Jocimara Maciel Correia


MEMÓRIAS SOBRE UM SUPOSTO MÉDICO NAZISTA EM MAMBORÊ-PR: PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES NO DIÁLOGO ENTRE ENSINO DE HISTÓRIA E HISTÓRIA PÚBLICA



A História Pública no Brasil está sendo refletida em diversos ambientes entre professores e historiadores nos últimos anos. A história pública tanto pode enveredar pelo caminho da difusão científica em espaços não acadêmicos e ambientes virtuais, como também construir projetos com diferentes sujeitos com vistas à produção de conhecimentos históricos, tecido de modo dialógico, colaborativo e coletivo, em diferentes lugares, inclusive na escola.  Pelo segundo viés, diz respeito à ação compartilhada tanto da produção como da difusão do conhecimento acerca do passado entre historiadores e sociedade. Isto requer ações conjuntas em diferentes ambientes, públicos e instituições, com participação efetiva de todos.

Conforme Ricardo Santhiago [2016] uma História Pública que seja construída não sobree nem para, mas com o público. Não é apenas criar um público e alcançar as audiências, mas é uma postura diante do outro que não o caracteriza somente com um objeto de pesquisa, mas também como sujeito da investigação e da reflexão de suas próprias experiências em relação ao passado. [SANTHIAGO, 2018].

A História sendo feita com o público se torna uma história colaborativa, que ao invés do público consumir os resultados da pesquisa, o mesmo faz parte do processo ativamente em um constante diálogo entre pesquisador e sujeitos. Com isso, esse novo caminho de conhecimento e prática em História se torna um processo que colabora para a reflexão da comunidade sobre sua própria história a relação entre passado e presente, enfim, de como tornar o passado útil para o presente [ALMEIDA, ROVAI, 2016]. É neste processo a História Pública convida o público para uma autoridade compartilhada, que implica em pensar em modos de produção de conhecimento histórico tecido no diálogo e na colaboração [FRISCH, 2016].

Dentro destas perspectivas, busca-se refletir sobre o Ensino de História na interface com a História Pública. O ambiente escolar oferece possibilidades de refletir o passado por meio de livros, filmes, documentários e música, por exemplo, e pode ser mais do que a mediação de conhecimento entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem. A sala de aula é repleta de estudantes com memórias, vozes e conhecimento sobre o passado que por muitas vezes são silenciadas em sala de aula.

Neste sentido, este texto tem como objetivo articular um tema histórico que reflete os usos do passado, memórias e imaginários em propostas de intervenções que dialogam com as perspectivas do Ensino de História e História Pública utilizando também as ferramentas digitais no processo de realização.

O tema a ser trabalho é referente à possível passagem do médico nazista alemão Josef Mengele no município de Mamborê, interior do Paraná, na década de 1950. O interesse pelo tema surgiu em razão de frequentes relatos populares, que ancorados em noticiários da mídia, apontavam que o médico nazista Josef Mengele teria adotado a identidade de Josef Kanat. Os mistérios que envolvem estes acontecimentos no município resultaram na construção de diversas histórias e relatos públicos.

A partir deste direcionamento temático, serão propostas intervenções que podem ser realizadas com professores, estudantes e comunidade. Com o uso da tecnologia no campo da História sendo algo que está ganhando espaço no meio acadêmico e escolar, essa proposta pretende utilizar esses recursos para partilhar conhecimentos históricos e desenvolver intervenções através das mídias digitais de forma colaborativa e participativa.

Os diálogos possíveis em uma nova esfera pública de compartilhamento do campo da História por meio da tecnologia são possíveis através das discussões de historiadores como Anita Lucchesi [2013] e Sergio Noiret [2015]. Estes autores refletem o campo da História e Historiografia Digital, buscando discutir sobre as ferramentas digitais, usos da tecnologia, avanços das redes de comunicações na internet e como o historiador e historiadora podem se utilizar dessa área para as práticas de divulgação da história, além de buscar a interação com o público neste processo. Ao utilizar este campo da História Pública Digital, concordamos com a premissa de Noiret de que existem potencialidades inexploradas no meio digital, que vão muito além de simplesmente comunicar, acessar e processar dados: novos sentidos são criados em cada relação tecnologicamente mediada – sentidos retóricos, políticos, históricos [NOIRET, 2015].

Para as intervenções com o uso da web, poder-se-á investigar com as atividades propostas a influência da mídia (especialmente de jornais e televisão) no imaginário popular e refletir as situações veiculadas nos meios de comunicação que motivaram os munícipes do referido município a imaginar que Josef Kanat seria Josef Mengele. É possível que o destaque à presença de refugiados alemães no Brasil e no estado do Paraná tenha ativado gatilhos mentais desde fins da década de 1980. Desta forma, podem ter ocorrido associações às experiências médicas em campos de concentração, tanto em relação à sua continuidade em cidades brasileiras, quanto às práticas médicas de Josef Kanat no município de Mamborê. Com isso, o imaginário coletivo em Mamborê pode estar vinculado à opinião pública, a qual pode ter sido impactada e influenciada pelos meios de comunicação. É imprescindível averiguar os efeitos da mídia sobre indivíduos e sociedade, bem como a subjetividade presente na interpretação de fatos disseminados pelo mass media.

É desta forma que o campo da História Pública, juntamente com as discussões de Ensino de História irão nos oferecer a possibilidade de ampliar o compartilhamento da temática dentro e fora do ambiente escolar. Com o uso da web é possível reunir diversos tipos de usos de mídia no mesmo espaço, como por exemplo, utilizar arquivos de áudios, sons, imagens, vídeos, podcast e ainda promover a dinâmica de interação entre o público de forma atual e prática. Além disso, compreendemos que não basta apenas utilizar as ferramentas digitais, acervos, sites ou blogs sem utilizar também as audiências nesse processo construtivo.

Josef Kanat x Josef Mengele: Breve contexto
Na década de 1950 no município de Mamborê, interior do Estado do Paraná, o médico alemão, Josef Kanat, que atendia a população na época deixou marcas profundas na vida de alguns mamboreenses. O médico realizava em seus atendimentos cirurgias sem anestesias e, na maioria das vezes com brutalidade.  Há três casos que foram mais emblemáticos e relatados pela população na época, sendo um parto, uma cirurgia de apêndice e um aborto. O parto de Íris Fantin [1956], no qual foi utilizado o uso de fórceps para realizá-lo, o que lhe acarretou problemas uterinos e também o corte da orelha de sua filha Zilda Fantin durante o procedimento cirúrgico. A cirurgia de apêndice de Antônio Lino, que provocou um buraco em seu abdômen, na qual não houve o uso de anestesia e o paciente havia sido amarrado. A morte de Sieglind Erica Pierburg, de 19 anos, que faleceu de complicações hemorrágicas decorrentes de aborto. Após este óbito, narra-se que Josef Kanat fugiu para o Paraguai e seus pertences foram recolhidos após alguns anos e não houve mais notícias de seu paradeiro.

Já na década de 1980, as atenções dos moradores desta cidade se voltaram para notícias da presença do médico nazista Josef Mengele no interior do estado do Paraná. Durante a Segunda Guerra Mundial, Josef Mengele era responsável por realizar experiências em seres humanos em campos de concentração. Ele distinguia as pessoas que poderiam servir às suas experiências científicas e outras que seriam designadas às câmaras de gás. De acordo com Gerald Astor [2008, p.101] “Auschwitz atraía Mengele pelas possibilidades de pesquisa que oferecia; era um laboratório lotado de cobaias humanas”. Além disso, Mengele chegou a resumir o horror do Holocausto, sendo que sua pessoa fosse uma das mais procuradas em todo mundo. Com a intensa publicidade e repercussão com que o assunto foi tratado nas mídias, o imaginário da população começou a ser reconstruído e a memória reavivada e reelaborada. Deste modo, observa-se que a comunidade associou as características de Josef Kanat, atribuindo à identidade de Josef Mengele.

O uso da web em atividades colaborativas: Propostas de intervenções
A docência é um campo capaz de expandir conhecimentos individuais e coletivos quando ela é produzida pensando nos sujeitos como atuantes e reflexivos dentro da sociedade. Para isso, não basta apenas este campo mediar e promover o conhecimento na sala de aula sem a participação coletiva dos presentes. É preciso ir além das perspectivas atribuídas no campo da docência, é preciso que o professor ou professora sejam ousados e criativos, saindo de seu nicho e buscando melhores ferramentas e reflexões que possam promover o conhecimento de forma compartilhada e colaborativa entre seus estudantes.
É claro que este trabalho não deve estar condicionado apenas para o professor e professora em sua prática dentro da sala de aula, para isto é preciso que a comunidade escolar e sociedade caminhem juntas no processo de produção de conhecimento dos sujeitos. Dessa forma, a busca por parcerias e contatos com outros ambientes e campos na promoção de uma educação de qualidade é algo importante para a escola e principalmente para os estudantes. Essas ações coletivas e parcerias podem resultar em diversas propostas favoráveis para o crescimento intelectual dos estudantes e indivíduos da sociedade.

O uso da tecnologia no ambiente escolar e no Ensino de História se tornou uma ferramenta indispensável nessas perspectivas de produção de conhecimento compartilhado. Digo isso, pois, com o uso da internet o estudante pode ir além do material proposto em sala de aula pelo educador, podendo expandir seus conhecimentos e disseminando o que também foi produzido em sala de aula para outros públicos. E isso é uma via de mão dupla, onde outros estudantes e sujeitos podem contribuir na formação ao compartilhar também experiências, relatos e materiais.

Ao caminharem juntas, Ensino de História e História Pública, os resultados relacionados a conhecimento histórico escolar podem ser gratificantes. A união dessas duas perspectivas irá promover o conhecimento construído em conjunto, tecida de relações dialógicas que coloca tanto estudante como educador em um processo intrínseco com saberes históricos e reflexões do passado e presente. 

Desta forma, para que esta intervenção ocorra de forma colaborativa e buscando o compartilhamento mútuo entre os participantes, recomenda-se que elas ocorram em até cinco encontros, podendo ser no ambiente escolar, sala de aula ou outro espaço que o grupo desejar. Esta intervenção é proposta para estudantes do Ensino Médio sendo realizada com a participação de membros da comunidade.

As fontes de pesquisa para a realização das atividades podem compreender em fotografias, notícias de jornais, livros, autobiografias, documentários, matérias em programas de televisão, depoimentos pessoais, blogs e redes sociais. Essas fontes irão proporcionar a reflexão dos materiais já produzidos e que estão disponíveis na comunidade e nos meios de comunicação. O mediador ou mediadora poderão utilizar as fontes disponíveis na web, basta realizar uma busca pelo tema e logo haverá os links com os materiais.

No primeiro ao terceiro encontro o objetivo da proposta consiste na apresentação da temática, contextualizando e apresentando as fontes e informações pertinentes para a execução das atividades. Nestes encontros poderão ser utilizados para o debate ferramentas tais como: fotografias, jornais, painéis e objetos que possam representar a temática através das fontes disponíveis. No decorrer destes encontros é possível realizar leitura, discussão e reflexão das fontes históricas em um debate compartilhado de saberes.Cabe o mediador (a) organizar a melhor forma de direcionar as discussões. Nessa análise os participantes poderão registrar suas reflexões por meio da oralidade ou escrita.

Além das fontes impressas, outras fontes como entrevistas, documentários e reportagens em programas de Tv, que foram reproduzidas abordando a passagem do médico nazista no Brasil e no interior do Paraná, podem ser utilizadas também. É possível refletir com os participantes os discursos dos sujeitos entrevistados, as histórias e memórias relatadas por eles.

A análise da autobiografia e livros já reproduzidos sobre a vida de Josef Mengele é recente e são importantes para compreender sua vida antes e pós-segunda Guerra Mundial e sua fuga para os países da América Latina. Com isto, é possível analisar sua trajetória nos períodos que supostamente estaria no município de Mamborê, questionando datas e locais. As seguintes obras selecionadas fazem parte do material a ser discutido nas intervenções sendo: “Os escritos autobiográficos de Josef Mengele” de Helmut Galle [2011], “A história completa do Anjo da morte de Auschewitz” de Gerald L. Posner e John Ware [2019], “O desaparecimento de Josef Mengele” por Oliver Guez [2019] e o “Mengele, o último nazista” de Gerald Astor [2008].  Caso não possuir os livros, há diversos artigos que relatam a vida de Mengele e sua vida na América Latina, o importante é compreender como foi sua vida e sua fuga.

As fontes poderão ser refletidas e analisadas em conjunto entre os participantes, onde cada um pode contribuir com sua reflexão pessoal e coletiva. Essa reflexão poderá também ser registrada por meio da oralidade ou escrita. Essas análises serão importantes para problematizar se essas fontes foram influenciadoras na construção do imaginário na década de 1980 e se há ainda essa influência mediática nos dias atuais que contribuem para que essa memória seja reavivada constantemente.

Após os três primeiros encontros que envolvem a reflexão da temática de forma compartilhada e colaborativa no tempo e espaço do grupo participante, para que a proposta possa atingir um número mais amplo de debate e discussões é que serão utilizadas as ferramentas da web.  Por meio da rede social Facebookpode ser criado um grupo em modo público para que demais sujeitos possam ter contato com as fontes e material encontrado pelos participantes.

A rede social é escolhida para essa produção por seus recursos disponíveis que facilitarão a difusão do material produzido nas intervenções, além de não haver custos em sua utilização. Todas as fontes podem ser digitalizadas para o armazenamento na rede. Desta forma, os sujeitos poderão também compartilhar suas experiências e relatos com as fontes que obtiveram acesso.

A criação de grupo no Facebook faz parte do quarto encontro, onde as pessoas poderão se reunir para inserção das informações produzidas nos encontros anteriores. Fica ao critério dos participantes quem irá administrar o grupo público do Facebook.  Essa etapa exige dos participantes as perspectivas de autoridade compartilhada, pois cada membro poderá colocar seu relato e experiência no grupo e as informações que considerarem importantes para reflexão da temática. Além disso, serão disponibilizados os recursos e materiais que foram utilizadas nos encontros para que os demais participantes virtuais possam ter acesso e assim realizar suas reflexões.

O objetivo da criação do grupo no Facebook é para atingir o máximo de pessoas que estão conectadas por essa rede. As pessoas ao inserir os documentos digitalizados, fotografias, suas análises e reflexões sobre o caso poderão compartilhar com diversas públicos suas experiências em relação ao tema. De forma investigativa, essa prática poderá fomentar em outros sujeitos a buscarem por mais informações e reflexões que levem a problematizar o caso e o mistério que envolve a passagem de um nazista na região.

No quinto e último encontro, para finalizar as intervenções, é possível solicitar aos participantes que seja produzido vídeos, narrando à experiência individual de cada um e também experiências coletivas. Caso o participante não opte por essa atividade, solicite que produza um material impresso ou online que contemplem todas as discussões e experiências. O importante para finalizar as intervenções é frisar que estas atividades precisam ser construídas em conjunto. Posteriormente, elas poderão ser disseminadas em blogs, sites ou até mesmo no grupo do Facebookpara que demais pessoas tenham acesso às reflexões dos participantes e possam também colaborar com comentários e percepções.

Com os usos dessas fontes, tanto materiais como virtuais, são fundamentais para promover à reflexão entre os sujeitos da comunidade. Essa reflexão e experiência reproduzida e compartilhada por meio da utilização dessas ferramentas tecnológicas atuais fazem parte da prática colaborativa e participativa que está de encontro com as perspectivas do Ensino de História e História Pública.O objetivo é usufruir recursos disponíveis que possam conectar diferentes públicos na promoção de diálogos referentes a temas históricos.

Os sujeitos quando se reportam ao passado em busca de respostas e afirmações, refletem lembranças e experiências e repassam para os demais, que inconscientemente absorvem e reproduzem as narrativas. Ao absorverem as memórias de outro indivíduo e grupo, o sujeito pode refletir sobre novos fatores e a contextualizar as narrativas históricas produzidas, obtendo a consciência histórica. Para Jörn Rüsen, a consciência histórica é umas das “operações mentais com as quais os homens interpretam sua experiência da evolução temporal de seu mundo e de si mesmos, de forma tal que possam orientar, intencionalmente, sua vida prática no tempo” [RUSEN, 2010, p. 57].

Pensar no Ensino de História na atualidade é refletir como o conhecimento histórico pode avançar e expandir para um público muito maior que a sala de aula.  A História Pública se torna um caminho para reflexão dentro dessas perspectivas de ensinar, compreender e compartilhar conhecimento histórico não somente no ambiente escolar.

O Ensino de História sendo refletido com as perspectivas da História Pública em relação à produção de autoridade compartilhada e colaborativa no ato de produção de conhecimento histórico e educacional é promissor, pois tanto estudantes como professores e sujeitos da comunidade são sujeitos ativos desse processo. Nesta perspectiva, que este artigo, apresentou a proposta de intervenções educativas que buscam promover diálogos e reflexões com a escola e comunidade numa perspectiva colaborativa de saberes, que resulta na reflexão do passado e do presente simultaneamente.

REFERÊNCIAS
Jocimara Maciel Correia. Mestranda no Programa de História Pública pela UNESPAR, membro do Grupo de Pesquisa História Pública na linha de pesquisa Memória e Espaços de Formação. Graduada em História pela Universidade Estadual do Paraná, UNESPAR, (2016), especialista em História das Revoluções e Movimentos Sociais pela Universidade Estadual de Maringá, UEM (2018) e, Geografia, Meio Ambiente e Ensino pela UNESPAR, (2018).

ALMEIDA, Juniele Rabêlo de. Práticas de história pública: O movimento social e o trabalho de história oral.  In: MAUAD, Ana Maria; ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; Santhiago, Ricardo. (Orgs.) História Pública no Brasil. Sentidos e Itinerários. São Paulo: Letra e Voz 2016.

ASTOR, Gerald. Mengele o último nazista. São Paulo: Planeta, 2008.
FRISCH, Michael. 2016. "A história pública não é uma via de mão única, ou, De A Shared Authority à cozinha digital, e viceversa". In: MAUAD, Ana Maria; ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; SANTHIAGO, Ricardo. História pública no Brasil: Sentidos e itinerários. São Paulo: Letra e Voz, 2016, p. 5769.

LUCCHESI, Anita. História e Historiografia Digital: diálogos possíveis em uma nova esfera pública. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 27, 2013, Natal. Anais do XXVII Simpósio Nacional de História: Conhecimento histórico e diálogo social. Natal: ANPUH, 2013. Disponível em: <http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1372190846_ARQUIVO_AnitaLucchesi-HistoriaeHistoriografiaDigital-dialogospossiveisemumanovaesperapublica-ANPUH2013-final.pdf>. Acesso em: 20 de Janeiro de 2020.


NOIRET, Serge. História digital pública. Liinc em Revista, v. 11, p. 28-51, 2015.

RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: fundamentos da ciência histórica. 1ª reimpressão. Brasília: Editora UNB, 2010.

SANTHIAGO, Ricardo. Duas palavras, muitos significados. Alguns comentários sobre a história pública no Brasil. In: MAUAD, Ana Maria; ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; Santhiago, Ricardo. (Orgs.) História Pública no Brasil. Sentidos e Itinerários. 2016. p. 23-36.

SANTHIAGO, Ricardo. História pública e autorreflexividade: da prescrição ao processo. Tempo e Argumento, 2018, 10.23: 286-309.

2 comentários:

  1. Bom dia Jocimara, interessante sua pesquisa, principalmente pelo fato dela partir de uma investigação e reflexão das experiências do passado mas que refletem no presente de uma forma muito consistente na vida das pessoas do local da sua pesquisa. As memórias e o imaginário são muitos, e se pensarmos na perspectiva de experiência a partir do Larrossa, que seria aquilo que nos passa, que toca profundamente, vem minha pergunta, você acredita que as experiências das pessoas envolvidas e que vão ser levadas nas intervenções para a reflexão, vai gerar uma nova experiência para quem for analisar e estudar?
    Muito obrigada.

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  2. Bom dia Ana, obrigada pelas considerações.
    Acredito que com as novas experiências abrirá outras possibilidades de reinterpretação da temática, tendo em vista que a própria experiência individual e coletiva se alteram diante novas reflexões e perspectivas, dessa forma, com novos olhares, novas reflexões possibilitará novas experiências, tanto para os participantes, quanto para quem for se aprofundar com a temática.
    Jocimara Maciel Correia

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