Bruna Carolina Marino Rodrigues


O USO DO PODCAST NO ENSINO DE HISTÓRIA DO BRASIL




Neste texto pretende-se fazer algumas reflexões sobre o uso do podcast no ensino de história, demonstrando como ele pode ser um recurso didático importante para a aprendizagem histórica. Essa experiência foi realizada em uma escola do interior de São Paulo, Escola Municipal de Ensino Fundamental II “Dr Waldomiro Gallo”, localizada no munícipio de Guapiaçu , com alunos do 9º ano. Ao apresentar esse texto buscou-se colocar em debate as novas possibilidades de se utilizar os recursos tecnológicos em  sala de aula, evidenciando que para além de um recurso didático, o podcast,  também possibilita ao professor(a) a produção de conteúdo em formato de áudio utilizando o ensino híbrido ( blended learning) em sua prática pedagógica.

De acordo com Jörn Rüsen (2001) no âmbito dos princípios do pensamento histórico há um ponto em que as funções da historiografia se referem aos interesses do conhecimento histórico e que se manifestam na contemporaneidade como uma inquietação por mudança, uma vez que o conhecimento histórico é posto em movimento pelas problemáticas da contemporaneidade. Dessa forma, novos interesses surgem das carências de orientação de homens e mulheres no tempo propiciando que novas questões sejam elaboradas pelos historiadores que produzem novas representações do que é histórico na experiência com o passado.

Neste contexto, à luz das discussões levantadas por Jörn Rüsen (2001), procurei fundamentar minhas reflexões a partir das problemáticas do tempo presente, no contexto, da cultura digital e de suas implicações para o ensino de História. De modo que como professora-historiadora, que atua diariamente em  sala de aula e convive com os hábitos e comportamentos dos alunos, pude observar como a dinâmica da cultura digital têm transformado as redes de sociabilidades dessas crianças e jovens, bem como tem resultado em novas formas de acesso as informações, principalmente quando se trata das redes sociais que se tornaram o lugar privilegiado para acesso a informações e para entretenimento.

O conhecimento histórico está na rede circulando pela web em sites e redes sociais de diversas formas, sendo reconstruído e recontado, o que por sua vez gera inúmeros impactos na consciência histórica dos alunos, o que implica em reconhecer o papel das mídias na circulação da História na sociedade (RÜSEN, 2006) e com isso buscar compreender o modo como esses discursos que circulam na web afetam a forma como nossos alunos apreendem História, bem como esses recursos tecnológicos podem ser usados a nosso favor para uma aprendizagem significativa.

Práticas Digitais entre crianças, jovens e professores no Brasil
Nas últimas décadas a educação tem sentido os impactos das transformações tecnológicas na sociedade, a cada ano as mudanças se tornam mais rápidas e intensas, sobretudo, porque a geração de crianças e jovens na sala de aula estão imersos nas práticas digitais, vivenciando uma cultura dual (CHARTIER; LAS HERAS, 2001) entre a cultura escrita e a cultura digital.

Crianças e adolescentes têm integrado cada vez mais práticas digitais em seus cotidianos, principalmente pelo barateamento de celulares como smartphones e do acesso à internet 3G e 4G, favorecendo então, a sua imersão na produção e disseminação da cultura digital. Segundo a pesquisa TIC Kids Online (2018) , cerca de 86% das crianças e adolescentes, entre 9 e 17 anos,  em 2018,  eram usuários ativos da internet.

Os professores, por sua vez, são os agentes mais impactados pelas consequências dessa nova realidade, principalmente pela questão geracional, falta de infraestrutura e suporte pedagógico para sua formação. De qualquer forma, se no final do século XX um dos principais problemas do Brasil para atingir uma educação de qualidade era combater o analfabetismo e promover a valorização profissional docente. No século XXI, se somam a eles e ao cotidiano dos professores as problemáticas que advêm do universo tecnológico e em como integrar essas tecnologias digitais em suas práticas pedagógicas.

Segundo a pesquisa TIC Educação (2018) os professores do Brasil têm superado esses desafios buscando apoio na internet para utilizar as tecnologias digitais em sala de aula através de vídeos ou podcastcom tutoriais on-line . Neste contexto, tanto vídeos como podcasttêm se tornado ferramentas para aprendizagem de professores e dos seus alunos, demonstrando então, que as tecnologias estão sendo integradas ao universo dos professores e dos estudantes.

Uso das mídias no ensino de História
As mídias na sociedade sempre exerceram uma função importante para as mudanças sociais, muitas vezes atuando como forma de dominação das massas através do poder da comunicação ou ainda como aglutinadora da voz da população em prol de um benefício comum. Segundo Peter Burke e Asa Briggs (2002) o conceito de mídia surgiu no século XX com o rádio, cinema e televisão. Neste sentido, o conceito de mídia passou a significar toda forma de comunicação verbal, não verbal, sonora ou escrita, possibilitando que pesquisas de outros tempos históricos pudessem ser pensadas e revisitadas utilizando esse conceito.

A prensa gráfica na Europa Moderna, por exemplo, permitiu o surgimento da mídia gráfica revolucionando não apenas a escrita com os livros, mas também estimulando a construção de um sistema de comunicação de mensagens para a população através da imprensa. As mídias, então,  sejam as tradicionais ( impressa, cinema, rádio e televisão) exercem um papel fundamental na produção material e simbólica das sociedades ao longo dos tempos, compreendendo-as como um importante lócus de mobilização popular e de opinião pública. 

A História, neste contexto, buscou também se apropriar das mídias para compreender  como os fatos ocorreram no passado e como se desdobraram no tempo presente. Historiadores por muito tempo tiveram na mídia impressa e oficial sua única fonte legítima de comprovação.Todavia, no século 20 com o movimento dos Annales e com os avanços tecnológicos outras fontes foram sendo incorporadas ao discurso histórico como: os registros do rádio, cinema, televisão e nos últimos anos as fontes digitais (RODRIGUES, 2019).

Durante os anos de 1990 a internet através dos seus protocolos fez com que a informação chegasse a word wide web e as suas páginas de modo instantâneo, conectando os centros de pesquisas, arquivos, bibliotecas e universidades do mundo. O conhecimento poderia ser transmitido no ciberespaço, circulando e alimentando os conteúdos da rede.

A grande capacidade de armazenamento da memória possibilitou que pela linguagem básica de 1s e 0s bits toda uma produção material e imaterial da humanidade fosse digitalizada em ambiente virtual.  As bibliotecas, arquivos e museus têm gerado uma grande massa de informações e conhecimentos, bem como a digitalização de seus acervos engendraram uma nova categoria de fontes históricas para os historiadores, os documentos digitais e os born digital (ARÓSTEGUI, 2006; ALMEIDA, 2011), são aqueles que “nascem” da web, como as mídias sociais ( redes sociais, blogs e os mais variados sites da web).

As mídias sociais contribuíram então para modificar esse cenário ao reorganizar a comunicação humana por meio da cultura digital. Os telespectadores das tradicionais mídias se tornaram produtores de conteúdos e produtos para a web e seus mercados.  

No ensino de História as fontes escritas tradicionalmente têm sido utilizadas pelos professores em suas aulas de História. Encontramos documentos escritos e imagens (ilustrações, gravuras, pinturas e fotografias) utilizados como recursos didáticos em livros didáticos ou em coletâneas que selecionam textos escritos de diversas naturezas como: textos legislativos, literários, artigos de jornais, artigos de revistas ou letras de músicas (BITTENCOURT, 2011, p.355).

O cinema e os audiovisuais tem sido muito utilizado pelos professores de história, filmes, documentários, séries e novelas de televisão têm sido empregados pelos professores de história, como artefatos culturais, produtos de seu tempo, e que apresentam certa realidade histórica sobre o passado. A música têm se tornado objeto de pesquisa para História e o para o ensino de história, como documento e recurso didático, permitindo a nós professores  uma maior aproximação do universo cultural dos jovens, sobretudo, porque as tecnologias digitais possibilitaram o maior acesso a população as músicas que desde os anos 2000 estão sendo disponibilizadas em diversos formatos como MP3, MP4 e em plataformas de vídeos e de músicas como Youtube e Spotify.
Neste contexto, surge a mídia podcast (arquivos de áudio) disponibilizados por pessoas, programas de entretenimento e jornalísticos para divulgação de algum conteúdo ao público. Assim, o podcast é uma mídia transmitida via feedRSS (Really Simple Syndication) em que se disponibiliza áudios para download.O conceito de podcast foi atribuído a um ex-vj da MTV Adam Curry, que criou o primeiro agregador de podcast em uma linguagem computacional, o Applescript, disponibilizando conteúdos em áudio através da internet. Sua popularização ocorreu primeiramente através do uso do iPod (SOUZA, 2017), posteriormente vários aparelhos com suporte para MP3 e MP4 surgiram possibilitando o maior acesso da população a esse tipo de mídia. Nos últimos anos com o avanço das tecnologias digitais e o surgimento dos serviços de streaming ( distribuição de conteúdo multimidia pela internet), a mídia podcasttêm crescido no Brasil, principalmente entre os jovens. No cenário científico, o podcast têm sido uma importante ferramenta de divulgação científica à população.

No Brasil do total de 120 milhões de usuários da internet , cerca de 50 milhões já ouviram algum podcast pela internet. Os jovens são a maioria no uso desse tipo de mídia. Segundo pesquisa do Ibope (2019) a preferência pelo podcast esteve relacionada a suas facilidades e funcionalidades de uso através do celular, sendo o equipamento mais usado pelos brasileiros para o acesso aos podcasts, além disso a possibilidade de escolher aquilo que quer ouvir atrai os jovens. Desse modo, visando então, se aproximar do universo cultural de meus alunos percebi que o podcastpoderia ser um recurso didático importante para a aprendizagem em minhas aulas.

Utilizando tecnologia na prática pedagógica: o podcast
O ensino híbrido tem ganhando força no cenário mundial na última década, como parte das chamadas metodologias ativas, que buscam estimular o protagonismo e autonomia dos alunos para o aprendizado, principalmente dispondo do uso das  tecnologias digitais. De modo que, as metodologias ativas não estão fechadas em um único significado e buscam desafiar os alunos com práticas de investigação que os levem a soluções de problemas da vida prática (MORAN, 2013). 

Não podemos esquecer que Paulo Freire (2009) já advogava em favor de uma educação que levasse em conta o protagonismo dos alunos em suas aprendizagens, sobretudo, através de suas experiências, isto é, que suas histórias estivessem conectadas aos seus estudos propiciando assim um significado para suas vidas. Na esteira dos estudos de Paulo Freire, nas últimas décadas no campo do ensino da História buscou-se também estimular a  autonomia e protagonismo dos alunos em suas aprendizagens em História, valorizando o conhecimento prévio dos estudantes diante das suas variadas realidades socioeconômicas. (BITTENCOURT, 2011; CERRI, 2011, RAMOS, 2012; MONTEIRO et al, 2007; SCHMITD, CAINELLI, 2004).
Nesse sentido, o ensino híbrido ( blended learning) é uma forma de combinar (mixar) aprendizagens que ocorram em sala de aula (offline) com práticas que sejam na internet (on-line) buscando a complementariedade dessas ações, objetivando a autonomia e o senso de responsabilidade dos alunos em relação a sua aprendizagem. Com isso, ao buscar compreender os gostos, opiniões, hábitos e comportamentos dos alunos do 9º ano do ensino fundamental II,  pude me deparar com esse novo universo cultural  que advém da cultura digital, onde surgem práticas digitais configuradas pelas tecnologias e pelas novas funcionalidades do uso dessas ferramentas. Sendo assim, o professor como investigador social deve aprender a interpretar esse mundo cultural dos jovens, para que mergulhando em seu universo possa compreender e transformar positivamente suas concepções de mundo (BARCA, 2004).

A ideia de utilizar o podcastsurgiu através de uma conversa com os alunos sobre como os jovens estão mudando seus hábitos em relação a leitura. Muitos me indagaram como era na minha época, contei para eles e disse que sou da geração MP3 dos anos 2000, do começo da popularização das tecnologias e da internet discada no Brasil. No meio da discussão chegamos a debater a quantidade de informações ao nosso redor e sobre as Fake News até que chegamos no podcast. Nesse momento, percebi que a maioria deles já tinha utilizado essa mídia, principalmente para acessar notícias jornalísticas ou informações sobre músicas, séries ou filmes.

A partir daí, a ideia foi se materializando e percebi que ao utilizar essa mídia poderia estimular o “ato da escuta” e da oralidade deles visando compreender também como esses jovens nos últimos anos têm aprendido História através da cultura digital. A ideia era de que eles começassem a se apropriar das ferramentas tecnológicas para buscar conhecimento e não como um mero suporte para o entretenimento. Por isso, a prática de ouvir músicas e notícias, poderia ser utilizada também para o estudo da História.

No entanto,  sabemos hoje da imensa dificuldade  de fazer com que nossos alunos leiam e temos consciência que nas ciências humanas a leitura é essencial, sem ela não há interpretação, compreensão e aprendizagem em  História. Para isso, a prática de leitura sempre esteve integrada a esse processo de aprendizagem, ela é a base para que os alunos tenham uma aprendizagem de História significativa. Essa experiência de aprendizagem abrangeu um período de 1º bimestre, sendo realizado no 4º bimestre de 2019. Neste contexto, foi trabalhado com os alunos do 9º ano “História do Brasil- Democracia e Desenvolvimentismo (1946-1964), Ditadura Militar (1964-1985), Redemocratização e Brasil Recente”.

A professora trabalhou no formato de uma série com 5 episódios lançados a cada 15 dias. Os podcasts foram divulgados para os alunos via rede social WhatsApp por meio de um grupo informal da turma. Neles a professora montou um roteiro com o conteúdo trabalhado em sala de aula. Para produzir  o áudio decidi que trabalharia com questões que os alunos tiveram maiores dificuldades ou que não foram aprofundadas em sala de aula. A gravação foi feita utilizando o celular da docente e o aplicativo de gravação de áudio. As músicas foram inseridas utilizando o aplicativo do gravador de voz.

Os primeiros áudios tinham duração de 10 a 15 minutos, mas percebi que áudios grandes não eram escutados até o final, então mudei de estratégia e decidi fazer com no máximo 6-7 minutos. Editei os áudios inserindo músicas do período estudado, por exemplo, quando falamos sobre a Campanha de Jânio Quadros para a presidência em 1960 utilizei a música de campanha “Varre, varre, vassourinha”. Esse podcast foi particularmente interessante pelo tipo de discussão que abrangeu a política, o sistema eleitoral brasileiro e as formas de se chegar ao poder, no caso eles relacionaram com a permanência de jingles para campanhas eleitorais até hoje em sua cidade conectando passado e presente.

No podcast 3 em que foi tratado sobre Jango e seu discurso na Central do Brasil inseri a gravação original daquele discurso possibilitando que os alunos se transportassem para aquele tempo histórico e pensassem sobre as circunstâncias para o golpe militar de 1964. Outra experiência positiva foi o áudio 4 “ Músicas como forma de resistência à Ditadura no Brasil” em que comecei com a música “Cálice” Chico Buarque e muitos alunos não conheciam esse repertório cultural.  Muitos chegaram no dia seguinte com informações pesquisadas em casa sobre as músicas, isto é, o podcast foi importante, pois estimulou sua curiosidade e busca por informações de maneira autônoma, os alunos, neste contexto, são os agentes de sua formação (BARCA, 2004).

Essa experiência de aprendizagem utilizando as tecnologias digitais e as novas mídias como o podcast foi enriquecedora, eu como professora consegui me conectar mais aos meus alunos através dessa ferramenta. Todo o processo de produção também foi acompanhado por eles, que me auxiliariam em muitos aspectos, como na edição de músicas. Para os alunos que não tinham acesso ao celular, contei com a colaboração dos outros estudantes. Essa troca de conhecimentos fortaleceu nossos laços e estabeleceu um ambiente de trocas mútuas e respeito entre a professora e os alunos.

Portanto, mergulhar no universo cultural desses jovens, aprender com eles e me desafiar produzindo conteúdo foi um estímulo para se pensar novas formas de se usar a tecnologia nas aulas de História. Além disso, o podcast como recurso didático estimulou  a autonomia investigativa dos alunos incentivando sua criatividade e imaginação, permitindo que eles se transportassem a outros tempos e lugares. Vejamos, que essa etapa de produção foi realizada pela docente, a meta agora será de realizar essa experiência em forma de oficinas para que os alunos produzam o podcast, seja em formato de séries, radionovelas ou  sobre fatos históricos.

Conclusões
As tecnologias digitais podem abrir um novo horizonte de possibilidades para o ensino de História. Além de ser um novo meio de pesquisa e busca das informações, podemos utilizar inúmeros recursos como fontes digitalizadas, produção de vídeos, podcast,aplicativos sobre história, quiz, jogos e as bibliotecas digitais, que quando inseridas na prática docente podem interferir positivamente no processo de aprendizagem dos alunos.

Como vimos, o ensino híbrido demonstrou ser uma forma interessante para estimular os alunos a uma aprendizagem autônoma e responsável, onde eles são os sujeitos de suas aprendizagens. O podcast evidenciou também ser um recurso didático importante que possibilitou a professora trabalhar com a oralidade, o ato de ouvir incentivando a expressão e a comunicação dos alunos em sala de aula.

Essas mudanças culturais provocadas pelas mídias e tecnologias geraram sujeitos com novas habilidades e diferentes formas de compreender o mundo. Essas transformações exigiram que nós professores ultrapassemos a visão negativa das mídias e das tecnologias. Para que assim possamos compreender as configurações dessas culturas emergentes e assim estabelecer um diálogo frutífero com nossos alunos (BITTENCOURT, 2011, p.108).

Em tempo de pandemia e crise sanitária, nós professores estamos sendo desafiados a utilizar as novas tecnologias e formas de aprendizagem on-line e a distância com nossos alunos. É uma questão muito importante e que merece nossa atenção e reflexão sobre quais caminhos a percorrer e das consequências dessas mudanças para o ensino e aprendizagem dos nossos estudantes. Portanto, esse texto, pretendeu elucidar um caminho possível para se aproveitar as potencialidades das mídias e das tecnologias na educação, não nos esquecendo também de suas contradições. Afinal, pensando em compartilhar minha experiência espero que esse texto possa inspirar outros professores(a) em suas histórias!

Referência
Ma. Bruna Carolina Marino Rodrigues, professora da rede pública municipal. Graduada em História (2016) e Mestra em História Social (2019) pela Universidade Estadual de Londrina. Pesquisadora das fontes digitais e do ofício dos historiadores na cultura digital. Atualmente têm pesquisado o impacto da desinformação no contexto social brasileiro e as possibilidades do uso da tecnologia na prática pedagógica dos professores de História.

Bibliografia
ALMEIDA, Fábio Chang. O historiador e as fontes digitais: uma visão da internet como fonte primária para pesquisas históricas. Revista AEDOS, n.8, v.3, 2011.

ARÓSTEGUI, Julio. A pesquisa Histórica: teoria e método. Bauru, Sp: Edusc, 2006.
BARCA, Isabel. Aula Oficina: do Projeto à Avaliação. In: Para uma educação de qualidade: Atas da Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga, Centro de Investigação em Educação (CIED) /Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2004.
BITTENCOURT, Circe M. Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. 4° ed. São Paulo. Cortez, 2011.
BURKE, Peter; BRIGGS, Asa. Uma história social da mídia: de Gutenberg à Internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
CERRI, Luis Fernando. Ensino de História e Consciência Histórica. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011.
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COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas brasileiras : TIC Educação 2018.Coord. Alexandre F. Barbosa. São Paulo: CGI.br, 2019. Disponível em: https://cetic.br/media/docs/publicacoes/216410120191105/tic_edu_2018_livro_eletronico.pdf. Acesso em 03/01/2020.
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DURAN, M. R. C.
; MOLINA, A. H. . Literatura, tecnologia e inclusão de deficientes visuais no ensino de História: o que acontece quando Shakespeare vai à escola?. In: BEGO, Amadeu M. et al (Org.). PRÊMIO PROFESSOR RUBENS MURILLO MARQUES 2016: Experiências docentes em licenciaturas. 50ed.São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 2016.
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MONTEIRO, Ana Maria; GASPARELLO, Arlette Medeiros; MAGALHÃES, Marcelo de Souza (Orgs.). Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad, 2007.
MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. Blog Educação Transformadora, 2013. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_moran1.pdf  Acesso em 03/01/2020.
RODRIGUES, Bruna Carolina Marino . NAVEGANDO PELO PASSADO : REDES SOCIAIS E OS PROBLEMAS DA HISTORIOGRAFIA NA ERA DIGITAL. Dissertação de Mestrado apresentada ao programa de História Social do Departamento de História da Universidade Estadual de Londrina, como requisito à obtenção do título de mestre em História Social, Londrina, 2019.
RAMOS, Márcia Elisa Teté. O estudante de Ensino Médio nas comunidades virtuais “eu amo história” e “eu odeio história” e uma questão antiga: para que serve a história? Antíteses, v. 5, n. 10, p. 665689, 2012.
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SOUZA, Raone Ferreira. O PODCAST NO ENSINO DE HISTÓRIA E AS DEMANDAS DO TEMPO PRESENTE: QUE POSSIBILIDADES? Transversos: Revista de História.  Rio de Janeiro, n. 11, dez. 2017.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004.
PIAUÍ. Quatro entre dez internautas já ouviram Podcast no Brasil. Revista Piauí, 2019. Disponível em : https://piaui.folha.uol.com.br/quatro-em-cada-dez-internautas-ja-ouviram-podcast-no-brasil/. Acesso em 28/3/2020.

21 comentários:

  1. Prezada Bruna. Parabéns pela sua iniciativa. Gostaria de saber um pouco mais sobre a dinâmica pedagógica. Um pouco o passo a passo da atividade que vc fez. Como foi a atividade de "fazer junto com o aluno"? Como eles participaram? Vc conseguiu deixá-los pensar e sentir que eles fizeram o podcast? Como foi isso? Obrigado. Bruno Flávio Lontra Fagundes (UNESPAR-PR)

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    1. Oi Bruno Bom dia. Obrigada =). A ideia surgiu de uma conversa com meus alunos do 9º ano e sim eles sentiram que a realização do podcast foi inspirado neles e em nosso debate acerca desse universo da cultura digital. A prática pedagógica se deu da seguinte maneira: eu realizei a confecção do podcast com instrumentos fáceis como o gravador do celular. Daí que vêm, os alunos como meus mentores, porque no caso eu senti dificuldades na edição e eles me auxiliaram. Essa construção ocorreu na sala ou no grupo pelo Whatsapp. Foi essa troca que foi muito interessante, você deixa que eles te ensinem. Isso foi muito bacana. Em relação a dinâmica, assim que surgiu a ideia eu materializei no formato de um plano de aula com alguns objetivos a serem cumpridos e o roteiro relacionando com o conteúdo. Mais acredito que meu grande desafio agora é que eles produzam, que eles façam seu passo a passo. A ideia seria realizar ao longo desse ano, eu ainda não executei. Mas talvez possa ser interessante agora, o que acha?

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    2. Oi Bruna.. acho ótima a confeecção do podcast, com eles te ajudando. Não precisa ficar angustiada de saber fazer tudo, se não não haveria troca. Cada um dá o que sabe. Vc pode usar também de arquivos de áudios que tem na Web, áudio de arquivos e museus ... e aí vc entra com a parte que vc sabe, e eles não sabem. Cada um dá o que sabe .. se não for assim, não há troca. Acho que seja possível eles fazerem, MAS COM UMA SUPERVISÃO SUA, de modo que vc fique numa posição de deixá-los em liberdade, mas não em tanta liberdade que eles achem que pode fazer sem vc. As coordenadas vc oferece, embora eles façam.

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  2. Caro Bruna, acho sua proposta interessante. Levando em conta a dinâmica da cultura digital, não seria mais conveniente criar o mesmo conteúdo com os alunos? De uma subjetividade juvenil, não seria importante começar pelos significados e significados que eles têm sobre a realidade para se aprofundar em questões e fatos históricos? Convido você a ler meu artigo para que possamos construir juntos.

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  3. Caro Bruna, acho sua proposta interessante. Levando em conta a dinâmica da cultura digital, não seria mais conveniente criar o mesmo conteúdo com os alunos? De uma subjetividade juvenil, não seria importante começar pelos significados e significados que eles têm sobre a realidade para se aprofundar em questões e fatos históricos? Convido você a ler meu artigo para que possamos construir juntos.

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    1. Olá Iago. Sim as desigualdades sociais com essa pandemia são gritantes, sobretudo, em termos de acesso a celulares, computadores e principalmente a internet. É uma questão complexa. Eu leciono em uma escola de interior rural onde 50% dos alunos moram em sítios onde a internet não chega e se chega aquela satélite cai e é instável. A questão socioeconômica também é um fator que consideramos porque muitos não tem celular ou se tem não tem o capital para sempre colocar créditos. O que fazemos aqui, por enquanto, é proporcionar a eles um material impresso. E trabalhamos com os pais que tem acesso a celulares e com isso podemos dialogar dessa forma, com áudios explicativos e tirando dúvidas. Talvez essa seja a grande questão para se pensar no futuro em relação ao acesso igualitário a tecnologia. Que os órgãos públicos proporcionem esse acesso com wi-fi de qualidade. Bom antes da pandemia e eu meus alunos sempre recorríamos a sala de informática. Para você ter uma ideia muitos estavam apreendendo o básico em relação a essas novas ferramentas. Por outro lado, o celular é uma ferramenta que pode ser um ótimo facilitador, percebi que muitos alunos da minha sala têm e por isso estávamos trabalhando muito através de seu uso. Mais é um aprendizado, acredito que o ensino hibrido será cada vez mais presente nas salas de aula e isso é importante, porém, teremos que trabalhar com a questão das desigualdades digitais. É urgente.

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  5. Bom dia, prezada

    Muito me apetece seu trabalho. Sua discussão teórica é boa, além de melhor aplicação metodológica do podcast. Bem, você falou no Rusen, autor que menciona a seguinte questão: a aprendizagem histórica acontece em três movimentos (orientação, interpretação e experiência no tempo). Dito isto, como você percebeu em seus alunos o desenvolvimento desses três aspectos ao longo da sua série de podcasts?

    Parabéns pelo trabalho,
    Danilo Sorato Oliveira Moreira.

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    1. Muito Obrigada Danilo, fico muito feliz pelo seu comentário. Assim como você citou esses três movimentos que dão característica a aprendizagem histórica ocorreram de diversas formas e em ritmos diferentes. Muitos alunos, por exemplo, apresentaram já no primeiro podcast, esses três aspectos ( experiência, interpretação e orientação histórica) nos debates que fazíamos em sala, logo após eu disponibilizar para eles o material, isto é, em sua comunicação, pude avaliar que a aprendizagem histórica em muitos já acontecia naquele primeiro momento. Por outro lado, outros alunos foram demonstrar esses três aspectos nas atividades escritas e também na prova bimestral, que estava relacionada a esses assuntos. A competência de orientação, posso dizer era o que iniciava-se o processo, porque eu sempre relaciono situações cotidianas do presente dele e peço para que falem de suas vidas, para que aquele conteúdo tenha um sentido histórico. Portanto, apesar de relacionados os três aspectos, percebi que era pela competência de orientação que a aprendizagem se iniciava. Acredito que obtive uma aprendizagem histórica satisfatória, principalmente porque a maioria ficou com ótimas notas. E até ouvi de um aluno, que foi pelos Podcast que gostou de estudar.

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  6. Olá Bruna, parabéns pelo texto e pela inciativa. Me identifiquei com algumas partes do seu texto, pois também fiz um projeto semelhante para meus alunos. Os pontos mais dificultosos que encontrei nesse tipo de atividade são as relações e diálogos com os temas abordados e a falta de interesse alguns alunos mais tímidos ou relapsos em atividades em grupo. Poderia comentar mais um pouco sobre como superou problemas parecidos ou de natureza adversa?

    Alesy Soares Oliveira

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    1. Olá muito obrigada ! Fico feliz que tenha se identificado professor. Bom a sala de aula é diversa com muitas personalidades. É comum igual você mencionou a falta de interesse dos alunos por certos assuntos e eu senti sim essa diferença, mas fui tentando ultrapassar nossos obstáculos iniciais me aproximando do seu universo, sobretudo, através da tecnologia. Foi um desafio muito grande e sim encontrei resistência dentro de grupos de alunos que não queriam saber, mas acredito que a mobilização da maioria induziu os outros a participarem. Em relação a timidez, eu tinha uma aluna muito tímida, não falava com ninguém, fui me aproximando dela. Levou tempo e também respeitei a personalidade dela em muitos trabalhos ela não queria se expor, mas ela têm uma habilidade incrível de escrever. Então estimulei essa habilidade dela. No final do ano, fizemos jogos, e decidimos brincar de uno para descontração, última semana de aula, e por incrível que pareça, essa minha aluna, floresceu, ganhava todas as partidas e começou a se comunicar mais. Enfim, é trabalhoso, mas acredito que seja esse o caminho.

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  7. Sabemos que a tecnologia atrelada ás metodologias pedagógicas podem ser uma ferramente diferencial no ensino do professor. Porém, a falta acessibilidade á tecnologia por parte da população do Brasil gera um certo questionamento ao utilizar desses mecanismos virtuais (especialmente agora, visto que, uma crise sanitária está acentuando ás diferenças de classe entre quem tem ou não acesso á esses mecanismos.
    A minha pergunta cai em cima disso, quais metodologias o professor de história deve adotar para que possa diminuir essa discrepância dentro das escolas públicas e com pouco acesso a recursos mais atuais?
    -Iago Almeida Catunda

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  8. Olá Bruna, experiência maravilhosa!
    No entanto não ficou claro para mim, como foi a participação dos alunos após ouvir o podcast, foi passado algum tipo de atividade ou foi feito algum debate em sala de aula para discutir o que foi ouvido?
    Outro ponto que me chamou atenção foi que alguns alunos não tem acesso ao whatsapp e tiveram a ajuda dos colegas para ouvir o podcast, nesse sentido e pressupondo que esses alunos ouviram o áudio somente uma única vez, a falta de acesso não prejudicou o andamento do processo de aprendizagem?

    José Júlio dos Reis Matos

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    1. Olá Júlio, fico muito feliz pelo seu comentário.Sim claro, eu não explicitei isso no texto, mas logo quando o podcast era disponibilizado, ele era debatido em sala de aula, juntamento com o conteúdo do livro didático. Em relação a atividade impressa, no caso eles puderam então demonstrar seus conhecimentos através da prova bimestral e a partir daí pude avaliar seu desempenho. Que no meu ponto de vista, foi positivo e satisfatório. Sim essa é uma questão pertinente, porque salta os nossos olhos a questão da desigualdade de acesso e como isso pode afetar a aprendizagem. Mas em algumas aulas eu levei rádio portátil e todos escutamos, pensando nessa questão é claro. Mas infelizmente essa é uma triste realidade e com certeza a falta de acesso pode prejudicar, entretanto, gosto de trabalhar com diversas linguagens a escrita, a imagens, e música e agora com o podcast, então os que não tiveram tanto acesso, o caminho foi fazer mais atividades com essas outras linguagens como imagens e com músicas em sala de aula. Lembrando que cada aluno tem um tipo de habilidade e alguns talvez somente com o podcast não compreenderiam o conteúdo e portanto a utilização de outras linguagens foi essencial.

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  9. Prezada Bruna,
    Como você mesma relatou, os alunos não gostaram de ouvir áudios longos. Por isso, você optou por áudios de menor duração. Esse fato não provoca empobrecimento do conteúdo, comprometendo a qualidade do ensino? Rafael de Freitas e Souza

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  10. Prezada Bruna,
    Como você mesma relatou, os alunos não gostaram de ouvir áudios longos. Por isso, você optou por áudios de menor duração. Esse fato não provoca empobrecimento do conteúdo, comprometendo a qualidade do ensino? Rafael de Freitas e Souza

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    1. Oi Rafael, obrigada pelo seu comentário. Acredito que ter reduzido o áudio não tenha prejudicado os alunos, claro que tive que me adaptar as circunstâncias, mas como mencionei, utilizei várias linguagens como a impressa ( livro didático) atividades na lousa, fontes históricas e explicação oral, mas o podcast que acredito que enriqueceram minha aula e a tornaram interessante para aqueles alunos.

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  11. Olá Bruna,

    Obrigada pelo texto.
    Tenho interesse em utilizar Podcasts associado a outra metodologia (a WebQuest).
    Pensando a partir da sua experiência, gostaria de saber qual foi a devolutiva dos alunos após a utilização desse recurso? Sinalizaram algo que contribuiu para um revisitar da proposta? indicou outros caminhos?

    Solicito a título de partilha, pois dependendo da resposta eu poderei projetar ações também.

    Grata,

    Adaiane Giovanni

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    1. Olá Adaiane, fico muito feliz com seu comentário e espero que possa contribuir para seus projetos. Os alunos gostaram bastante e a devolutiva foi positiva, sobretudo, porque muitos me falaram que ao escutarem o áudio e depois lerem o livro didático ou as atividades ou como no caso tivemos a prova bimestral, era como se a voz do podcast estivesse falando com eles, eu até achei engraçado, acredito que seria até um trabalho para os estudos de cognição, muitos relataram isso, que a o escutar era a voz que os ajudava bastante. E claro, os alunos brincaram muito comigo, porque o áudio foi caseiro gravado pelo celular, dá próxima penso em fazer a partir de um programa, o Ancor, que os alunos me indicaram e também penso em falar do conteúdo sim, mas quero trabalhar com as fontes históricas. Esse é meu desafio agora. Um programa que eu consiga mergulhar na análise de fontes históricas e também quero muito desenvolver com eles um podcast no formato de uma radionovela ou tipo um programa de rádio. São meus projetos para o futuro. Vamos nos falar, pretendo utilizar a webQuest também, você pode me indicar leituras e seu projeto. Eu iria começar agora com eles no laboratório de informática, mas com a pandemia esse projeto está em fase inicial. Meu email: brunamarinorodrigues@gmail.com
      Abraços.

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  12. Introduzir as mídias na educação é de suma importancia,cada dia é mais usual,principalmente nos dias atuais com aulas remostas educação a distância, mas a questão podcast nos aproxima do professor pois ouvimos sua voz,mas essa metodologia de enciano não atende uma sociaedade como um todo tendo em vista a desigualdade sócial e o acesso as tecnomogia não é igualitário, de certa forma esse meio de educação torna-se excludende que só privilegia poucos, isso pode ser uma problemática?

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    1. Claro sim, temos essa questão da desigualdade e da exclusão, mas não busco pensar somente nisso, sempre em meus projetos eu busquei pensar em como subverter a lógica da exclusão com esses alunos. Como no caso agora da pandemia, eu dou aula em uma cidade que tem por característica ser rural, então muitos não tem acesso e no caso trabalhamos com as atividades impressas. Mas por outra lado a tecnologia tem essa contradição e para os mais pobres que não chegaram a nem ter acesso é uma problemática. A grande questão acredito que a tecnologia possa ser acessível a todos sem distinção social.

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