrativa, como em Paul Ricoeur, mas, sobretudo, no caso dos filmes, como defende Robert Rosenstone. Também para esse historiador, representante do movimento que busca relacionar as narrativas históricas com as cinematográficas, os filmes e os vídeos seriam “mais do que veículos de informação úteis para elaborar conclusões. São novas vias para ver o passado. Novos caminhos para enfrentar os materiais do passado, para interrogar o passado a partir do e para o presente” [Rosenstone, 1997, p. 175].

Finalizada a etapa do roteiro, os estudantes iniciaram a gravação das cenas dos filmes.  Passamos ao exercício de captar imagens e, para isso, trabalhamos com algumas orientações básicas: o trabalho da câmera, seus movimentos, os enquadramentos, a duração dos planos, a luminosidade, o tipo de montagem, a sonoridade, a relação entre a imagem e o som. Fizemos alguns exercícios com as câmeras do celular, pois desde início combinamos que iríamos usar esse dispositivo de que os alunos dispunham. Continuamos a exibir filmes para observarem esses aspectos e esse visionamento foi crucial para os alunos perceberem que essa linguagem se constrói aos poucos, sob o efeito de relações complexas de cunho tecnológico, político, histórico, social e econômico.

Encerrando a disciplina, partimos para o momento da seleção do material, montagem/edição e finalização. Foi realmente o que mais exigiu trabalho e dedicação dos alunos, pois, conforme apresentado, é injusta a ideia de que nossos estudantes atuais são nativos digitais, completamente hábeis a realizar qualquer tipo de trabalho por conta própria. Também à maioria dos professores falta ainda formação especializada nas áreas técnicas do cinema e conosco não era diferente.

Nessa experiência de ensino-aprendizagem o que nos direcionou e uniu foi a busca por um deslocamento da preocupação com padrões normativos e conteúdos para a emergência dos significados na interação social e como a arte/linguagem, especificamente o cinema, pode enriquecer a experiência de cada um ao provocar, sugerir e criar. Nesse sentido, dois dos filmes produzidos merecem atenção.

No documentário “Pixo: arte ou ilusão?” que abordou a pixação no colégio, as questões morais e polêmicas estavam dadas de antemão. O grupo de alunos que o produziu é profundamente envolvido com a cultura urbana e suas vertentes, como o skate e rap. A pixação foi a experiência que escolheram para questionar o estatuto artístico das manifestações culturais urbanas e marginalizadas. Mas, além disso, também problematizaram suas ações, consequências e identidades postas em jogo no colégio, haja vista que muitos dos estudantes produtores ou entrevistados no filme eram os próprios autores das referidas pixações.

Já “Truco, trapaças e traições” envolveu uma polêmica relacionada à questão de gênero e ao lugar ocupado pelas mulheres em nossa sociedade, mais especificamente no colégio e na vida dos alunos e alunas. Contando uma história de superação de um aluno que sofria bullying, a narrativa traz a ideia, um tanto explícita, de que a garota disputada pelos adversários seria a “premiação” do vencedor da partida do jogo de truco. Apesar de apresentar um roteiro muito bem elaborado tecnicamente e uma edição primorosa – tudo realizado pelos próprios alunos – o filme foi alvo de críticas por parte dos comentaristas convidados e dos próprios colegas, devido a essa abordagem dada à questão feminina.  

As atividades da disciplina se desenvolveram de tal maneira que duas exibições foram organizadas para apresentação das produções audiovisuais dos alunos. Foram momentos ricos para analisar, problematizar e serem notificados de possíveis ajustes que poderiam ser realizados. As questões suscitadas por esses filmes permitiram aos alunos observarem como os dispositivos privilegiados na construção das produções audiovisuais constroem pontos de vista diferentes, dependendo da forma como manejados.

Após a concretização desse grande desafio que foi viver o cinema na escola, pudemos avaliar o grande aprendizado que tivemos, não só em relação ao conhecimento em si, mas no sentido de uma maior humanização, formação de valores e consciência histórica. Foi essa a sensação que sentimos ao terminarmos a disciplina. “Já não somos mais os mesmos”, uma aluna relatou, constituímos outras formas de perceber e elaborar o mundo, não só em relação à nossa escola, ao nosso cotidiano e experiências, mas também à vida e ao tempo. A linguagem cinematográfica não foi apenas um meio para essa construção e lançamos mão de sua essência artística e histórica para defender a sua entrada e permanência na escola, bem como nutrimos a esperança de que a experiência de ensino aqui apresentada possa incentivar outras similares.

Referências
Ma. Juliana Ribeiro Marra é doutoranda em História na Universidade Federal de Goiás, onde desenvolve pesquisa sobre cinema e ensino de história.

BONDÍA, Jorge Larrossa.  “Notas sobre a experiência e o saber de experiência” in Revista Brasileira de Educação, n. 19, Jan/Fev/Mar/Abr/2002, p. 20-28.

CATELLI JUNIOR, Roberto. Temas e linguagens da história: ferramentas para a sala de aula no ensino médio. São Paulo: Scipione, (Coleção Pensamento e ação na sala de aula), 2009.

HOUAISS. Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva. 2009.

NOVA, Cristiane. “Narrativas históricas e cinematográficas” in Cinematógrafo. Um olhar sobre a história. Salvador, São Paulo: EDUFBA/Editora UNESP, 2009. p. 133-145.

RIZZO JUNIOR, Sergio Alberto. Educação audiovisual: uma proposta para a formação de professores de Ensino Fundamental e de Ensino Médio no Brasil. Tese (Doutorado) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, 2011.

ROSENSTONE, Robert. El passado en imágenes: el desafio del cine a nuestra idea de la historia. Barcelona: Ariel, 1997.

RÜSEN, Jörn. Jörn Rüsen e o ensino de história. SCHMIDT, M. A.; BARCA, I.; MARTINS, E. (orgs.). Curitiba: Editora UFPR, 2010.


2 comentários:

  1. Olá boa noite, é muito interessante a inserção do audiovisual nas escolas, porém, qual critério utilizado para selecionar os temas que serão trabalhados com a turma? E também é válido produções com abordagens de acontecimentos históricos que estão expressos nos livros didáticos?
    Amando Silva de Lima Reinaldo.

    ResponderExcluir
  2. Olá Amando, boa tarde. Primeiramente, agradeço sua questão, realmente a produção audiovisual na escola é, ao mesmo tempo, um processo interessante, inovador e dialógico.
    Acredito que a questão da escolha dos temas das produções depende de diversos aspectos, como o conteúdo programático que o/a professor/a pretende ou precisa trabalhar, como nos casos em que vc aponta, dos conteúdos dos livros didáticos. Como pontua um importante estudioso do cinema, Alain Bergala, o cinema é sempre muito bem vindo na sala de aula, desde que seja tratado como realmente é, ou seja, um bem cultural, ou ainda, uma criação artística. Isso envolve a necessidade de se trabalhar em sala de aula a relação entre a narrativa histórica e narrativa cinematográfica que traz à tona o debate entre a realidade e ficção. Para além disso, creio que o valor do audiovisual na escola seja proporcionar o trabalho da relação passado e presente, partindo da realidade e, principalmente, do interesse dos estudantes. Um exemplo: se vamos abordar a Revolução Francesa, podemos solicitar aos alunos que partam da noção de direitos humanos na atualidade. Outro ponto importante é considerar que os gêneros audiovisuais são inúmeros, de maneira que podem criar desde narrativas ficcionais à vídeos jornalísticos ou "vídeo-aulas", todos apresentando uma abordagem também histórica.
    Juliana Ribeiro Marra

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.