Alicy de Oliveira Simas


EXPERIÊNCIAS DE PRODUÇÃO E DIFUSÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA O ENSINO BÁSICO NO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA




Compreender que o mundo de leitura é mais amplo que as páginas de um livro e que os jovens alunos do ensino básico estão imersos num mundo de navegação fez com que nos atentássemos à problemática das linguagens. Num tempo em que os diversos meios midiáticos constroem narrativas históricas e formulam também culturas históricas. Estas podem ser entendidas, em diálogo com o historiador Jörn Rüsen, como campo que abrange a racionalidade humana e a forma como dão sentido à vida prática. Assim, homens e mulheres dão sentido ao tempo e o seu presente é permeado de sentido histórico.

Culturas históricas podem ser propagadas nos mais diversos meios e não necessariamente estão atreladas somente à escola, pois outros espaços e sujeitos são detentores de memórias históricas. Para Rüsen:

“as suas atividades constituem cultura histórica e realiza-se de formas muito distintas, por exemplo, em monumentos, memoriais, museus, estudos históricos, filmes históricos, comemorações públicas, feriados nacionais, ensino de história na escola, literatura histórica, historiografia profissional e popular.” [RÜSEN, 2016, p. 167]

Vivemos, portanto, em um presente em que disputas de narrativas sobre o passado se apresentam por variados suportes.

Diversas são as séries televisivas, os livros biográficos ou romances históricos, filmes hollywoodianos, história em quadrinhos ou mesmo canais no Youtube que formulam versões sobre o passado. O professor de história é apenas um dos elementos de construção de ideias sobre a História num mar de informações, imagens e sons. Compreendendo este cenário foi que o projeto surgiu. Com a intenção de criar materiais didáticos sedutores, sensíveis e cativantes, bem como práticos e didáticos para utilização do professor em sala de aula.

É preciso pensar, portanto, em uma História Pública que se expressa na necessidade de se fazer presente no debate público sobre o passado e compreender as tantas narrativas possíveis sobre ele. Para Thaís Nívia de Lima Fonseca a História Pública apresenta-se como uma alternativa para refletir sobre “os usos das mídias na divulgação da História como conhecimento academicamente produzido e como patrimônio coletivo”. [FONSECA, 2012, p.132]. Para a autora, diferentes mídias dedicam-se à divulgação do conhecimento histórico e acabam entrando no ensino de história. É sob este ponto de vista que os materiais didáticos foram produzidos, ou seja, entendendo que há diversas formas de construir o conhecimento histórico e que a escola e as aulas de história precisam também ser atrativas e se mostrar como uma via possível e importante para a construção de saberes sobre o passado.

Neste sentido, para pôr em prática o trabalho em questão, foi necessário um recorte de conteúdo para que os alunos pudessem pesquisar, estudar e criar. Em razão das leis 10.639/03 e 11.645/08 optou-se, primordialmente – mas não exclusivamente, pela confecção de materiais que se dedicassem a abordar o conteúdo de História da África e História do Brasil, envolvendo as relações entre as populações de origem africana, indígenas e europeus na formação do país. Durantes os dois semestres de 2016 o projeto foi alargado e tornou-se um trabalho final das disciplinas de História do Brasil I, História da África I e História de Santa Catarina I. Desta forma, para construção das narrativas e do conteúdo os alunos puderam contar com orientação de professores especialistas no assunto em questão.

A proposta de produção de materiais didáticos logo na segunda fase do curso de História é um elemento fundamental para que os alunos de graduação – usualmente ainda muito jovens – passem a se ver como professores e construir uma identificação docente, deslocando as posições em sala de aula no sentido de tornarem-se responsáveis por conteúdos, formas e práticas a serem aplicadas em sala de aula.

O projeto desenvolvido faz parte das atividades da disciplina Prática Curricular: Ensino de História e Suas Linguagens II, presente na segunda fase do novo currículo do curso de licenciatura em História da Universidade do Estado de Santa Catarina [UDESC].

A disciplina em questão foi ofertada pela primeira vez em 2014 pela professora Ana Luíza Mello Santiago de Andrade, que ficou à frente da mesma até o primeiro semestre do corrente ano. Tendo como ementa “usos, construção e/ou reelaboração de materiais didáticos com diferentes linguagens para o ensino de História na Educação Básica: filmes, canções, jogos, objetos e sítios eletrônicos” a disciplina apresenta uma proposta ampla mas bastante prática voltada diretamente para a produção de materiais didáticos e a problematização e reflexão sobre diferentes linguagens usualmente utilizadas no ensino de história escolar.

Entre o primeiro semestre de 2016 e o de 2017 foram três turmas envolvidas, somando um total de 98 alunos. Isto gerou 21 materiais didáticos que compõem o site da disciplina
[http://histlingue.wixsite.com/histlingue ], construído pela autora desse artigo, à época bolsista de monitoria da disciplina. O site tem por intenção ser a ponte de contato entre a Universidade e os professores em sala de aula e já foi divulgado nas redes sociais, eventos da área e publicações acadêmicas. Assim, o site funciona como um banco de dados de materiais didáticos, setorizados em categorias como História da África, História do Brasil, História Medieval, História Indígena, História Contemporânea. A intenção é que este banco de dados continue crescendo conforme crescem as produções acadêmicas.

Uma das necessidades sentidas nas primeiras experiências do projeto, nos anos de 2014 e 2015, foi um contato mais próximo com a escola. Buscando compreender as necessidades da disciplina de História no ensino básico foram chamados professores que atuam em escolas públicas e privadas para avaliar os trabalhos. Em um primeiro momento, em meados do semestre, os alunos apresentaram suas propostas de material para os professores que arguiram, fizeram sugestões na forma e no conteúdo, indicaram procedimentos metodológicos e transmitiram aos alunos suas experiências frente às salas de aula. Desta forma as contribuições dos professores Fernando Leocino, Gláucia Costa, Tâmyta Rosa Fávero e Pedro Eurico Rodrigues foram de fundamental importância para a finalização deste projeto e para a qualidade dos materiais produzidos e agora já em fase de divulgação. 

O curso de licenciatura em História da UDESC fomenta as práticas curriculares e compreende que a partir delas é possível incentivar a inventividade e a criatividade, utilizando-se dos conceitos e teorias aprendidos nas demais disciplinas da grade curricular e colocando-as em prática em disciplinas que oportunizam esta atividade. Assim, entende-se que, embora a Universidade não se encontre num grande centro, há importantes experiências desenvolvidas a serem partilhadas e divulgadas.

A disciplina de Ensino de História e Suas Linguagens teve como prioridade estimular o debate sobre diferentes linguagens pelas quais uma dada cultura histórica se manifesta. Desta forma, a disciplina esteve organizada em quatro unidades de ensino: Livros Didáticos no Ensino de História, Narrativas nos objetos e nas cidades: Patrimônio Cultural e Ensino de História, Meios e mensagens: as mídias como linguagens, além de uma última destinada exclusivamente na produção dos materiais didáticos.

Entendendo que as formas de contar uma história são plurais e que nem sempre são produzidas unicamente por profissionais da área de história, buscou-se estabelecer relações possíveis algumas linguagens bastante comuns à história escolar. Iniciando o debate pela mais comum e usual delas – os livros didáticos – foi feita uma aproximação inicial com tais materiais, entendendo-os na sua historicidade, como aponta Circe Bittencourt em sua tese Livro didático e Saber Escolar [BITTENCOURT, 2008], leitura obrigatória da disciplina. Assim, com base nos escritos de Bittencourt e Kátia Abud [In: BITTENCOURT, 2006], e com análise de livros didáticos – do presente e do passado – foi possível perceber o tom dos tempos na escrita, na linguagem, na iconografia e nos conteúdos apresentados nos livros.

Na segunda unidade da disciplina priorizou-se o debate sobre o Patrimônio Cultural e suas conexões com o ensino de História, na compreensão que aqueles alunos serão muito em breve professores e estarão responsáveis por saídas de campo e visitas a museus. Neste sentido um dos tópicos abordados foi a relação entre o saber escolar e o espaço urbano, atentando para as construções, os monumentos e os processos que levaram as cidades às suas configurações atuais. Tal discussão se deu especialmente a partir do livro História: o prazer em ensino e pesquisa de Marcos da Silva que propõe compreender o estudo de patrimônios culturais e o ensino como partes integrantes de um mesmo processo, sensibilizando para novos olhares sobre os monumentos, museus e cidades. [SILVA, 1995]. Neste sentindo, compreender os museus é temática importante para a história, entendendo que nas exposições de objetos e obras nestes espaços conta-se também uma história, cheia de escolhas, seleções e esquecimentos. A partir da perspectiva de Francisco Régis Lopes Ramos em A Danação do Objeto [RAMOS, 2000], problematizou-se as saídas de campo usualmente promovidas pelos professores de história do ensino básico e qual o papel dos objetos e dos museus na formação de uma cultura história e na produção de sentido sobre o passado. Ramos traz ao debate o potencial dos objetos comuns ao nosso presente, como um copo de plástico, para promover uma reflexão sobre objetos geradores, ou seja, explica metodologicamente como um simples objeto pode gerar importantes discussões de conteúdos históricos.

Para abordar as mídias utilizou-se como base os debates promovidos por Marcos Napolitano [NAPOLITANO, 2002; 2004], Jesús Martin-Barbero [MARTIN-BARBERO, 1997] para organização de oficinas de análise de conteúdos midiáticos. Assim, filmes, programas de televisão e conteúdos virtuais foram analisados no sentido de refletir sobre a construção de passados históricos por meio das mídias e as estratégias de intervenção do professor de história frente aos conteúdos divulgados por outros meios tão presentes no cotidiano atual.

Para a construção dos materiais didáticos os estudantes puderam contar com o auxílio e orientação de alguns professores especialistas em determinadas temáticas. Nos dois semestres de 2016 a disciplina de Prática Curricular: Ensino de História e suas Linguagens II foi elaborada no sentido de promover uma interlocução com as outras disciplinas da fase, especialmente as cadeiras de História do Brasil I [América Portuguesa], História da África I e História de Santa Catarina I, e assim o trabalho final foi comum a todas as disciplinas. Assim, nestes dois semestres foram priorizados os conteúdos que pudessem dar auxílio à prática docente no cumprimento das leis 10.639/03 e 11.645/08, produzindo e divulgando conteúdos temáticos referentes à História das Áfricas e Indígena.

No primeiro semestre de 2017 o projeto de confecção dos materiais seguiu oficialmente sozinho não sendo um projeto conjunto da fase partilhado também pelas outras disciplinas e assim, os conteúdos dos materiais didáticos não foram, obrigatoriamente, elaborados com base nas temáticas abordadas nas disciplinas acima mencionadas. Com tema livre, os alunos optaram ainda por conteúdos que atendessem às leis já mencionadas, ou, em raros casos, optaram pela elaboração de materiais baseados em alguma comemoração histórica, como a Revolução Russa, que completa seu centenário no ano de 2017.

Desta forma, buscando em primeiro momento estabelecer o debate sobre diferentes linguagens que possibilitam conhecer o passado [como os livros didáticos, os museus, os monumentos, os filmes, entre tantos outros], e posteriormente promovendo a interlocução com os conteúdos específicos das disciplinas do curso de licenciatura em história, a disciplina de Ensino de História e suas Linguagens conseguiu promover a reflexão sobre a prática docente e a relação desta com os conteúdos teóricos acadêmicos.

Uma disciplina que se caracteriza por ser uma prática curricular carrega especificidades. Pensando nisso, seu programa foi montado priorizando as atividades práticas, seja para discussão dos textos ou para confecção dos materiais.

Dividida em quatro unidades – Livro didático e o ensino de História, Narrativas nos objetos e nas cidades, Meios e mensagens e Confecção de material didático – a disciplina dedicou-se inicialmente a discussão de alguns textos base. Aulas expositivas e dialogadas foram um importante recurso para o andamento do projeto, entretanto, poucos foram os textos estudados e debatidos em sala de aula, entendendo que, por ser uma disciplina prática, as oficinas deveriam ser mais presentes que as aulas expositivas.

Contando com 7 créditos, quatro deles com aulas semanais e presenciais, buscou-se nas oficinas uma importante metodologia, baseada nos estudos de Isabel Barca, que entende que o trabalho com documentos históricos e oportunizar conexões entre passado e presente são elementos fundamentais para a construção do conhecimento histórico. [BARCA, 2004].  Para compreender os livros didáticos em seu tempo, entendendo-os como fontes históricas, como materiais que carregam suas marcas, os alunos entraram em contato com livros didáticos que circularam no Estado durante as décadas de 1920 e 1930, notando as intencionalidades naquela escrita em relação aos processos políticos e sociais do período. Da mesma forma puderam analisar livros didáticos do nosso presente, que circulam nas salas de aula do ensino básico do Brasil hoje. Assim, puderam perceber as diferentes intencionalidades na escrita de uma história escolar.

Oficinas de análise de mídias também foram experimentadas, levando para a turma trechos de séries de televisão, novelas e telejornais. Um dos exemplos foi pensar a partir da minissérie Anos Rebeldes da Rede Globo a forma como a Ditadura Militar foi narrada nos anos 1990.

As oficinas, portanto, buscaram dar conta das diferentes linguagens debatidas através dos textos e que se expressam até hoje nas aulas de história do ensino básico. Elas oportunizaram o contato com diferentes fontes históricas e incentivaram o olhar para diferentes linguagens pelas quais a história se manifesta, aproximando-os da prática de produção de materiais didáticos.

Para produção dos materiais didáticos os alunos deveriam organizarem-se em grupos de 5 integrantes. Já no início do semestre começavam a pensar no material a ser feito e entregue ao final do semestre: selecionavam a temática, o formato e com o decorrer do tempo, deveriam pesquisar e elaborar o material. Todas as etapas foram orientadas pela professora responsável pela disciplina. Em reuniões quinzenais discutia-se a adequação dos conteúdos abordados, as melhores estratégias de produção, as necessidades técnicas e de contato com outros profissionais. Enfim, um trabalho que se pautou no diálogo e que foi organizado a longo prazo.
        
Além disso, após o trabalho das três unidades iniciais, os alunos puderam utilizar das quatro aulas semanais exclusivamente para a produção do material, apresentado sempre no último dia de aula do semestre. Assim, durante este último mês as orientações passaram a ser semanais e o contato com outros professores que pudessem auxiliar nos conteúdos específicos mais intenso. Nestas orientações os estudantes deveriam trazer as últimas produções e o caminho do projeto até o momento. Além disso, deveriam apresentar uma primeira versão antes da entrega final, que passasse por correções e avaliações antes da entrega e divulgação dos materiais.

Os materiais elaborados, em boa parte dos casos, apresentam alto nível de complexidade: jogos de tabuleiro, sítios eletrônicos, livros e documentários necessitam leitura cuidadosa e muitas vezes domínio tecnológico. Os estudantes envolveram-se nisso, desenvolvendo habilidades para além das expectativas iniciais: aprenderam a montar um site, a desenhar, a editar.

Para além do material didático os alunos precisavam construir um manual do professor, ou seja, um texto que pudesse guiar os professores interessados a utilizar seu produto. É no material do professor que se encontram as discussões teóricas, as indicações de atividades, as referências bibliográficas. Todo o caminho didático para a utilização do material foi também uma forma dos estudantes de licenciatura começaram a pensar como (futuros) professores, buscando compreender as diferentes realidades das salas de aula.

REFERÊNCIAS:
Alicy de Oliveira Simas é graduada em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2017) e atualmente é mestranda no Programa de Pós-Graduação em História da mesma universidade. Além disso, atuou como monitora da disciplina de Ensino de História e Suas Linguagens sob orientação da professora Ana Luíza Mello Santiago de Andrade.
ALBUQUERQUE, Durval Muniz. Fazer defeitos nas memórias: para que servem o ensino e a escrita da história? In: Gonçalves, Marcia de Almeida et all (org.). Qual o valor da história hoje? Rio de Janeiro: FGV, 2012.
BARCA, Isabel. Aula Oficina: do projecto à avaliação. ___________________ (Org.) Para uma educação histórica de qualidade. Actas das IV Jornadas Internacionais de Educação Histórica. Braga: Universidade do Minho, 2004, p.131144.
BITTENCOURT, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula. 11. ed. São Paulo: Contexto, 2006.
BITTENCOURT, Circe. Livro didático e a construção do saber escolar. Belo Horizonte: Autêntica, 2008, p.23-61.

FONSECA, Thaís Nívia de Lima. Mídias e divulgação do conhecimento histórico. Revista Aedos, n.11, v.4, 2012.

GAGO, Marília. Entrevista – Jörn Rüsen. Revista História Hoje v.5, n.9, 2016.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1997.

NAPOLITANO, Marcos. Como usar a televisão em sala de aula. São Paulo, Contexto, 2002.
___________________. Como usar o cinema em sala de aula. São Paulo, Contexto, 2003.
RAMOS, Francisco Régis Lopes. A danação do objeto: o museu no ensino de história. Chapecó: Argos, 2004.

RÜSEN, Jörn. Entrevista de Jörn Rüsen concedida a Marília Gago. Disponível em: file:///C:/Users/analu/Downloads/245-862-1-PB.pdf Acesso em 27 de agosto de 2017

SILVA, Marcos Antonio da. Patrimônios históricos. In: História: o prazer em Ensino e Pesquisa. S.Paulo: Brasiliense, 1995, p. 39-60.

5 comentários:

  1. Olá. Você menciona "Culturas históricas" no segundo parágrafo do seu trabalho. Você se refere ao conceito de cultura histórica? Se sim, qual a relação com o seu trabalho?

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  2. Olá José Maria! Obrigada pela pergunta.

    Quando utilizo cultura histórica estou me referindo as reflexões do historiador alemão Jörn Rüsen em entrevista concedida a historiadora Marília Rago (2016), em que afirma que "a cultura histórica é o local de orientação cultural da vida humana ao longo do tempo. Dessa forma, compreende, e eu concordo, que a cultura histórica de uma sociedade é constituída pela produção da historiografia acadêmica, monumentos, memoriais, museus, mas também as mídias e tecnologias, como jogos, filmes, livros - com ambientação histórica - etc,. são produtoras de narrativas capazes de orientar a vida prática humana, nesse caso estudantes. Sendo assim, cultura histórica é um conceito chave para a realização do projeto da disciplina de Ensino de História e Suas Linguagens com as(os) discentes da UDESC, uma vez que estes precisam considerar diversos formatos - que nem sempre foram ou são familiares às formas de ensino-aprendizagem histórica em sala de aula - para a produção de materiais didáticos voltados para o ensino de história.

    Alicy Simas.

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    1. Obrigado pela sua resposta, Alicy. O conceito de cultura histórica é de tal modo plurívoco, mesmo dentro da obra de Rüsen, que sempre que o vejo ser citado pergunto a qual definição se está se referindo. Grande abraço.

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  3. Gostaria de parabenizar pelo trabalho, e pontuar que temos também um trabalho que envolve possibilidades metodologicas para o Ensino de História, que é uma Sequência Didática sobre História Local( disponivel aqui também). Dentro deste projeto , vocês ofereceram todas as ferramentas necessárias? E como você observa essas novas ferramentas para a formação e ao porcesso de ensino-aprendizagem?
    um abraço.
    Ellyson Eduardo dos Santos Roque

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    1. Oi Ellyson. Agradeço o elogio e o questionamento.

      Seu texto está disponível aqui no evento? Em qual mesa? Lerei se possível...


      Sobre a pergunta, não compreendi se a dúvida das ferramentas são em relação aos discentes da graduação que fizeram os materiais didáticos, ou as ferramentas ofertadas aos professores e professoras do ensino básico. Sendo assim, tentarei responder no que diz respeito a ambos.


      Para realização dos materiais didáticos, os discentes da graduação, além da orientação dos professoras especialistas nas áreas específicas (como especificado no meu texto), puderam contar com o suporte do Laboratório de Imagem e Som (LIS) para materiais didáticos de formato audiovisual por exemplo, que demandam equipamentos de captura de áudio e vídeo, softwares de edição, entre outras coisas. Muito por conta disso, grande parte dos materiais produzidos foram nesse formato: vídeos, curtas, podcasts, etc. Em outros formatos, como jogos de tabuleiro por exemplo, os discentes usaram de tamanha criatividade para elaborar todo o material. Logo, o fato da universidade dispor de ferramentas, não só de laboratórios, mas também professores e um plano de curso que preveem disciplinas práticas para a licenciatura auxilia muito em uma formação diferenciada para os discentes de licenciatura. A disciplina de Prática Curricular: Ensino de História e Suas Linguagens é uma disciplina completamente voltada para essa questão prática da licenciatura, da elaboração de novas ferramentas para o processo de ensino-aprendizagem.

      Agora em relação as ferramentas para os professores colocarem esses materiais em prática nas escolas, foi requisitado imprescindivelmente que os discentes da graduação, além de produzir o material (jogo, vídeo, site, etc.) a ser usado com os estudantes do ensino básico, também um manual do professor explicando detalhadamente como executar aquele material, em quais anos, com sugestões de conteúdos, atividades e referências bibliográficas. Assim, a professora ou professor pode entrar no site e acessar tanto o material didático quanto o manual do professor.

      Espero ter dado conta de sua questão.

      Alicy de Oliveira Simas

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