OS DESAFIOS E
SAÍDAS AO EDUCAR NA ERA DIGITAL
Qual
professor de História jamais parou para repensar, pelo menos uma vez na vida,
sobre as metodologias utilizadas? Quantas vezes nos deparamos com mudanças ou
transformações para as quais não estamos preparados? E quando nosso
planejamento já não dá mais conta de suprir minimamente as expectativas de
nossos alunos? Reivindicar o papel central do professor no processo de ensino e
aprendizagem, e portanto sua liberdade ao fazê-lo, ou abrir mão de convicções
arraigadas em nós e nos adaptar às novas tendências? A maioria dessas
perguntas fazem parte da rotina de muitos professores de História. Essas
dúvidas muitas vezes são fruto da contradição entre a formação acadêmica do
professor e as demandas da geração Z, que tem "uma aptidão natural e elevado nível de habilidade
para usar novas tecnologias" (MARQUES 2017, pág. 10), geração essa
pela qual nós professores de História somos responsáveis por levá-la a refletir
sobre sua própria História. Hoje estamos em meio à uma
revolução tecnológica, e seus frutos estão à disposição de nossos alunos. Sobre isso,
Marques (2017, pág. 44) escreve:
“O
século XXI trouxe não somente novas competências a serem estudadas e
praticadas, mas a certeza que o uso das tecnologias de informação e da
comunicação (TIC) no ensino-aprendizagem do novo perfil de alunos que surgiu a
partir de meados da década de 1990 veio para ficar. Isso implica em mudanças
desafiadoras no comportamento do professor dentro e fora da sala de aula. O
docente deveria adotar um papel de orientador e mediador na formação e no
desenvolvimento do conhecimento do discente.”
Essa
"revolução" tem seus primórdios a partir da década de 1990, com o
advento do computador pessoal e da internet com fins comerciais. A World
Wide Web acabou trazendo incontáveis melhorias à vida do ser humano,
mas, também uma série de desafios à todos aqueles que têm dificuldade de
manipulá-la ou acessá-la. Ironicamente, muitas vezes, nós professores
precisamos cercear o seu uso, principalmente em se falando desse uso nas aulas
com uma metodologia tradicional, muito embora nossos alunos estejam, em grande
parte, ávidos pela conexão com o "ciberespaço" e o prazer que as suas
interações virtuais podem trazer. Sobre isso o projeto de lei versa:
“Art. 2º Fica vedado
o uso de aparelhos portáteis sem fins educacionais, tais como celulares, jogos
eletrônicos e tocadores de MP3, nas salas de aula ou em quaisquer outros locais
em que estejam sendo desenvolvidas atividades educacionais nos níveis de ensino
fundamental, médio e superior nas escolas públicas no País.”
(PROJETO
DE LEI N.º 2.547, DE 2007 - https://bit.ly/3840cWs - acesso em: 02/07/2019)
Árdua tarefa para o
professor que precisa arrebatar à atenção de jovens muito mais interessados na
enxurrada de conteúdo à sua disposição ao alcance de um "click". Os
desafios do magistério na contemporaneidade são muitos, é fundamental entender
como se deve educar na era digital.
Desenvolvimento
As inovações
digitais são temidas, muito porque a realidade na qual boa parte de nós
professores foi formado tem como método
prevalente o das aulas transmissivas, que “são mais ou menos exposições
contínuas de um orador que quer que a
plateia aprenda algo.” (BLIGH, 2000, pág. 114). Essa metodologia tradicional
acaba tolhendo a participação dos alunos nas aulas, "por excluir contextos
em que a aula é deliberadamente dada para ser interrompida por perguntas ou
discussões entre professores e alunos.” (BATES, 2017). As aulas transmissivas
tem uma origem bem específica:
“No século XIII, a
maioria dos livros era muito rara. Eram meticulosamente escritos e ilustrados
por monges, frequentemente a partir de fragmentos ou coleções de manuscritos
antigos extremamente raros e valiosos das civilizações grega e romana ou
traduzidos de fontes árabes, devido à destruição de muitos documentos durante a
Idade das Trevas na Europa, após a queda do Império Romano. Consequentemente,
uma universidade muitas vezes tinha uma cópia de um livro e a mesma poderia ser
a única disponível no mundo. Portanto, a biblioteca e sua coleção eram muito
importantes para a reputação de uma universidade, e professores precisavam
pegar o único texto da biblioteca e literalmente lê-lo para seus alunos, que
obedientemente escreviam suas versões da leitura.” (BATES, 2017 - Pág. 115).
Essa metodologia era
cheia de significado no contexto para o qual surgiu, é importante que a sua
utilização seja repensada no século XXI. Segundo Bligh (2000 p. 56) ao analisar
pesquisas sobre a atenção do aluno, memorização e motivação: “Vemos evidências (…)
mais uma vez para supor que aulas expositivas não devem durar mais do que vinte
ou trinta minutos — pelo menos sem técnicas para variar o estímulo.” A
realidade das salas de aula brasileiras, no tocante ao tempo das aulas, é
alarmante pois:
"Ora, como
ensinam os doutos sobre a interpretação das leis, nenhuma palavra ou expressão
existe na forma legal sem uma razão específica. Deste modo, pode ser entendido
que quando o texto se refere a hora, pura e simplesmente, trata do período de
60 minutos. Portanto, quando obriga ao mínimo de ‘oitocentas horas,
distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar’, a lei
está se referindo a 800 horas de 60 minutos ou seja, um total anual de 48.000
minutos.”
(PARECER
HOMOLOGADO(*) Despacho do Ministro de 19/5/2004, publicado no D.O. da União de
21/5/2004, Seção 1, p. 10/ - https://bit.ly/2xmtH5p - acesso em: 01/07/2019)
Sessenta minutos de
hora-aula, em média, onde muitas vezes não se empregam as técnicas para variar
o estímulo (por falta de estrutura, desmotivação ou despreparo), acabam levando
o aluno a ter dificuldades de ser um agente de constituição do seu próprio
conhecimento, afinal é obrigado apenas a ouvir, o que pode se constituir em
empecilho ao processo, como adverte Bates (2017, pág. 117):
“[...] para entender,
analisar, aplicar e entregar informações para uma memória de longa duração, o
aprendiz precisa se envolver com o material. Para que uma aula expositiva seja
eficaz, deve incluir atividades que levam o aluno a manipular mentalmente a
informação.”
Como tornar as aulas
transmissivas mais relevantes? Ao longo dos anos muito têm sido gasto pelas
instituições de ensino para municiar com tecnologia esse tradicional modelo de
aulas, como o Microsoft Office, e seus recursos, tais como o PowerPoint,
aparelhos como os projetores multimídia, telas de Led e “touchscreen”, e as
inúmeras possibilidades da Web 2.0, assim definida por GOMES e GOMES (2016,
pág. 4):
“Em 2004 surgiu um
novo conceito de internet, denominado Web 2.0, [...] Com isso surgem diversas
funcionalidades: a Web como plataforma deixando de ser estática, a simplicidade
de utilização através de interfaces mais intuitivas, a explosão das redes
sociais e a flexibilidade do conteúdo com a autonomia do usuário para gerar
conteúdo. A mais comum entre essas tecnologias é a internet, porque dela partem
diversos outros recursos, como plataformas virtuais de sala de aula;
ferramentas de interação como blogs, webquests e YouTube; redes sociais como
Orkut, Facebook, Twitter e Myspace. Aqui também podemos citar as ferramentas do
Google com as funcionalidades do Google Office. Temos também as ferramentas de
construção coletiva, os wikis, como a Wikipedia.”
As inovações
têm sido implementadas para dar interatividade. Infelizmente,
“[...]mesmo assim, isso tudo é apenas maquiagem. A essência da aula expositiva
ainda é a transmissão de informação e, em muitos casos, informação disponível
em outras mídias e em formatos mais favoráveis ao aprendiz.”(Bates 2017/ Pág.
118). Se a tecnologia “avançou” tanto, e os alunos têm tanta aptidão para
utilizá-la, porque estes ainda têm que vir assistir aulas presenciais em salas?
Nesse sentido Bates (2017, pág. 118) assevera:
“Se a maioria dos
alunos possuem celulares ou laptops, por que ainda têm que vir fisicamente a um
anfiteatro? Por que não podem usar um podcast ou vídeo da aula expositiva?
Segundo, se eles vêm, por que as aulas expositivas não exigem que eles usem
seus celulares, tablets ou laptops para fins de estudo, como por exemplo
procurar fontes? [...] Se aulas expositivas são oferecidas, o objetivo deveria
ser fazer com que envolvam os alunos para que não sejam distraídos por suas
atividades online.”
Ao que tudo indica,
em tempos de educação na era digital, as aulas transmissivas não serão
abolidas da noite para o dia, isso demandaria estrutura, recursos e sobretudo
discussão e conscientização. Muito terá que ser feito para que nós professores,
instituições, governantes e a sociedade em geral tenhamos uma nova perspectiva
sobre o tema. É certo também que existem inúmeras possibilidades de resolução
para esse problema na metodologia. O uso da tecnologia pode ser um bom caminho,
se feito da maneira adequada. O primeiro
passo pode ser pensar acerca da resistência para com a utilização das novas
tecnologias por parte de nós educadores. O tema é bem mais antigo, nessa
direção nos alertam Dudeney, Hockly, Pegrum (2016, pág. 16):
"Sócrates temia
que a escrita, a nova tecnologia de seu tempo, levasse a um declínio da
memorização e a um empobrecimento da discussão. [...] O mesmo padrão se repetiu
com o advento de cada uma das novas tecnologias de comunicação. Os efeitos
deletérios do telégrafo foram trombeteados no Spectator em 1889: "A
constante difusão de afirmativas fragmentárias... deve afinal, se poderia pensar,
deteriorar a inteligência de todos aqueles que se deixam atrair pelo telégrafo
[...]."
Para Papert (2008, p.
19) na educação essa resistência à inovação parece ainda maior:
“[...] apesar das
muitas manifestações do anseio por algo diferente, o sistema educacional
vigente, incluindo grande parte da comunidade de pesquisadores, continua
bastante comprometido com a filosofia educacional do final do século XIX e
início do século XX. Até agora nenhum dos que desafiam essas sacrossantas
tradições foi capaz de afrouxar o domínio do atual sistema educacional sobre a
maneira de ensinar a crianças.”
As mudanças para a
educação estão sendo propostas, sobretudo pelos discentes, na medida em que
estes se mostram cada vez menos interessados no modelo tradicional de aulas. O segundo passo é entender que essas
mudanças já são uma realidade. De acordo Dudeney, Hockly, Pegrum/ 2016,
pág. 17):
“Assim como todas as
tecnologias de comunicação do passado, novas ferramentas digitais serão
associadas a mudanças na língua, no letramento, na educação, na sociedade.
Aliás, já estão sendo. Alguns observadores percebem perdas, tais como o
declínio de abordagens mais lineares de leitura ou abordagens mais reflexivas
de escrita. Mas outros percebem ganhos, tais como a educação por meio de redes
pessoais de aprendizagem, ou projetos colaborativos baseados na inteligência
coletiva. Por fim, há de chegar o dia em que nossas novas ferramentas estarão
entremeadas em nossa linguagem cotidiana e em nossas práticas de letramento que
quase não nos daremos mais conta delas.”
Já existem boas
práticas que utilizam as inovações e contribuem com as melhorias almejadas por
todos aqueles que fazem parte da educação e suprem as necessidades das novas
gerações. Um exemplo dessas boas práticas é o incentivo e aperfeiçoamento dos
letramentos digitais, que são "habilidades
individuais e sociais necessárias para interpretar, administrar, compartilhar e
criar sentido eficazmente no âmbito crescente dos canais de comunicação
digital" (Dudeney, Hockly, Pegrum/ 2016, pág. 17). O terceiro passo é admitir que o uso da
tecnologia e inovação pode ser importante diante dos desafios que enfrentamos
na educação e na sociedade. Novos problemas sociais e políticos, tais como
a grave crise vivida pelos refugiados, pois “70,8 milhões de pessoas foram
forçadas a fugir de guerras, conflitos e perseguição” (ACNUR) no mundo inteiro,
acarretam graves sequelas. Nossos alunos precisam enfrentar esses problemas,
desta forma escrevem Dudeney, Hockly, Pegrum (2016, pág. 17):
“[...] estamos
começando a desenvolver um retrato mais claro das competências necessárias para
eles poderem participar de economias e sociedades pós-industriais digitalmente
interconectadas. Governos, ministérios da educação, empregadores e pesquisadores,
todos apelam para a promoção de habilidades próprias do século XXI, tais como
criatividade e inovação, pensamento crítico e capacidade de resolução de
problemas, colaboração e trabalho em equipe, autonomia e flexibilidade,
aprendizagem permanente. No centro desse complexo de habilidades, está a
capacidade de se envolver com as tecnologias digitais, algo que exige um
domínio dos letramentos digitais necessários para usar eficientemente essas
tecnologias, para localizar recursos, comunicar ideias e construir colaborações
que ultrapassem os limites pessoais, sociais, econômicos, políticos e
culturais. Em vista de se envolverem plenamente com as redes sociais, ter
acesso a vagas de emprego nas economias pós-industriais de conhecimento e
assumir papéis como cidadãos globais confortáveis em lidar com diferenças
interculturais, nossos estudantes carecem de um conjunto completo de
letramentos digitais a sua disposição.”
Com o advento da Web
2.0 ficou claro que, dentre os vários letramentos que já existiam, destacaram-se
os letramentos digitais. Uma das mais importantes formas de letramento digital
é o letramento
remix. Para compreendê-lo é preciso saber que ele faz parte de uma
categoria de habilidades chamada "redesenho", sobre ela assim
escrevem Dudeney, Hockly, Pegrum (2016, pág. 54):
“Hoje em dia, somos
chamados a fazer muito mais do que simplesmente copiar ou criticar modelos do
passado. Em vez disso, podemos contribuir com nossas próprias significações
para uma atmosfera de conhecimento cada vez mais fluida, muitas vezes
baseando-nos em textos de outros e construindo nossa própria crítica à medida
que o fazemos. Numa cultura digital, o desenho frequentemente significa
redesenho. Especialmente para a juventude, o processo de redesenhar
significações se sobrepõe a processos de exploração, experimentação e
construção de identidade (Alvermann, 2008; Dezuanni, 2010; Lange e Ito, 2010)”
Dentro do contexto da
cultura digital o “redesenho” se constitui enquanto elemento fundamental para
despertar a criticidade e engenhosidade tão caras ao processo
ensino-aprendizagem. Sabendo disto, o "letramento remix", que é o
mais marcante tipo de redesenho e
símbolo da era digital, é assim definido Dudeney, Hockly, Pegrum (2016, pág.
54/55):
“[...] pode implicar
mudar o slogan de um anúncio para subverter a mensagem original. Pode envolver
o uso de Photoshop em determinada imagem de uma figura política numa foto
anterior para lançar nova luz sobre a política que ela pratica. Pode acarretar
"mashing up", isto é, combinar duas canções preexistentes para criar
um diálogo inesperado entre duas letras. Pode incluir dublar ou legendar
criativamente um filme para surpreender os espectadores.[...]”
Assim os alunos têm
todas as possibilidades de, ao usarem a técnica do letramento digital remix
(viabilizada pelo professor), depositar no produto da sua prática, suas
impressões acerca da realidade na qual estão inseridos, podendo se posicionar
politicamente de forma crítica, expor sua visão da sociedade a qual pertencem,
defender seus ideais éticos e delimitar sua identidade diante dos desafios de
viver em grupo. Munidos dessas habilidades poderão resistir à graves riscos
tais quais nos adverte Maynard (2011, pág. 44):
"[...] Com a
emergência de diferentes portais na World Wide Web, desenhou-se um oceano de
informações [...] o uso feito da rede mundial de computadores por grupos de
extrema-direita. Espaços virtuais destinados a servir como suportes
pedagógicos. Encontrando um ambiente atraente e de baixo custo, neofascistas de
diferentes países construíram sites que têm sido veículos para divulgação de
seus ideais, oferta de um diversificado merchandising [...]”
Conclusão
Os desafios de educar
na "era digital" são muitos. Alguns deles foram apresentados aqui de
forma breve. Um dos maiores, é a permanência do modelo de aulas transmissivas
que nitidamente predomina na educação básica no Brasil, e que faz parte da
formação dos professores no país. A "geração Z" tem clamado por
atualização, já que tem sido em grande parte, fortemente influenciada pela Web
2.0. Grupos de extrema-direita tem se aquartelado nesses espaços virtuais e
arrebatado à atenção e apoio de muitos jovens na propagação de ideias que
perpetuam desigualdade e injustiça em nossa sociedade. As metodologias mais
"tradicionais" (usadas por educadores sérios e que buscam transmitir
uma formação crítica e reflexiva à seus alunos) já não tem satisfeito às
demandas. Muito se tem pensado e feito acerca da busca por mudanças, e muitas
vezes a utilização das novas tecnologias têm sido a saída mais fácil. No
entanto, os investimentos têm se mostrado muito incipientes e que as questões
teóricas acerca do assunto vem apenas engatinhando, muitas vezes influenciadas
pela insistente renitência às mudanças ou pelos desafios que elas acarretam (o que
acaba trazendo entraves às mudanças). Contudo, saídas simples e exequíveis
existem. O letramento digital é fundamental nesse sentido, pois segundo
LUCCHESI e COSTA (2016, Capítulo 12, pág. 6):
“[...] não se limita
à habilidade técnica de manusear dispositivos e programas informático-digitais,
mas se define pela busca da compreensão da experiência social inscrita na
cultura digital. Daí, por exemplo, a necessidade de discutir, como discutimos para
a imprensa impressa ou televisionada, os sentidos (usos e abusos) que
determinados conteúdos podem ter na Internet.”
Com destaque para o letramento
remix que pode ser ponto chave para uma construção de conhecimento
participativa, pois, através dele, nossos alunos podem aprender a criticar e a
criar no processo de produzir, e com ajuda de nós professores na mediação,
poderem ser relevantes e conscientes no processo de construção de um mundo mais
justo. Para que através desse pensamento crítico essa "geração Z"
possa constituir um mundo mais justo e igualitário com menos ódio e
preconceitos.
REFERÊNCIAS
Alessandro Oliveira
de Souza Araújo, professor da rede pública estadual do Ceará, professor da
educação básica na rede privada de ensino em Fortaleza, graduado em História,
especialista em Gestão Escolar e Práticas Pedagógicas Integradas e mestrando do
ProfHistória (UFRN).
Bruno Ribeiro
Marques, professor da rede pública estadual do Ceará, professor, graduado em História, especialista em
História do Brasil e Gestão Escolar e mestrando do ProfHistória (UFRN).
ACNUR -
https://www.acnur.org/portugues/ - Acesso em: 14/01/2020
BATES, Anthony
Willian (Tony) (2017) Educar na era digital: design, ensino e aprendizagem
(versão digital)
BLIGH, D. (2000) What’s the Use of Lectures? San Francisco: Jossey-Bass apud BATES, Tony (2017) Educar na era
digital: design, ensino e aprendizagem (versão digital)
DUDENEY, Gavin; HOCKLY, Nick; PEGRUM, Mark. Letramentos digitais. Tradução de
Marcos Marcionilo. – 1. Ed. – São Paulo: Parábola editorial, 2016.
GOMES, Mônica
Cordovil de Oliveira Martins; GOMES, Alessandro Martins. O uso das tic’s no ensino de história (The use of ict in history
teaching) 2016.
LUCCHESI, Anita; COSTA, Marcella Albaine da. in História, Sociedade, Pensamento
Educacional: Experiências e perspectivas. MAYNARD, Dilton Cândido
Santos; SOUZA, Josefa Eliana (Organizadores). Rio de Janeiro: Editora Autografia, 2016.
MAYNARD, Dilton C. S.
Escritos sobre história e internet. - 1. Ed. - Rio de Janeiro: Editora Multifoco,
2011.
MARQUES, Deise Luce
de Sousa. Competências docentes na relação de ensino-aprendizagem com alunos da
geração Z dos cursos de graduação em administração / Deise Luce de Sousa
Marques. – 2017.
PAPERT, Seymour. A
máquina das crianças: repensando a escola na era da Informática/ tradução
Sandra Costa – ed. reb. –Porto Alegre: Artmed, 2008.
Ótimas reflexões levantadas sobre o letramento digital e letramento remix. Minha questão é: brevemente, qual a posição dos autores em relação as aproximações possíveis do letramento remix com as diretrizes recentes da BNCC?
ResponderExcluirJoão Gilberto Neves Saraiva
Parabéns pelas questões levantadas a respeito de educar na era digital. Pergunto diante do cenário de um governo perverso, do vírus e da doença covid19.
ResponderExcluirQuais reflexões os autores tem a respeito do ensino de História à distância para Crianças e Adolescentes?
A crítica que se faz a BNCC como documento normativo carregado de um discurso ideológico em favorecer dois tipos de Educação, como os autores tem pensando o letramento digital via BNCC?
Grata - Ana Paula Vieira e Souza
Olá bom dia. Gostaria de saber a opinião de vocês acerca das aulas online em decorrência da pandemia do coronavirus? será que teremos perspectivas de avanços no processo de ensino e aprendizagem nesse período? Não sei se vocês são professores,se estão tendo essa experiência.
ResponderExcluirObrigada pela atenção.
enquanto em muitos países desenvolvidos a educação virtual é utilizada e menos problemática, no Brasil, está longe de ser acessível para milhões de estudantes. Talvez em decorrência dessa pandemia, perceba-se a urgência de se extinguir as desigualdades para que em um futuro próximo possa ser disponível a todos.
ResponderExcluirJackiely de Lima Feitosa
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirBom, é inegável a força que a tecnologia tem na vida das crianças e adolescentes e claro, isso acaba refletindo diretamente dentro das salas de aulas, o que muitas vezes é motivo de problemas. Já que o despreparo dos professores para trabalhar com as mídias tecnológicas é algo evidente, para os professores mais experientes devido a formação que tiveram e até mesmo por ter dificuldades em fazer uso dos aparelhos tecnológicos, já para os professores mais jovens, muitas vezes os mesmos se perdem e acabam não sabendo como usar a tecnologia a seu favor. Em suma, as aulas expositivas e tradicionais continuam acontecendo.
Em paralelo a essa situação, não podemos deixar de citar a atual situação do Brasil e as consequentes aulas remotas que acontecem de modo on-line, e que veio nos mostrar o despreparo de muitos profissionais para lidar com as novas tecnologias, mas que seguem firmes dando o seu melhor. Porém, a desigualdade social é gritante e tem prejudicado muitos alunos que não conseguem estudar de maneira intensa, podemos assim dizer. Mas bom, como vocês enxergam o cenário educacional de nosso país daqui a 5, 10 anos? Levando em consideração que não se tem como implantar uma educação 100% digital mediante um cenário de desigualdade que é gritante.
Josefa Robervania de Albuquerque Barbosa
O texto demonstra de forma clara e objetiva a importância que tem a relação entre as tecnologias virtuais e suas estratégias pedagógicas no ensino de história, que tem como objetivo uma pesquisa online que se deu através de uma ferramenta tecnológica. Muito bom Parabéns pela abordagem.
ResponderExcluirAss: Rafael Dutra dos Santos
Olá!
ResponderExcluirDada a atual situação do Brasil, e com o avanço cada vez mais rápido nas mídias digitais, e nos métodos de comunicação, qual é o maior desafio para implementar um sistema educacional abrangente, que comporte alunos e
professores, de maneira rápida e acessível.
Eliézer stempinhaki
Olá, Primeiramente quero parabenizar pelo seu texto! Só queria te deixar uma observação e se poderias comentar sobre a técnica a técnica do letramento digital remix viabilizada pelo professor. Você tem relatos de experiência sobre?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBoa tarde, parabéns pelo trabalho, me fez refletir muito sobre a educação brasileira, em virtude da pandemia que assola nosso país. Também sou educador, e sinceramente estou tendo muita dificuldade de me comunicar com meus alunos, uma vez que a maioria da clientela onde leciono se encontra na zona rural, onde o sinal de internet não colabora, ou até mesmo não tem. Sendo assim, como vocês analisam o letramento digital em consonância com a BNCC?
ResponderExcluirPrezados autores, gostaria primeiramente de parabenizá-los pelo texto.
ResponderExcluirO tema é extremamente atual e, devido a pandemia da COVID-19, está assustadoramente em pauta. A maioria dos educadores se depararam com mudanças ou transformações para as quais não estavam preparados. Neste momento de conturbação e de mudanças tão aceleradas, é quase impossível negar a relevância da tecnologia e da importância de se adequar a ela. Segundo os autores, quais recursos poderiam ser implantados para manter a qualidade do aprendizado em aulas à distância?
Além disso, frequentemente os celulares convertem-se em distrações, mesmo quando utilizados como recurso didático em salas de aula. Tendo em vista os desafios expostos por essa distração, ao utilizar os celulares como recurso didático, quais métodos poderiam corroborar com a concentração dos alunos?
Em relação ao 'letramento remix', pela qualidade de “redesenho” citada pelos autores, como lidar a possibilidade de plágio?
Att. Nathália Santos Pezzi
Parabéns Alessandro de Souza e Bruno Marques, excelente texto!
ResponderExcluirComo exposto no texto, existem uma necessidade importante de adaptação e aceitaçãops dos professores em inovar metodologias de ensino, e o ambiente virtual pode favorecer imensamente, principalmente com o advento das políticas de isolamento social decorrente da pandemia do COVID-19.
O ensino à distância se tornou uma realidade para toda uma geração de discentes, nos mais diversos níveis de ensino, não só no país, mas em todo o mundo. O ensino através das chamdas vídeo-aulas passaram a obrigatoriamente compor o currículo do corpo docente, forcando-o a uma adaptação que ignora sua vontade. Essa realidade, contudo, não é privativa à disciplina de História.
Apesar das benécies trazidas pela internet e outras fontes virtuais, algumas desvantagens podem ser expostas, como o próprio engajamento do discente da educação básica, que normalmente apresenta uma menor maturidade.
Diante disso, como as verificações de aprendizagem dos discentes podem ser encaradaas, para que se evite que textos pesquisados na rede sejam copiados (modificando algumas palavras)? E como lidar com o problema de acessibilidade de educandos de baixa renda que não tenham acesso a intenet, por exemplo?
DANIEL FREITAS DE VASCONCELLOS CRUZ
Discussão muito pertinente que passa por um novo conceito de aula. Realmente as aulas "transmissíveis" não dão mais conta de prender a atenção dos estudantes e nem da construção de conhecimento (este, penso que nunca foi objetivo da reprodução de conteúdos canônicos).
ResponderExcluirFaz uso de novas metodologias, focadas nessa realidade apresentada pelo texto, em sala de aula? Se não, conhece alguma experiência deste tipo? Qual a reação de alunos e professores? Existiu algum questionamento sobre se isso era "realmente aula" ou quando iriam "estudar de verdade"?
Janaina Jaskiu
Olá Alessandro, parabéns pela bela reflexão!
ResponderExcluirA "geração z", assim defina em seu texto, tem preferência por pesquisas em sites de busca na internet, ao invés da cansativa investigação bibliográfica através da leitura. A meu ver, isso forma pessoas que querem a informação mastigada e não estimula a aprendizagem e o conhecimento, o que pensa a respeito?
Alcivan Tomaz de Freitas
Em determinada parte do texto é colocado que o letramento remix pode ser o ponto chave para muitas coisas, inclusive para um mundo mais justo, igualitário, com menos ódio e preconceito, gostaria de saber de que forma isso seria possível, uma vez que precisa ter a participação ativa do aluno,e na maioria das vezes isso não acontece.
ResponderExcluirTalita de Souza Silva Bueno
Boa tarde! É possível o docente adotar um papel de orientador e mediador na formação do discente dentro da era digital? Como fazer acontecer isso na prática uma vez que é totalmente diferente da teoria?
ResponderExcluirA educação digital é algo que precisa ser desenvolvida em paralelo à educação formal e de forma ampla. Quais são as principais lições a serem seguidas em relação a isso?
ResponderExcluirAlcione Gonçalves
Que texto maravilhoso, Parabéns Alessandro e Bruno .
ResponderExcluirRealmente,os educadores devem se adaptar as mudanças e sempre procurar maneiras de trazer os recursos midiáticos corretamente de forma que os alunos mantenham o foco e possam tirar os melhores proveitos .É bem importante levar o letramento digital aos alunos ,mas primeiro deve-se ter certeza que todos os educadores dominem o assunto .Tendo isso em vista, de que maneira a introdução e ensinamento desses educadores deveria ocorrer para que eles auxiliem e despertem o pensamento critico dos alunos e os façam ir no caminho certo tanto digitalmente quanto em sua vida fora da esfera digital?
Que texto maravilhoso, Parabéns Alessandro e Bruno .
ResponderExcluirRealmente,os educadores devem se adaptar as mudanças e sempre procurar maneiras de trazer os recursos midiáticos corretamente de forma que os alunos mantenham o foco e possam tirar os melhores proveitos .É bem importante levar o letramento digital aos alunos ,mas primeiro deve-se ter certeza que todos os educadores dominem o assunto .Tendo isso em vista, de que maneira a introdução e ensinamento desses educadores deveria ocorrer para que eles auxiliem e despertem o pensamento critico dos alunos e os façam ir no caminho certo tanto digitalmente quanto em sua vida fora da esfera digital?
Izabela Ramos Bispo *
Olá, primeiramente gostaria de parabenizar pelo trabalho feito por vocês! Os desafios de educar na era digital são enormes, a começar pela nossa formação acadêmica, que na maioria das vezes ainda se apoia fortemente no modelo tradicional de ensino. Existem diversas divergências entre o modelo tradicional e o que busca maiores inovações para se adequar as demandas da geração Z, mas o importante mesmo, independente da forma como é feita, é poder saber que a didática funciona e apresenta resultados positivos com os alunos.
ResponderExcluirAss José Johnatan dos Santos Silva